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Guerra de Canudos e Guerra Do Contestado

Por:   •  26/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.546 Palavras (15 Páginas)  •  513 Visualizações

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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

5° BATALHÃO LOGISTICO

(5°Cia Adm/1915)

NPOR

 

 

FELIPE JUNG

LUCAS MATIAS DE SOUZA

MARLON ALVES FILHO

VINICIUS ARAÚJO

 

 

GUERRA DE CANUDOS E GUERRA DO CONTESTADO 

 

 

CURITIBA

2019

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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

5° BATALHÃO LOGISTICO

(5°Cia Adm/1915)

NPOR

GUERRA DE CANUDOS E GUERRA DO CONTESTADO

Trabalho de História referente ao curso apresentado ao Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva do 5° Batalhão Logístico como parte dos requisitos para obtenção de nota. Instrutor 1° Sgt Eng Edson Gomes.

CURITIBA

2019

SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................13 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO....................................................................15 2.1 Revisão da Literatura e antecedentes do Problema...................................................................................................................................15

Introdução

Este trabalho tem por finalidade dissertar sobre as revoltas e revoluções na república velha, mais especificamente, a guerra do contestado e a revolta de canudos. Ambas foram revoltas messiânicas, movimentos sociais em que milhares de sertanejos, fundaram importantes comunidades, comandadas por um líder religioso, e a ele era atribuído qualidades como o dom de fazer milagres, realizar curas, e fazer profecias, também se baseavam no sentimento de revolta contra miséria e injustiças.

Guerra de Canudos

Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos foi um conflito armado que envolveu o Exército Brasileiro e membros da comunidade social e religiosa liderada por Antônio Conselheiro, em Canudos, no interior do estado da Bahia. Os confrontos ocorreram entre 1896 e 1897, com a destruição da comunidade e a morte da maior parte dos 25.000 habitantes de Canudos.

Motivos

Quanto os embates armados em Canudos começaram, em novembro de 1896, fazia cinco anos que a escravatura havia sido abolida e quatro de proclamação da República. Uma grande crise estendia pelas fazendas do Nordeste os vilarejos se despovoavam as pessoas migravam, tangidas pelos efeitos da desorganização dos negócios e pelos efeitos calamitosos da seca. Os camponeses nordestinos iam para o Sul e Sudeste e para a Amazônia, atraídos, nesse caso, pela grande produção de borracha. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente e o fanatismo religioso fomentado por Antônio Conselheiro foi esse um dos motivos que desencadeou insurreição de Canudos. Um quadro de crise econômica, financeira e institucional que atingiu o Brasil no final do século XIX. Revolta social de lavradores e vaqueiros empobrecidos liderados por um líder religioso extremista, um movimento messiânico e milenarista, fundamentado de um ponto de vista religioso e monárquico, essas são as principais características de Canudos, mas sobre tudo um povo nordestino que buscavam um melhora na qualidade de vida.

“Raça forte e antiga, de caracteres definidos e imutáveis mesmo nas maiores crises, quando a roupa de couro do vaqueiro se faz a armada flexível do jagunço, oriunda de elementos convergentes de todos os pontos, porém diversa das demais deste País, ela é inegavelmente um expressivo exemplo do quadro importam as reações do meio”

Essa era visão Euclides Cunha em seu livro “OS SERTÕES”, publicado em 1902, que explica com riqueza de detalhes os fatos da Guerra de Canudos.

O estopim para o conflito foi a encomenda de uma remessa de madeira, vinda de Juazeiro, para a construção da igreja nova, mas não entregue, apesar de ter sido paga com a ajuda dos seguidores de Conselheiro. Padres e Coronéis pressionaram a província da Bahia para que mandassem expedições para acabar com a revolta, pois seus interesses estavam em jogo.

Antônio Vicente Mendes Maciel mais conhecido na história brasileira como Antônio Conselheiro, que se autodenominava "o peregrino”, foi um líder religioso brasileiro. Figura carismática, adquiriu uma dimensão messiânica ao liderar o arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no sertão da Bahia, que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, índios e escravos recém libertos, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos em 1896. Conselheiro que se vestia como peregrino medieval, longas barbas, túnica azul, anunciava, em visão milenarista, o iminente fim do mundo, pondo termo ao flagelo da seca e ao injusto mandonismo local dos coronéis do interior, senhores de baraço e cutelo.

Sua ideologia era que a solução para toda a situação de sofrimento do povo dos sertões estava na luta pela autonomia, além da fé. Representava, diante de seus ideais, a perspectiva do povo de salvação e de redenção, sendo visto como um profeta que trazia promessas de um novo tempo.

Com sua popularidade, Antônio Conselheiro começou a ser seguido por uma multidão de peregrinos, vindo a se tornar uma organização político-religiosa que fazia contraponto à República e à Igreja.

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Antônio Vicente Mendes Maciel (Antônio Conselheiro)

Guerra de Canudos- Campanha

1ª Expedição

Em 24 de novembro 1896 é enviada a primeira expedição militar contra Canudos, sob comando do Tenente Pires Ferreira, porém as tropas são surpreendidas pelos fiéis de Antônio Conselheiro que conheciam o ambiente e utilizaram táticas de guerrilha ao seu favor, após um combate corpo a corpo deixando algumas mortes dos dois lados esse fato fez com que as tropas do Exército retirassem.  

2ª Expedição

Em 29 de dezembro de 1896 tem início uma segunda expedição militar contra Canudos comandada por Major Febrônio de Brito. Assim como a primeira, esta expedição foi violentamente debelada (vencida) pelos conselheiristas deixando em média 100 soldados mortos. As sucessivas derrotas militares se explicavam pelo fato da grande maioria dos soldados desconhecerem a região da caatinga, tão familiar ao povo de Canudos. Além disso, os homens do Conselheiro lutavam pela sobrevivência e pela salvação da alma, acreditando que aquela era uma guerra santa.

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