HISTÓRIA INDÍGENA, CULTURA AFOR-BRASILEIRA, DIVERSIDADE ÉTNICOS-RACIAL E ENSINO
Por: Evanilson Quaresma • 28/12/2022 • Trabalho acadêmico • 1.155 Palavras (5 Páginas) • 151 Visualizações
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CURSO: HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA INDÍGENA, CULTURA AFOR-BRASILEIRA, DIVERSIDADE ÉTNICOS-RACIAL E ENSINO
PROFESSOR (A): ARYDIMAR VASCONCELOS GAIOSO
POLO: ZÉ DOCA
ALUNOS: EVANILSON SILVA QUARESMA
DATA:15/07/2022
Atividade Orientada I
1) A partir do conceito de grupo étnico, do documentário Guerra de Conquista e do texto “Uma abordagem decolonial da História e Cultura Indígena: entre silenciamentos e protagonismo” fazer uma reflexão sobre a luta pelo reconhecimento da diversidade étnica no mundo contemporâneo.
O primeiro episódio do documentário guerras do Brasil traz um sentimento de indignação, e isso é relatado por aqueles que descende diretamente dos protagonistas desta história, relatando as experiencias destes povos no então prestes a ser invadido brasil, apesar dos conflitos oriundos de disputas de interesse mas que ainda assim se fazia presente um certo entendimento entre esses povos, onde toda essa experiencia de convívio no mesmo espaço era respeitada até o advento dos europeu que que drasticamente transforma esse cenário agindo de má fé com aqueles que os receberam.
Defendem a ideia de que o Brasil não teria sido descoberto más sim invadido, pois já existia naquelas terras um povo, uma nação que não foi respeitada e logo em seguida, escravizada, assassinados, explorados e dizimados por portugueses, holandeses e franceses, não restrita a esse período histórico más que ainda nos dias de hoje ainda são desrespeitados, isolados e tem seus direitos cerceados.
O indígena, na historiografia brasileira, tem sua presença marcada por um processo de estereotipia que tende ao antagonismo, uma vez que existem duas visões bastante enfáticas desses povos, construídas ao longo dos séculos e a partir dos interesses dominantes de cada época. Assim como alguns estereótipos que foram utilizados para definir os indígenas encontrados no Brasil recém colonizado.
Das várias versões elaboradas para pensar estes povos, a do indígena hostil, cruel e selvagem, construída inicialmente pelos então ‘invasores’ da nova terra encontrada, corroborou para a legitimação oficial de guerras de extermínio, subordinação e escravização de grupos inteiros, que eram tidos como entraves ao desenvolvimento da nação, o que promoveu grande aniquilamento populacional. Em ambas as situações, o que se percebe é uma inferiorização e invisibilização das etnias indígenas, que sempre foram subordinadas a um inimigo ‘superior’, tendo sua imagem desenhada e redesenhada ao bel prazer do colonizador, que manipulou o estereótipo que mais lhe convinha para cada momento histórico, ao relegar as mais diversas etnias indígenas ao papel de coadjuvantes em sua própria terra, burlando-as enquanto sujeito de suas próprias histórias.
Por muito tempo, houve a construção, no imaginário brasileiro, de uma visão negativa dos povos indígenas, que disseminou entre os não-indígenas o preconceito e a discriminação em relação às suas práticas, com ondas de intolerância e violência gratuitas. Entender essa dinâmica temporal de manipulação da história é essencial para compreendermos esse apagamento indígena na construção da nação brasileira, pois, a maioria das passagens históricas envolvendo a participação desses povos foi conflituosa e acabou em tragédias anunciadas.
Quando os indígenas se reconhecem enquanto povos, assumindo a sua identidade étnica, o que também é uma mudança de posição evidenciada nos anos 1970, cria-se uma organização de povos que passam a lutar por seus direitos de existir enquanto sociedade, os indígenas estão deixando a condição de subalternos quando passam a falar por eles mesmos, sem necessidade de intermediadores para lhes representar e lutar pelos seus direitos, assumindo o protagonismo de suas próprias histórias.
Esse processo de identificação com suas raízes étnicas tem contribuído para o aumento da população indígena, como explicitam os dados do IBGE, divulgados em 2010, sobre a população brasileira, que identifica um crescimento significativo em relação à contagem feita na década de 1990. Esse acréscimo é bem maior do que o registrado na década anterior, quando foram identificados, na contagem divulgada em 1991, um crescimento de pouco mais de 250 mil indivíduos para mais de 700 mil, ou seja, de 440 mil a mais (BRASIL, 2010).
Contudo, o empoderamento das etnias que, até então, eram minimizadas e vitimizadas pela história, ganha novo fôlego e possui um significado importante para esses povos, que passam a ter o seu lugar de fala respeitado e ouvido, e não mais são representados por intermediários, exclusivamente. Presenciamos, atualmente, a ascensão de diversos autores oriundos do meio indígena no cenário nacional, na luta pelos seus direitos e pelo reconhecimento de suas culturas como importante contributo à nacionalidade brasileira.
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