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História da Educação: INSTITUIÇÃO PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SOCIAL?

Por:   •  2/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.141 Palavras (5 Páginas)  •  442 Visualizações

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 No campo da política educacional, as pautas governamentais têm um peso muito significativo. Suas propostas e ideologias chegam à Instituição Escola com fortes traços de obrigatoriedade de efetivação. Essa relação de transmissão de valores e políticas por parte da Escola se caracteriza pelo fato desta Instituição ser considerada a “formadora” da população.

Construa um pequeno texto (de no máximo 2 páginas) sobre a Universidade no Brasil: Origem, funções a ela atribuídas, trajetória histórica, a quem ela era destinada. A partir do que estudamos, ela teria sido no Brasil:

• UMA INSTITUIÇÃO PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SOCIAL?

OU

• UMA INSTITUIÇÃO SELECIONADORA E SANCIONADORA DE POSIÇÕES DE PRESTÍGIO E AUTORIDADE SOCIAL?

Procure direcionar sua discussão para o campo das políticas educacionais e o papel da Escola como seu agente aplicador, para compreender a função atribuída à Escola na contemporaneidade.

Busque indagar-se sobre a função da Escola e levantar o questionamento das históricas conquistas e perdas educacionais, além, é claro, de investir na análise da educação no Brasil enquanto um ato político social ou um ato eminentemente político econômico.

RESPOSTA:

As primeiras iniciativas na área de educação superior foram realizadas no Brasil pelos jesuítas, voltadas para uma educação doutrinária e religiosa, implantando os primeiros métodos pedagógicos. Os principais beneficiados eram integrantes do clero e os filhos da elite que após serem alfabetizados tinham que ir à Europa para obter formação universitária. O período pombalino não trouxe significativas mudanças no sistema educacional, o objetivo de Marques de Pombal foi de reorganizar a escola no sentido de servir os interesses no Estado, deixando de atender os interesses da igreja. Com a expulsão dos jesuítas o sistema ficou totalmente desorganizado e desestruturado, os estudos passaram a ser realizados por professores (artistas e literários) com aulas régias, de forma isolada e particular.

No final do século XVII, surgiu a primeira iniciativa de inserir no Brasil o ensino superior com o curso de Engenharia Militar no Rio de Janeiro, porém não foi de fato considerado a gênese do ensino superior, pois, o estabelecimento era considerado português. Em 1808 surge o Colégio Medico-Cirúrgico da Bahia e a cadeira de Anatomia criada no Hospital Militar do Rio de Janeiro.

Nessa época o ensino superior se firmou com um modelo individualista em instituições fragmentadas e de perfil profissionalizante, continuava elitista atendendo aos filhos da aristocracia colonial, que não podiam mais estudar na Europa. Os cursos que surgiram neste período eram voltados para o ensino técnico, prático em unidades desconexas, avulsas e voltadas para a formação profissionalizante.

Com a Proclamação da República o ensino superior deixou de ser privativo da União, e passou a ser também de responsabilidade dos Estados, com isso surgem diversos cursos de ensino nas principais capitais e cidades do país. Na década de 1900 foram criados inúmeros decretos e reformas educacionais, porém, não foi o suficiente para gerar uma evolução educacional no país. O governo omitia-se com o compromisso em relação às universidades.

Em 1912 surge a primeira universidade brasileira no Estado do Paraná. A partir disso emergiram outras instituições de ensino em outros estados como Rio de Janeiro e São Paulo. Nessa fase o que unia os cursos era simplesmente a Reitoria e o Conselho Universitário. Esse modelo de universidade era baseado na reunião de cursos isolados que tinham como ligação entre si, somente a Reitoria, e não mecanismos acadêmicos ou administrativos. E isso continua sendo base de muitas universidades brasileiras hoje em dia, que se fundamentam em instituições agregadas e não integradas.

 Neste contexto surgiram três teorias universitárias conflitantes. A primeira foi na Universidade de São Paulo (USP), onde foram reunidos os cursos superiores existentes no estado, tendo como centro a formação científica e cultural das elites, por meio das Faculdades de Filosofia, Ciência e Letras, fundamentada no saber primordial em todas as áreas do conhecimento humano, com características modernas que incluíam o ensino, a pesquisa e a extensão. Esse formato de alguma forma compensou o isolamento dos cursos já existentes nas universidades. Em muitos aspectos esse modelo foi bem sucedido e deixou marcas importantes na tradição de trabalhos científicos no Brasil.

Por volta de 1930 o estado realiza um pacto com a igreja para instituir a universidade confessional e católica, porém, essa teoria fracassou por divergências ideológicas e políticas.  E assim a Igreja passou a criar suas próprias instituições. A terceira teoria era a universidade padrão, com um sistema completo e exaustivo de educação e organização corporativo de trabalho e profissões, controladas pelo Conselho Federal de Educação. Neste período, durante a era Vargas foi criado o Ministério da Educação e Cultura (MEC).

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