História e Meio Ambiente: Conscientização e Otimização do Processo de Recicla-gem, a Partir da Sala de Aula
Por: Nairra • 1/12/2019 • Artigo • 2.461 Palavras (10 Páginas) • 269 Visualizações
História e Meio Ambiente: Conscientização e Otimização do Processo de Reciclagem, a Partir da Sala de Aula
Ramonita Santana Rodrigues Dantas[1]
Naiara de Oliveira Silva [2]
RESUMO: O desenvolvimento sustentável, que, atualmente, é o norte a ser alcançado, pela comunidade internacional, sob pena de comprometer o próprio futuro da humanidade, tem como um dos pressupostos inarredável à reciclagem. Essa prática de sustentabilidade é uma das formas mais eficazes de reduzir o impacto ambiental, em face dos resíduos sólidos, um dos maiores gargalos da sociedade contemporânea. Tamanha é a preocupação da comunidade internacional com esse tema, que, recentemente, no Rio de Janeiro, foi promovida a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, RIO+20, cujo tema central foi a necessidade da redução dos resíduos sólidos e a reutilização dos mesmos de forma sustentável. O presente trabalho científico busca conscientizar e otimizar práticas eficazes de reciclagem a partir da sala de aula. Partindo do conceito de desenvolvimento sustentável e de suas implicações para o meio ambiente, foi elaborada uma proposta para otimização da prática de reciclagem a partir da sala de aula, através da conscientização, tendo como parâmetro inicial a Universidade Regional do Cariri – URCA, o Geopark Araripe e as unidades escolares que participam do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência– PIBID. Dessa forma, propõe-se, em um primeiro plano, abordar, sob a ótica da historiografia, o debate ambiental, com ênfase na conscientização da importância da reciclagem. Dando continuidade, serão elencadas as questões que este trabalho, estritamente, se propõe a discutir, tais como: Conscientização e Otimização do Processo de Reciclagem, a Partir da Sala de Aula, de forma que seja assimilada e compreendida pelo leitor.
Palavras-chave: reciclagem; história; sustentabilidade; conscientização.
Introdução
Um tema recorrente envolvendo os mais distintos segmentos da sociedade contemporânea, em especial, os veículos de comunicação, a atividade política, a economia e o meio acadêmico, tem sido a Sustentabilidade. No Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, foi sediado um evento nomeado Rio+20, com o intuito de discutir a redução de gases poluentes e resíduos sólidos, esse também denominado lixo.
Os resíduos podem ser subdivididos em: orgânicos e reutilizáveis. O primeiro é proveniente de nossos restos alimentícios, já os reutilizáveis são os materiais como plástico, papel, vidro e metal. Com o aumento da população mundial, verificou-se um aumento na produção de tais resíduos, que descartados de forma inadequada podem promover desde o empobrecimento e contaminação do solo até problemas danosos a saúde humana.
Com o advento dos aterros sanitários, um contingente significante de pessoas depositou, nos aterros, uma forma de adquirir uma renda e sustentar sua família. Estas pessoas não possuem materiais adequados para manuseio do lixo e acabam por ter uma maior facilidade para adquirir doenças provenientes de resíduos tóxicos que podem estar contidos em meio a resíduos orgânicos.
Em uma sociedade capitalista, como a nossa, o consumo desenfreado acaba por produzir toneladas de lixo que em sua maioria são descartadas de forma incorreta e tem se tornado um grande problema, visto a falta de locais apropriados para depositá-los.
Uma alternativa para reverter essa situação é a reciclagem, tema que pode e deve ser abordado, perfeitamente, nas escolas, a fim de, através da conscientização, otimizá-la, a partir dos alunos.
Para isso, pode ser trabalhada a interdisciplinaridade com alunos, em especial, a educação Ambiental: reciclagem. Utilizado práticas metodológicas, tais como: pesquisa de campo, palestras, levantamento do potencial de reciclagem e reutilização dos resíduos sólidos nos locais que se encontram sob a influência dos alunos, professores e pesquisadores; e, ao final, sistematizar os conhecimentos adquiridos para dar concretude ao processo de reciclagem.
Objetivos
Contribuir para a formação de cidadãos conscientes acerca da Educação Ambiental, de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, através da conscientização e da prática de atividades de reciclagem e da reutilização de resíduos sólidos.
Desenvolvimento
Os Annales trouxeram novas perspectivas para o campo de estudo da História que passou a interagir com diversos campos de pesquisa, principalmente com as Ciências Sociais. E é nesse contexto de sociabilidade que aos poucos vão sendo estudadas as permanências e mudanças em um determinado lugar, nesse contexto nasce à parceria entre História e Meio ambiente, que faz uso dessa interdisciplinaridade para compor seus estudos.
No Brasil, passa a ganhar força no final da década de 90, sendo incentivado por estudos realizados na Universidade Estadual Paulista – UNESP, que juntamente com o Laboratório de História e Meio Ambiente, tinha como proposta capacitar historiadores no âmbito ambiental e visando com isso incentivar pesquisas, estratégias para o ensino e a discursão nas universidades. A proposta passou a ser fundamental para que pudessem ser desenvolvidos materiais didáticos a fim de facilitar o diálogo entre academia, professores, alunos e a comunidade escolar como um todo. Dessa forma, podemos perceber que:
[...] As iniciativas pedagógicas procuram responder às novas demandas sociais, reorientando as práticas educacionais, revendo conteúdos, metodologias e, claro, a formação de professores, entre outras medidas de interação e mudanças sociais.[3]
Quando falamos em sustentabilidade muitos de nós pensamos, quase que de imediato, na redução de gases poluentes produzidos pela queima de combustíveis fósseis. Esta pode até ser a mais importante medida de combate aos impactos ambientais, mas não é a única solução para reduzir a poluição.
Sabe-se que a Revolução Industrial, os avanços tecnológicos, o aumento populacional e o consumo desenfreado têm contribuído para o aumento de resíduos descartados de forma desordenada no meio ambiente. Sem lugares adequados e com o aumento do lixo, novas alternativas têm sido pensadas no intuito de reaproveitar tais materiais e consequentemente reduzir o impacto ambiental provocado pelos mesmos.
Foi exatamente esta discussão que ocorreu em meados de dezembro de 2009 em Copenhague (COP-15) que terminou de forma decepcionante, pois os países mais desenvolvidos se eximiram de compromissos pelas emissões de gases durante muitos anos, o que aumentou o efeito estufa, e tentaram jogar muitas das suas responsabilidades para os países em desenvolvimento[4].
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