O Processo De Avaliação Nas Aulas De Matematica

O Processo de Avaliação nas Aulas de Matemática

Sabemos que o processo de ensino aprendizagem é extremamente complicado, devido a grande influencia que os fatores ambientais externos (sociedade, família, Estado, classe econômica etc.) exercem sobre ele. Analisando tantos obstáculos que interferem neste processo, podemos concluir que os mesmos também são obstáculos no processo de avaliação.

Em uma mesma sala de aula, existem alunos diferentes, que trazem consigo experiências e aprendizados de vidas diferentes. Estes possuem habilidades e dificuldades diferenciadas, desta forma, algumas questões nos incomodam: Podemos avaliar diferentes alunos, e sermos justos com todos avaliando-os apenas com a aplicação de uma prova? Se o objetivo da educação é que o aluno construa o conhecimento durante o processo de ensino- aprendizagem, podemos avalia-lo em apenas um dia? Estas dentre tantas questões tem incomodado docentes preocupados em tornar o processo de avaliação mais justo diante das novas perspectivas de aprendizagem.

Estas indagações são ainda mais perturbadoras quando se trata das aulas de Matemática, pois na maioria das vezes, os alunos estão tão preocupados com o que “cai na prova” que não aprendem matemática, apenas reproduzem, mecanicamente os passos para resolver determinado exercício. Porém a matemática possui muitas regras e métodos para se chegar a um mesmo objetivo, e logicamente os alunos não conseguem memorizar todas essas regras e método, e em consequência disso acabam por não alcançar resultados satisfatórios ao final do bimestre, passando a “odiar matemática” ao final desse processo. Então me pergunto: onde está a construção do conhecimento? Onde estão as habilidades e competências que deveriam ser desenvolvidas?

O aluno se perdeu em meio ao processo de aprendizagem e por fim irá culpar o professor por seu mal resultado, pois procurará um motivo para explicar o seu mau desempenho. É aí que as seguintes frases começam a surgir: “o professor não explica direito”, “eu não entendo nada” ou a mais grave “essa professora não vai com a minha cara”. Isso tudo ocorre, pois os critérios de avaliação, não estão claros para os alunos e os mesmos não participam de uma das partes mais importantes do seu processo de aprendizagem.

No livro O Processo de Avaliação nas aulas de Matemática, professoras preocupadas com a melhoria do processo de educação, reuniram informações sobre uma forma eficiente de tornar o processo avaliativo mais justo, tendo como ideia central a participação do aluno neste processo que é tão essencial para o seu desenvolvimento.

Particularmente, estou maravilhada com este livro, com a maneira que o processo de avaliação foi construído, e ainda mais maravilhada com os resultados positivos obtidos através deste método. Este processo de avaliação, não considera apenas os conceitos trabalhados durante o bimestre, mas também as atitudes e procedimentos realizados durante todo o processo. Então decidi me informar sobre o que os PCNs dizem sobre o Processo de Avaliação em Matemática:

“As formas de avaliação devem contemplar também as explicações, justificativas e argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.”

Desta forma, não bastam apenas provas bimestrais para avaliar o desenvolvimento de um aluno, é preciso considerar suas atitudes durante a aula, como é o seu desempenho diante das atividades propostas pelo professor. É preciso enxergar o crescimento deste como um conjunto de conceitos, procedimentos e atitudes.

O livro o Processo de Avaliação nas Aulas de Matemática, nos mostra um método que permite tornar o processo avaliativo transparente, integral e democrático, através da utilização de tabelas, onde professor e aluno têm conhecimento das notas que o aluno obteve, proporcionando ao aluno saber