O Absolutismo Na História
Por: Rafaella Vasconcelos • 3/7/2019 • Dissertação • 1.689 Palavras (7 Páginas) • 112 Visualizações
Absolutismo
O absolutismo tinha como principal característica o poder centralizado nas mãos dos reis, onde estes podiam interferir nas principais atividades do Estado como nas questões religiosas, legislativas, administrativas e judiciária. Havia-se o equivoco de que o poder dos reis eram ilimitados porém, ele era limitado pelas tradições e costumes da população, quando não por parlamentares e ministros.
Teóricos absolutistas
Durante o período absolutista surgiram grandes teóricos como, Nicolau Maquiavel, Jacques Bossuet, Thomas Hobbes e outros.
Nicolau Maquiavel, em sua obra O Príncipe, buscou contribuir para a unificação da Itália e legitimava a ascensão dos monarcas e do poder absolutista. Ele recomendava que os monarcas a praticarem o bem sempre que possível, mas que empregassem o mal quando necessário, rompendo com a política medieval associada a religião.
Jacques Bossuet, elaborou em sua obra Política extraída da Sagrada Escritura, o direito divino dos reis, que dizia que os monarcas recebiam o direito de governar diretamente de Deus logo, recusar o que o monarca dizia era recusar a vontade de Deus.
Thomas Hobbes, em sua obra Leviatã, diz que há um estado de natureza entre os homens que, se não for contido por um governante, faria instalar o caos social, uma vez que “o homem é o lobo do homem”. Por isso, para conter a desordem provocada pelo desejo dos homens é necessário que a sociedade seja submetida a uma autoridade central.
Mercantilismo
O Mercantilismo, era o nome dado as práticas econômicas dos Estados absolutistas visando o enriquecimento da burguesia e o fortalecimento do Estado.
Nesse período havia a concepção metalista, em que a riqueza de um país era medido pela quantidade de metais preciosos que ele possuía, a qual estava diretamente ligado a moeda. O Estado praticava o intervencionismo econômico, adotando medidas que viabilizassem o lucro e dificultasse a saída da moeda do país, sendo um dos principais o Protecionismo Alfandegário, que levou a criação da barreira alfandegária, a qual controlava os tributos e a entrada de produtos estrangeiros no país, contribuindo para a obtenção de uma balança comercial favorável, onde o número de exportações deveria ser maior que o de importações.
O colonialismo, também foi de grande importância, uma vez que a matéria-prima encontrada nas colonias aumentavam as vendas dos produtos manufaturados para o mercado europeu. Além disso, o Pacto Colonial contribuiu para o monopólio de produtos encotrados apenas em determinados locais pois, tornava a colônia uma terra de exploração exclusiva da metrópole.
Há também o princípio chamado de industrialismo, em que visando o fortalecimento do Estado, muitos governantes atuaram para ampliar a produção manufatureira.
Países como Portugal e Espanha por dependerem execessivamenete dos produtos de suas colonias, acabaram estagnando suas economias locais, gerando dependência de importações de produtos manufaturados da Inglaterra e da França. O acúlmulo de capital por parte da burguesia resultará em uma nova organização da produção: o sistema de fábricas.
Antigo Regime
A sociedade era dividida em ordens ou estamentos, sendo estes: Nobreza (primeiro estado), Clero (segundo estado) e Trabalhadores (terceiro estado). A dificuldade de mobilidade social de uma classe para outra caracterizou essa sociedade como sociedade estamental.
Os nobres e o clero gozavam de vários privilégios, como: não pagarem tributos e não também não submeterem-se as mesmas leis que o restante da sociedade. Os burgueses conseguiam subir de classe ao comprarem um título ou por serviços prestados aos monarcas.
Absolutismo na França
Na França, após o final da Guerra dos Cem Anos, subiu ao trono a Dinastia de Valois, cujo a principal ideia era “um rei, uma fé e um código de leis” que passou a ser contestada pelos protestantes. Francisco I, temendo que a monarquia perdesse seu caráter divino, tornou o protestantismo ilegal e punível com multa, prisão ou execução.
No entanto, os huguenotes (protestantes calvinistas) multiplicavam-se gradativamente, e com isso criticavam a Igreja católica e o poder crescente dos monarcas. Este fato acabou gerando guerras entre a nobreza e a burguesia protestante. Diante do conflito, o rei Carlos X, armou o chamado Massacre da Noite de São Bartolomeu, em que milhares de protestantes forma mortos por soldados da corte na cidade de Paris. Porém, quando Henrique IV de Bourbon subiu ao trono, foi decretado por ele o Édito de Nantes, garantindo liberdade religiosa aos que eram contra o catolicismo mas, posteriomente esse decreto foi tolhido pelos seus sucessores.
Richelieu: consolidação do absolutismo
O Cardel Richelieu, primeiro-ministro de Luís XIII, foi um grande contribuinte para o fortalecimento do Estado Absolutista. Ele perseguiu huguenotes, ampliou a força dos funcionários reais, atacou os poderes locais de nobres e burgueses e ainda colocou a França na Guerra dos Trinta Anos. O conflito entre os protestantes austríacos Habsburgos e os católicos fez com que a França entrasse na guerra ao lado dos protestantes para evitar que estes armassem um cerco contra a França, tornando-se aliada dos protestantes. Ao fim da guerra houve a assinatura do Tratado de Vestfália, que rendeu aos franceses o território de Alsácia e Lorena.
Luís XIV: apogeu
O rei Luís XIV, também conhecido como Rei Sol, tinha seu modo de governo baseado na cumplicidade entre a nobreza e a Igreja. Este deu continuidade aos feitios de Richelieu, diminuiu o poder da aristocracia e deu a seu ministro Colbert a administração das finanças, uma vez que este melhorou os métodos de cobrança de impostos, promoveu novas manufaturas e estimulou o comércio internacional. Devido a isso o modelo mercantilista francês ficou conhecido como Colbertismo.
Absolutismo inglês
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