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Mineração História Colonial e Absolutismo Hist. Moderna

Por:   •  18/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.731 Palavras (7 Páginas)  •  225 Visualizações

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Capítulo 1

A produção aurífera no Brasil.

 No século XVIII, colonos e aventureiros se dirigem em expedições ao interior do continente americano à procura de riquezas minerais, as constantes descobertas de Minas da América espanhola alimentam os sonhos de portugueses e brasileiros de encontrar uma montanha do Eldorado e serras que levassem ao ouro, prata, diamantes, rubis, esmeraldas, e outras pedras preciosas. [pic 1]

A resposta de Tiradentes a pena de morte. Óleo sobre tela de Leopoldino de Faria (1836-1911).


A descoberta do ouro no Brasil.

  • Os Bandeirantes

    As áreas mineradoras demoraram quase dois séculos para realmente serem descobertas pelos conquistadores, ligando essa descoberta à história da vila de São Paulo. Nesse período a ação dos bandeirantes teve sempre como horizonte a busca por riquezas. Porem seu papel na estruturação da colônia vai bem, além disso. O caráter heroico com que impregnada a imagem desses aventureiros e as homenagens que se prestam a eles nos dias de hoje dificultam a compreensão do seu papel para o funcionamento da sociedade da época.[pic 2]

Anhanguera, Fernão Dias, Raposo Tavares, Borba Gato e Bandeirantes são os mais conhecidos e frequentemente associados a uma figura heroica e desbravadora do sertão brasileiro, de responsáveis pela riqueza de nosso país e de incansáveis líderes na busca por pedras preciosas. (Representação fictícia de Domingos Jorge Velho). Um bandeirante paulista (1903)

O quilombo dos [pic 3]

Palmares.

Palmares é conhecido por ter sido o maior quilombo estabelecido na América portuguesa. Era uma junção de vários quilombos que reuniu em seu apogeu milhares de habitantes (alguns historiadores falam em 20 mil). Foi inicialmente comandado por um rei guerreiro e por um Conselho formado pelos chefes de cada um dos quilombos confederados.

Seu primeiro acampamento surgiu por volta de 1629. Sua população foi influenciada pelas lutas entre portugueses e brasileiros e também com os holandeses. Seu primeiro rei foi Ganga-Zumba assassinado em 1678, pois tendia a negociar com autoridades coloniais. Zumbi chefiou o quilombo até sua morte em 1965.

Após diversas tentativas de destruição a Palmares em 1694 se iniciou a campanha que levaria ao fim do esconderijo dos rebeldes com a direção do bandeirante Domingos Jorge Velho. (Pintura de Zumbi dos Palmares).


Ação dos jesuítas.

As buscas pelo interior se intensificaram rompendo na prática o que tinha sido demarcado pelo Tratado de Tordesilhas. Os jesuítas e membros de outras ordens religiosas participaram dessa expansão, penetrando com sua missão no Vale do São Francisco e pelo Amazonas. No Nordeste a expansão rumo ao interior foi marcada pelo avanço da pecuária removida do litoral pela produção do açúcar. Expedições militares das quais faziam parte membros do clero abriram espaço para a criação de gado.

Apesar de estarem juntos, clérigos e leigos discordava do papel dessas reduções. Para clérigos tratava-se de uma experiência missionária que precisava ser sustentada pela utilização da mão de obra indígena. Para leigos era a reserva de mão de obra para o desenvolvimentismo colonial. A corrida para a região das minas envolveu milhares de pessoa de diversas capitanias. Cerca de 600 mil portugueses abandonaram a Metrópole para se aventurar pelo interior do Brasil.

As regras da exploração.

Até 1709 a divisão da produção, o abastecimento e todas as regras para o funcionamento das atividades ligadas a mineração dependiam do poder do indivíduo. Em meados de 1702 a metrópole procura regulamentar as áreas a serem exploradas pelos garimpeiros. As jazidas eram divididas em lotes denominadas datas. Quem descobrisse uma jazida teria direito a duas datas. As outras eram sorteadas para quem possuísse ao menos 12 escravos

 Os demais se contestavam com os lotes menores que eram proporcionais ao número de escravos. A Coroa montou um sistema administrativo e fiscal, deslocando tropas da metrópole para a região das minas. Descoberta por paulistas as minas foram o início de um empreendimento da capitania de São Vicente e o abastecimento dos garimpeiros se fazia pó diversos caminhos a partir das vilas vicentinas pelas quais passavam comerciantes com suas tropas de mulas e índios levando sal, farinha, marmelado, couro, carnes e aguardente. Em pouco tempo surgem inúmeras vilas e cidades nas regiões mineradoras. O luxo e as joias eram expostos como símbolo de poder, além disso, escravos se tornaram mercadoria valiosa capazes de extrair as riquezas da terra e sustentar a pompa de seus senhores.

A Guerra dos Emboabas.

Em 1707 a rivalidade entre paulistas que se consideravam os donos da região e os forasteiros denominados emboabas colocava em evidência a disputa pela exploração das minas e o abastecimento da região.

Durante quase três anos foram organizadas expedições armadas por ambas às partes para definir o domínio sobre a região.

Os impostos cobrados pela Coroa provocaram contentamentos e revoltas. A Coroa estabeleceu um imposto sobre a quantidade de escravos empregados pelo minerador denominado de capitação. O ouro era extraído e encaminhado para as

Casas de fundição, que eram controladas pelo poder Imperial onde se cobrava o quinto, ou seja, a quinta parte do ouro. [pic 4]

Fonte Arquivo Nacional. Mapa de rendimentos do ouro nas casas de fundição de 1767.

Revolta na América portuguesa.

Ao fim do século XVIII alguns movimentos colocam em questão o domínio português sobre determinadas regiões da América. O descontentamento dos colonos culmina no questionamento quanto ao poder da metrópole. A instabilidade das atividades mineradoras aliada ao aumento das fiscalizações e tributação por parte da Coroa portuguesa além da Revolução Francesa e da independência dos Estados Unidos torna ainda mais complexa à vida na colônia.

A Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira foi uma tentativa de rompimento com a Coroa portuguesa. Os mineiros se depararam com a queda da extração aurífera e as constantes ameaças de tributos atrasados. O confronto se tornava inevitável.

Em 1788 a Coroa nomeia Luís Antônio Furtado de Mendonça, visconde de Barbacena para o governo de Minas Gerais. Que recebe ordens de estabelecer a derrama à cobrança de 100 arrobas anuais que deveriam ser pagas à metrópole por todos os habitantes da capitania.

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