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O Coronealismo Na História

Por:   •  8/7/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  361 Palavras (2 Páginas)  •  350 Visualizações

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a) Explique o que era “curral eleitoral”, “voto de cabresto” e “eleição a bico de pena”, segundo o texto.

R: Segundo o texto, o “curral eleitoral” pode ser definido como o domínio político onde um coronel através do sistema de trocas e favores mantém seus “pré-eleitores” dentro de acordos estabelecidos, efetivando uma ampla relação pessoal com sua imensa clientela, o que por sua vez, perpetuava seu poder. Os votos desses pré-eleitores são justamente os chamados “votos de cabresto” que como dito, serviam do clientelismo para sustentar o coronelismo. Sendo realizados por meio de favores prestados pelos coronéis, como, por exemplo, o pagamento de refeições, alojamentos e roupas, que deveriam ser retribuídos através do voto de quem recebia esses tratamentos, ou seja, basicamente se trata de um voto comprado. A “eleição a bico de pena” é de cunho fraudulento e ocorria da seguinte maneira: se ao acaso surgisse outro coronel nas redondezas disposto a disputar o poder, o coronel daquela região poderia fazer uma eleição a base de votos de pessoas falecidas, ou “eleitores fantasmas”, já que o sistema eleitoral da época era extremamente instável e não seguro.

b) O autor conceitua o coronelismo como “uma troca de proveitos entre o poder público, progressivamente fortalecido, e a decadente influência social dos chefes locais, notadamente senhores de terras”. Com base no texto, explique como funcionava na prática o coronelismo.

R: O coronelismo funcionava na prática através da efetiva construção de favores não só dos coronéis com a população local, mas também entre a política estadual e regional. Essa Primeira República funcionou a base de uma complexa corrupção que ocorreu entre o governo federal, representado pelo Presidente da República e as Oligarquias Estaduais, representadas pelos governadores. As oligarquias estaduais garantiam ao presidente seu voto, o qual por sua vez, destinava verbas a essas oligarquias. A figura do coronel é extremamente importante nesse cenário, já que através das eleições municipais e por meio do voto de cabresto, eles conseguem voto para aliados do governo estadual, e assim, esses governadores garantem o voto do presidente. Com base na hierarquia, cada um destinava verbas “para baixo”, ou seja, o presidente para os governadores, e esses para os coronéis.

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