Os Índios do Brasil das cabeceiras do rio Xingu, rios Araguaia e Oiapoque
Por: Daiane Sabino • 27/8/2018 • Resenha • 713 Palavras (3 Páginas) • 631 Visualizações
RONDON, Cândido Mariano da Silva. Índios do Brasil das cabeceiras do rio Xingu, rios Araguáia e Oiapoque. V. II. Rio de Janeiro: CNPI/MA, 1953.
No livro Índios do Brasil das cabeceiras do rio Xingu, rios Araguáia e Oiapoque, relata as expedições realizadas por Cândido Mariano da Silva Rondon, pelo interior brasileiro, com o apoio do Conselho Nacional de Proteção ao Índio Onde ele descreve alguns detalhes da expedição, e a experiência que teve com os índios, assim como costumes, tradições, cultura e crença.
O livro é composto por 363 páginas dividido em capítulos que não são enumerados, a obra compõe também fotografias. O livro é escrito como um relatório da expedição vivida, e contém citações que descrevem o momento que fora registrado no momento da expedição. Por fim contem um índice que tem alguns significados de palavras que estão presentes no texto.
Como mencionado no texto os índios viviam sem o contato de civilizações, porém em uma de suas expedições Cândido Mariano da Silva Rondon pode presenciar os costumes de algumas tribos. E é descrito no livro a maneira de alimentação, a divisão dos trabalhos, como se davam em casamento, como eles lidavam com o luto entre outras coisas comuns em uma comunidade.
É relatada a reação dos índios ao entrarem em contato com a Comissão Rondon, alguns se tornaram resistentes, outros, porém, nem tanto, aceitaram presentes e até presentearam, outros já reagiram de forma não pacifica a esse contato, enfrentando e atacando com flechas, é relatado no livro que em dado momento alguns atacaram o barco, o que o fez afundar, mas como uma forma de defesa e não de ataque.
Um lema que é repetido no livro, mais de uma vez, chama atenção: “Morrer, se preciso for, matar nunca”. Que tem um significado, que não seria usado contra os índios a força, e se fossem atacados, não revidar, mas fugir.
No decorrer da leitura é mostrada a diferença que há entre cada tribo, pois nem todas possuem as mesmas tradições e normas, assim como a cultura se diferencia a forma que as mulheres se portavam também é algo relativo de uma tribo a outra. Também a habitação, alimentação e ritos de cada tribo.
A obra tem uma abordagem interessante, mostrando de uma maneira diferente da qual estamos acostumados, a vida dos índios no Brasil, mostrando bem de perto cada detalhe da vida dos indígenas. Mostrando também a reação deles ao entrar em contado com a comissão que fora a expedição, com a intenção de conhecer mais a fundo como são de fato as tribos indígenas, o que também torna interessante a obra são as diversas imagens presente no livro, que é uma importante ilustração.
A narrativa em notas como um diário de expedição, em citação, torna a leitura mais compreensível, pois narra a experiência e o momento da expedição. Portanto a obra nos é importante, pois mostra de uma forma não vista, algumas tribos indígenas, umas conhecidas e outro de menos conhecimento.
Logo, o livro Índios do Brasil das cabeceiras do rio Xingu, rios Araguáia e Oiapoque, como falado anteriormente, é uma obra relevante por diversas razões, indicado principalmente para uso em sala, ao ensinar a história dos índios brasileiros, por o livro didático na escola ter essa abordagem sobre índios escassa. Também é interessante como uma boa fonte de conhecimento das tribos abordada no texto. Um livro que pode ser bem explorado em sala.
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