Os Prolegômenos - Kant
Por: Marcela Sant'Anna • 16/1/2017 • Trabalho acadêmico • 715 Palavras (3 Páginas) • 272 Visualizações
Prolegômenos – Kant – 1783
Kant propõe em seu Prolegômenos um esvaziamento de tudo que até então havia sido dito, e um olhar novo sobre a metafísica[1]. Propõe considerar tudo inexistente que até aquele momento e lançar uma questão inicial: “Será que algo como a metafísica é realmente possível?”.
A partir deste questionamento Kant questiona a Metafísica como ciência ou não. E sugere que se chegue a uma conclusão segura a respeito da natureza desta pretensa ciência. Salienta que outras diversas ciências, naquele momento, progridam, e a Metafísica não (pretensa de ser a própria sabedoria).
A pergunta se a Metafísica é uma ciência possível pressupõe que se duvide da realidade da mesma. Essa questão provocaria resistências tanto dos mais tradicionais quando dos que não compreendessem uma possível nova maneira de compreender a Metafísica.
Kant incita o leitor a duvidar da ciência e não só, mas até ficar convencido de que tal ciência não poderia ter existido sem determinadas exigências e, completa que até o momento não houvera ainda uma verdadeira metafísica. Prevê, dessa forma, um renascimento da Metafísica. Argumenta que não houve, até aquele momento, acontecimento decisivo em relação ao destino dessa ciência até a ofensiva levantada por David Hume, que questiona o conceito de causa e efeito.
Hume causa uma crise na Metafisica, a partir da teoria do conhecimento, mostra que o sujeito associa impressões, percepções e sensações recebidas dos sentidos e retidas na memória. E que as ideias nada mais são que hábitos mentais, associação de impressões sucessivas ou semelhantes.
“A partir daí concluiu que a razão não tem a faculdade de pensar tais conexões, mesmo de modo geral, porque seus conceitos não passariam então de simples ficções e todos os seus pretensos conhecimentos a priori não seriam mais do que experiências comuns mal rotuladas, o que equivale a afirmar: não há em parte alguma e nem pode haver uma metafísica”.
Kant afirma que a teoria de Hume era precipitada e incorreta. E que Hume não fora compreendido. No entanto, segunda a visão de Kant, a questão não estava se o conceito de causa era certo, útil e indispensável, o que Hume levanta é se era concebido a priori pela razão, independente de toda experiência. Hume esperava um esclarecimento. A reação dos opositores de Hume foi apelar para o entendimento humano comum. Há uma crítica de Kant convergindo para uma razão crítica, que delimite o senso comum e suas especulações.
David Hume foi quem deu as pesquisas no campo filosófico de Kant uma direção nova. Kant descobriu, em sua teoria, que o conceito de conexão entre causa e efeito não é o único modo pelo qual o entendimento pensa a priori as conexões entre as coisas, mas a Metafísica está totalmente constituída disso. Kant propõe o entendimento puro, a razão pura, no sentido de determinar completamente e de acordo com princípios universais o âmbito da razão pura (Crítica à razão pura). Em Kant há uma ciência completamente nova. Um método analítico da Metafísica. Nessa obra sua pretensão é de fundamentar a metafísica como ciência, o porquê ela não é ciência e seus elementos do conhecimento.
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