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PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO E OS DESAFIOS DA PRESERVAÇÃO

Por:   •  21/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  226 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

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PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO E OS DESAFIOS DA PRESERVAÇÃO

Oiapoque-AP

2016

Enquanto ciência a Arqueológica desenvolveu-se focada no estudo do passado da humanidade e foi nessa perspectiva que ela incorporou um caráter humanístico e se caracterizou como disciplina histórica. Foi durante a década de 1960 que marcou o desenvolvimento da Arqueologia devido às insatisfações recorrentes a condução das pesquisas que abrangeu não só as técnicas de escavações, mas também seu caráter científico e os meios pelos quais os resultados eram alcançados. No entanto antes da Arqueologia ganhar destaque nos anos de 1960 a 1970 ela tinha um caráter aventureiro onde os arqueólogos lançavam-se em viagens em busca de artefatos sem se preocupar com os danos que estavam causando como mostrado no filme Indiana Jones e os caçadores da Arca perdida, no filme Henry Jones Jr, é um professor de arqueologia que embarca em altas e perigosas aventuras atrás de peças que geralmente são sagradas, mas vale ressaltar que o filme trata de uma ficção e que o filme retrata a arqueologia como caça ao tesouro.

Enquanto que na realidade a arqueologia é uma ciência que analisa o mundo material, e a partir dessa análise constrói as hipóteses com base no estudo minucioso dos artefatos encontrados. Na obra Arqueologia (2003) Pedro Paulo Funari contextualiza sobre a tarefa de colocar a Arqueologia no plano da realidade e rompe com o mito de que se realiza somente no plano das obras monumentais e objetos exóticos, ao se distanciar de outros textos introdutórios que tendem a resumir e simplificar a arqueologia em uma visão errônea que não apresenta o estado crítico e reflexivo, pois, é uma ciência que estuda o passado com foco no presente e seus produtos se incorporam á vida cotidiana de nossa sociedade.

Ao nos dá um panorama atual da Arqueologia como ciência, Funari coloca o arqueólogo não somente como descobridor de um passado pré- existente, mas também como construtor de um passado, não somente se baseando nos dados arqueológicos, mas utilizando contexto social, político, as demandas e interesses da sociedade a ser estudada. Quanto aos motivos que justificam a importância da preservação do patrimônio arqueológico Funari na obra arqueologia (2010), sintetiza que antes de qualquer coisa o arqueólogo tem que ter uma visão burocrática, de forma regionalizada e uma responsabilidade social, haja vista, que deve haver respeito com a sociedade num todo, ou seja, desde os grupos majoritários até as minorias, visto que a arqueologia é uma ação política e que, por isso, tem algumas dificuldades de inserção e ajuste no Brasil como profissão, devido ao reconhecimento e por não haver uma graduação especifica na área.

No entanto as pós-graduações capacitam os profissionais a atuarem como professores e nos setores e em outros setores, como nos museus, laboratório e na  arqueologia de contanto, como forma de ajudar a proteger o patrimônio Arqueológico. Por fim Funari mostra em sua obra Arqueologia (2010) que algumas áreas podem servir como convite ao estudo e trabalho arqueológico, pois nosso território é um vasto campo de pesquisa sobre as comunidades que aqui habitaram nos séculos passados.

Enquanto que na obra de Funari Arqueologia (2003) ele abordado os principais problemas da arqueologia contemporânea, pois a obra deixa uma clara mensagem ao ressaltar que a arqueologia não é uma ciência dos objetos e das coisas mortas do passado mais sim, uma ciência da cultura e de infinitas transformações que vem acompanhando o desenvolvimento da humanidade ao longo dos tempos.

Visto que o olhar do mundo para a Amazônia é com cobiça devido à grande biodiversidade que possui, no entanto há uma ausência de estudos quanto ao potencial arqueológico. O campo de estudo é vasto, mas devido às dificuldades e pouco interesse do setor publico no desenvolvimento de projetos voltados a pesquisa, são poucos os profissionais que se habitaram a investigar os achados Arqueológicos da região.

Segundo o IPHAN e o museu Amazônico da UFAM na década de 90 a cidade de Manaus aumentou consideravelmente a quantidade e o ritmo de pesquisas arqueológicas na região. Tal aumento se deu a partir do Projeto Amazônia Central - PAC, onde arqueólogos brasileiros e norte-americanos juntaram esforços e iniciaram um trabalho de capacitação de técnicos para atuarem nesse ramo em parceria com o IPHAN. Essa parceria deu certo que atualmente são mais de 30 sítios arqueológicos que se encontram em Manaus, porém os estudos são quase inexistentes. Segundo a revista Educação Patrimonial caderno temático (2015, P.8), ela ressalta que “Falar de Patrimônio é muito fácil do que parece. Leonardo Boff, teólogo, professor, escritore importante pensador brasileiro, conta, em suas palestras, que as pessoas guardam aquilo que lhes toca o coração’’. Isso significa que as pessoas usam a memória cerebral para guardar ou esquecer informação, como as lembranças que mesmo carregadas de emoções são guardadas, mesmo que tenham sido de momentos ruins, mas são momentos que fizeram parte da vida daquela pessoa.

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