Porque os Filmes Tratam os Egípcios Como Brancos
Por: Luan Milione • 25/2/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 565 Palavras (3 Páginas) • 331 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS –
IFMG Campus de Conselheiro Lafaiete
Texto retirado do site Geledes:
O EGITO NEGRO:
Cheikh Anta Diop (1923 – 1986), historiador, filósofo, antropólogo e político senegalês, foi o principal responsável por trazer a discussão da origem da raça e da civilização egípcias. Seu livro “Nações negras e cultura: Da antiguidade negra egípcia aos problemas culturais da África negra de hoje”, em tradução livre publicado em 1954 e ainda sem tradução completa para o português, o autor argumenta, com base em diversos textos antigos (de autores bíblicos a documentos gregos), obras de arte egípcias de diversos períodos, análises comparativas (totemismo, circuncisão, realeza, cosmogonia, organização social, matriarcado – cada item em um capítulo), argumentos linguísticos e estudos históricos e antropológicos sobre o povoamento da África a partir do vale do Nilo. Essa discussão ocupa todo a primeira parte do livro e não deixa dúvidas sobre a negritude do povo egípcio. O elemento branco no genoma humano é tardio, mas existem varrições na pigmentação humana desse antes de seu surgimento. Ou seja, um negro com tom de pele mais claro não tem, necessariamente, componentes europeus no sangue. Assim, Cheikh defende a negritude genética do povo egípcio. Seus argumentos passam por análises e testes de dosagem de melanina feitos em algumas múmias nas quais foram encontrados tecidos de pele; medidas osteológicas; grupos sanguíneos e se estendem por mais de 200 páginas.
Texto retirado da Wikipédia:
Segregação racial nos EUA:
A segregação sempre existiu, mesmo após a emancipação dos escravos durante a Guerra Civil Americana. Ela se tornou institucionalizada nas décadas posteriores ao conflito. Em 1867, o Congresso dos Estados Unidos passou a Lei de Reconstrução para proteger os direitos a voto e para garantir que os estados da União tivessem suas próprias constituições, desde que não ferissem a constituição nacional. Em 9 de julho de 1868 foi aprovada a 14ª Emenda da Constituição que garantia e protegia a igualdade dos cidadãos perante a lei. Dois anos depois, a 3 de fevereiro, a 15ª Emenda é ratificada para impedir a discriminação baseada em raça ou cor neste direito.
Contudo, a segregação de fato nunca acabou e persiste até os dias atuais nos Estados Unidos, mesmo sem qualquer amparo em alguma lei. Diferenças em qualidade de vida, oportunidades, educação, acesso a empregos de qualidade e saúde ainda são realidade. A forma como a polícia (ainda majoritariamente formada por oficiais brancos) age ocasionalmente de forma diferente em comunidades habitadas por negros ainda gera comoção e raiva. Para tentar resolver ou amenizar o problema, governos federa e estaduais criaram algumas ações afirmativas com o objetivo de tentar reparar o erro histórico da segregação, mas sem muito sucesso.
Após ler estes textos, desenvolvi uma tese de porque se embranqueciam os egípcios nos filmes ou em clipes de musicas, e difícil de compreender uma Cleópatra interpretada pela Whoopi Goldberg ou pela Viola Davis. Os maiores produtores de filmes se encontram nos EUA, lá até os tempos atuais há um regime segregacionista, um exemplo disso são os bairros divididos para os negros e para os brancos, como registrado na série “todo mundo odeia o Chris”.
Sendo estabelecido as condições de que há um racismo ainda persistente no país que mais produz mais filmes de sucesso, e de que há sim atrizes capazes de interpretar esses papeis, na minha convicção, o fato de se embranquecer o povo egípcio nos filmes seria sim, um racismo ainda implantado na sociedade americana.
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