Resenha História
Por: kaah0107 • 10/6/2015 • Resenha • 719 Palavras (3 Páginas) • 324 Visualizações
Resenha
In:
SODRÉ. Nelson Werneck. Formação Histórica do Brasil. Editora: Civilização Brasileira,1976.
Karen Ruana Móta Marques[1]
Pricila Moreira dos Anjos
Nelson Werneck Sodré, nasceu no dia 27 de abril de1911 no estado do Rio de Janeiro e faleceu no dia 13 de janeiro de 1999 na cidade de Itu (SP). Filho de Heitor de Abreu Sodré e Amélia Werneck Sodré ambos escritores; dedicou-se ainda jovem a carreira militar e historiador, estudou no Colégio Militar num período de 1924 a 1930, onde veio a servir ao Exército de 1931 a 1962 donde foi nomeado general. Foi professor-chefe do curso de história militar da Escola de Comando e Estado Maior, e chefe do Departamento de História do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Aliou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), onde houve um enorme destaque, chegando até a produzir obras sobre o referido; foi preso por se opor a tentativa do golpe para impedir a posse de João Goulart.
Após sua saída da prisão dedicou-se exclusivamente a atividade como escritor. Em 1964, Sodré teve seus direitos cassados por dez anos onde veio se resguardar em uma fazenda de parentes, todavia acabaram achando o mesmo, e ficou 57 dias preso e foi e enviado ao Rio de Janeiro. Durante este período preso Sodré não parou de escrever e produzir livros, o mesmo, era casado com Yolanda Frugoli Sodré com quem teve uma filha. Produziu um enorme acervo de obras, que foram produzidas entre 1938 a 1980. Suas principais obras foram: Introdução à Revolução Brasileira, Formação Histórica do Brasil, As Raízes da Independência, Memórias de um Soldado e Memórias de um Escritor.
Em sua obra intitulada Formação Histórica do Brasil, Nelson Werneck Sodré faz uma análise materialista dos fundamentos da historicidade brasileira desde a formação da colônia até depois da era de Juscelino Kubistchek (JK). Na perspectiva de Sodré, há pouca menção dos grandes eventos, isto é, fatos políticos renomeados aos denominados cargos de poder, considerado como uma coisa sem relativa importância; na verdade o que interessa são as mudanças no modo de produção. Foi através das grandes navegações que ocorreram o desenvolvimento do comércio e do metal, onde a resguarda maior foi a circulação de riquezas sobre bens de produções.
A partir do século XVI, através das invasões francesas e do risco de perda de território que o Império Português acordou para o empreendimento colonial, donde surgia o extrativismo, nomeada como a primeira atividade produtiva, logo em seguida surge a produção do açúcar. Nelson Werneck Sodré afirma que havia enormes dificuldades em nossa realidade colonial, onde as capitanias eram separadas onde havia pouquíssimos alimentos. Havia também uma desigualdade enorme entre as regiões Sudeste e Nordeste, onde no Nordeste centrava uma região mais fundiária, porém, próxima aos mercados europeus; e na região Sudeste centrava uma região de povoamento, onde habitavam os jesuítas em suas missões.
Nelson constitui a base de um “ feudalismo não codificado”, onde quem era benéfico neste processo era as oligarquias tanto estadual como a de província, ambas controladas pelo poder político. Em nossa sociedade primeiro se estabeleceu o modo de produção escravista, onde após se deu uma transição regressiva depois se deu o modo de produção feudal e, por fim o modo de produção capitalista. Acerca sobre o referido cita-nos Sodré:
“ [...] o fato de nos afastarmos de um “paradigma” que nos aprisionaria a um esquema formal estreito não justifica que abandonemos o “método”, quer dizer, o meio imprescindível para alcançarmos o conhecimento científico. ”[2]
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