Resenha: Prost, doze lições sobre a história
Por: Lucas Ferraz • 11/2/2019 • Resenha • 328 Palavras (2 Páginas) • 1.583 Visualizações
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
Departamento de História
Introdução aos Estudos Históricos
Docente: Ricardo Sousa
Discente: Lucas Ferraz de O. Silva
Data: 18/09/2017
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte; Autêntica, 2008.
RESENHA
Antoine Prost é um historiador francés, nascido em 29 de outubro de 1933. No 5º capítulo de sua obra que aborda doze lições sobre a história, irá evidenciar o conceito dos tempos da história. Assunto complexo e bastante pertinente de ser apreendido para um aspirante a historiador. Primeiramente é analisado a importancia do tempo n trabalho de um historiador e é feito uma distinção do tempo que é objeto de estudo em uma pesquisa histórica. É o tempo social (das coletividades), totalmente diferente do tempo físico ou psicológico. É feito, então, uma análise dos tempo no decorrer dos séculos e do proceso para se alcançar novos entendimentos sobre o tempo. Na antiguidade entendia-se o tempo como sendo cíclico, o Cristianismo traz uma novidade, que é o tempo da espera e esse conceito é ultrapassado no Renascimento até o Iluminismo que secularizam o tempo da espera e há uma convicção no futuro que é denoninada de progresso. No século XX, ao presenciar as atrocidades que o ser humano é capaz (referencia às guerras mundiais), essa noção de progresso é abalada e o tempo vinculado ao progresso tem sua noção reformulada para um tempo ascendente.
Para que o tempo possa ser melhor entendido numa pesquisa, Prost intrui o historiador a classificar os acontecimentos na ordem do tempo e depois, periodicizar. A periodização é muito peculiar e cada objeto histórico tem a sua própria periodização e diversos historiadores (Ranke, Signobos) já se debruçaram sobre a melhor forma de realizar a periodização. Um exemplo pertinente é o de Fernand Braudel e os três tempos, trazendo os conceitos de tempo longo (longa duração com estruturas que passam por gerações), médio (conjuntura, abarcando questões como estado de produção) e curto (eventos ou acidentes da vida ordinária).
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