Síntese dos Textos Experiência e Pobreza
Por: Lucas Feres • 20/7/2019 • Trabalho acadêmico • 493 Palavras (2 Páginas) • 211 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Disciplina: Laboratório de Pesquisa História
Professora: Marta Rovai
Discente: Lucas Fernandes Feres
Quinto Período de História/ 2019
Síntese dos textos - Experiência e pobreza, O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov e Sobre o conceito da história de Walter Benjamin
Esse texto tem por objetivo realizar uma síntese dos capítulos Experiência e pobreza, O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov e Sobre o conceito da história, do livro Magia e técnica, arte e política (1987), Walter Benjamin. Não será possível em um único texto abordar todo o conhecido que esses texto trazem, dessa forma, será enfatizado alguns aspectos do texto que me despertou atenção durante a leitura.
Antes de iniciar a discussão sobre os textos, farei um breve resumo da bibliografia de Benjamin. Nascido em Berlim, na Alemanha, e de origem de famílias abastadas, tanto por parte de mãe quanto por parte de pai. Iniciou seus estudos na Friedrich Wilhelm Gymnasium em Berlim, após o término de seus estudos em Berlim, foi para Universidade Albert-Ludwig de Friburg, em Brisgóvia, estudar Filosofia , após uma série de viajens e participações em movimentos sociais ligado ao marxismo, defendeu sua tese de doutorado em Berlim, na hoje conhecida Universidade de Frankfurt. Sua morte, prematura, ocorreu em Port Bou, na fronteira franco-espanhola, no dia 26 de setembro de 1940.
No primeiro capítulo que vou tratar Experiência e pobreza, Benjamin, aborda o conceito de pobreza, referindo-se a sua ligação com a “experiência” e não somente para distinguir um status social de consumo. Ao ligar pobreza e experiência o autor faz uma relação do avanço do capitalismo e da modernidade como balança de duas medidas, em que pobreza de experiência e modernidade estão em lados opostos. Dessa forma, quanto mais a sociedade avança mais pobre de experiência ela se torna.
Para Benjamin, o avanço da industrialização, do consumo e da percepção de tempo, trouxe uma diminuição dos contatos coletivos e das experiências compartilhadas de gerações, para experiência individualizadas e não compartilhadas. No prefácio da terceira edição do livro, Jeanne Marie Gagnebin, pontua três aspectos de como a modernidade afeta a troca de experiências coletivas. A primeira delas aborda a relação entre narrador e ouvinte, esta pressupõem uma relação de proximidade, por exemplo entre pessoas mais velhas, com acúmulo de experiência e pessoas mais jovens. A modernidade torna as distâncias maiores e dessa forma, perde-se a proximidade entre as pessoas.
O segundo aspecto é a substituição de trabalhos lentos e coletivos, em que se trocavam experiências, como por exemplo o artesanato por trabalhos industriais em que o tempo é acelerado e as relações distintas. O último aspecto é a diminuição de troca de experiências relacionados a memória e tradição, fazendo indivíduos com pouca experiência e desaconselhados.
Neste capítulo podemos perceber a crítica ácida que Benjamin faz a modernidade e de como as relações, proximidade, coletividade, troca de experiência deram lugar a experiências individualizadas, pautadas no processo produção-consumo e mesmo com o acúmulo de capital a pobreza aumenta.
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