Sítios arqueológicos na Paraíba

A obra apresentada foi escrita pelo historiador Vanderley de Brito, especialista em História do Brasil e tem como objetivo retificar os erros encontrados nas bibliografias referentes aos achados rupestres no estado da Paraíba. Ele irá expor o trabalho de alguns arqueólogos que trabalharam nos sítios arqueológicos do estado e corrigir os erros apresentados nos relatos desses arqueólogos, além de mostrar as dificuldades encontradas por muitos desses pesquisadores e que certamente influenciaram nestes erros

O estado da Paraíba tem uma grande quantidade de sítios arqueológicos e muitos deles estão catalogados, porém estes sítios são de difícil acesso e muitas vezes as visitas a estes não se repetem, por dificuldades econômicas e também de acesso a estas localidades onde são necessárias longas caminhadas e um certo cuidado com o bioma hostil do local (OLIVEIRA, 2011). Então uma boa parte do trabalho encontrado sobre a arte rupestre no estado da Paraíba é muito incerta sobre sua real representação e segundo o autor muitos pesquisadores utilizam essas bibliografias errôneas, pois até certo momento não se tinha a possibilidade de perceber estes erros, principalmente pelo fato de não ser possível fazer uma nova visita a estas localidades.

Em seu trabalho o historiados Vanderley de Brito visita alguns destes sítios arqueológicos em nosso estado buscando observar os erros representados por pesquisadores anteriores, então ele vai trabalhar nas obras que relatam as inscrições rupestres da Pedra do Navio, Templo dos Índios, Pedra Lavrada do Ingá, Pedra da Retumba, Pedra do Touro e a Muralha do Meio do Mundo.

Conforme Brito vai visitando as localidades ele percebe que um dos problemas é a retratação visual do desenhos que em todos os casos são significativamente diferente daquilo presente nas inscrições originais e isso pode levar a um erro de interpretação destas figuras, isso vai gerando uma bola de neve de erros e estes serão incorporados em trabalhos acadêmicos sendo considerados como corretos. Outro problema significativo é a de obsolescência dos estudos, alguns destes registros foram feitos em um período bem antigo, o inicio do século XX e por pessoas sem formação acadêmica ou com uma doutrina religiosa que podem interferir em suas interpretações, como é o caso de José de Azevedo na Pedra do Navio e Florentino Barbosa no Tempo do Índios. Outros arqueólogos mais novos como Ruth Trindade de Almeida que realizou suas pesquisas durante a década de 70 também comete erros deste tipo e isso pode ser explicado por uma precariedade nos estudos envolvendo essa área e pela falta de incentivo financeiro neste tipo de pesquisa.

Nesta obra Thomas  Oliveira faz um compilado de erros presentes nas fontes históricas e as retifica ajudando a melhorar um estudo posterior, porém ele deixa a ressalva de que os sítios arqueológicos do nosso estado ocupam um vasto terreno e ainda existem muitas obras contendo estes mesmo erros apresentados no artigo e alguns destes mesmos autores que foram citados, mas que provavelmente permanecerão assim por um longo tempo, até que expedições de estudiosos cheguem até estes locais para um estudo mais aprofundado desses registros pré-históricos.                 

        

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