Tancredo Neves Início da Vida e Carreira
Por: lugb • 19/10/2017 • Bibliografia • 1.765 Palavras (8 Páginas) • 282 Visualizações
Início da vida e carreira
Tancredo de Almeida Neves nasceu em 4 de março de 1910 em São João del-Rei, uma cidade localizada no sul de Minas Gerais. Em 1932, no seu último ano na faculdade de direito, foi preso enquanto participava das manifestações da Revolução Constitucionalista, sendo solto dois dias depois. foi um advogado, empresário e político brasileiro, tendo sido o 33º primeiro-ministro do Brasil (o primeiro do período republicano) e presidente da república eleito, mas não empossado.
Início da carreira política
O primeiro partido a qual fez parte foi o Partido Popular (PP), que ajudou a criar e organizar a agremiação em sua cidade natal em 1933. Em 1935 Tancredo foi candidato a vereador em São João del-Rei. Foram eleitos quinze vereadores, e, com 197 votos, ele foi o mais votado. No primeiro ano de mandato, foi escolhido por seus pares como presidente da Câmara Municipal. Neste cargo, atuou como prefeito interino da cidade. Seus adversários queriam removê-lo da presidência do legislativo, mas Tancredo continuou nesta posição até novembro de 1937, quando foi afastado pelo golpe do Estado Novo, assim como os membros do poder legislativo de todo o país.
Extinto seu mandato de vereador, retornou à advocacia e afastou-se da vida política. Em 1936, como advogado do Sindicato dos Ferroviários de sua cidade, participou de uma greve da categoria e foi preso pela segunda vez, sendo novamente solto dois dias depois.
Deputado estadual
Sob a vigência da Constituição de 1946, foram realizadas eleições em 19 de janeiro de 1947 para governador de estado, membros do Congresso Nacional e legislativos estaduais.[25]
Tancredo Neves candidatou-se, e foi eleito deputado estadual mineiro pelo PSD, sendo designado um dos relatores da Constituição estadual mineira. Concluídos os trabalhos constituintes, assumiu a liderança da bancada do PSD
Deputado federal
Tancredo preparava-se para ser reconduzido à Assembleia Legislativa de Minas Gerais mas, de última hora, teve que se preparar para a eleição para deputado federal, pois o então candidato mineiro Augusto Viegas, desistiu da candidatura a um mês para as eleições. Tancredo foi eleito para seu primeiro mandato de deputado federal nas Eleições de 1950, pelo PSD.
Neste primeiro mandato como deputado federal, integrou a Comissão de Justiça, a Comissão de Transportes e a CPI em 1953. Sua atuação como deputado federal proporcionou a Tancredo projeção e experiência política a nível nacional
Tancredo teria ainda mais quatro mandatos como deputado federal: 1962, 1966, 1970 e 1974. Em 1962, deixou o cargo de primeiro-ministro do governo João Goulart para disputar e eleger-se deputado federal nas eleições gerais daquele ano. Foi líder do governo João Goulart na Câmara, ocupando o cargo até o golpe militar de 1964. Em 1966, foi eleito novamente deputado federal.
Redemocratização do Brasil em 1945
Tancredo licenciou-se do mandato parlamentar e exerceu o cargo de ministro da justiça a partir de 26 de junho de 1953. Durante sua gestão foi sancionada a Lei de Imprensa, Lei 2.083 de 1953, e a Lei 2.252, sobre corrupção de menores. Entregou o cargo de ministro quando do suicídio de Getúlio Vargas, ocorrido em 24 de agosto de 1954.
Em 1954, como ministro da Justiça de Getúlio Vargas, Tancredo se ofereceu para assumir o então Ministério da Guerra, incumbido de mandar prender os militares rebelados e comandar a resistência democrática.[33]
Como Ministro da Justiça abriu sindicância de diversos casos de exploração e tortura infantil. Mandou fechar o Serviço de Assistência aos Menores – SAM – após uma denúncia de violência e tortura feita pelo jornalista Villas-Bôas Corrêa. Foi pessoalmente com o jornalista visitar o local, no meio da madrugada. Tancredo mandou arrombar as portas e encontraram o local com camas sujas, algumas sem lençol, crianças empilhadas e com sinais de violência. Sem hesitar, Tancredo mandou fechar o local no dia seguinte para reforma e sindicância.
Tancredo Neves não disputou a reeleição para deputado federal em outubro de 1954. Foi nomeado presidente do Banco de Crédito Real de Minas Gerais pelo governador Clóvis Salgado da Gama
Em 1956, Juscelino Kubitschek nomeou Tancredo para a carteira de redesconto (uma diretoria) do Banco do Brasil, cargo que deixou, em 1958, ao ser nomeado secretário de Fazenda do governo de Bias Fortes, fato que o impediu de disputar as eleições legislativas em 1958. Permaneceu no cargo de secretário até 1960, deixando o cargo para disputar o governo do Estado de Minas Gerais. Foi derrotado por Magalhães Pinto, da UDN.
Primeiro-ministro
João Goulart ,o novo presidente enviou mensagem ao Congresso, aprovada imediatamente por 259 contra 22 votos, indicando Tancredo Neves para primeiro-ministro. De 8 de setembro a 13 de outubro, Tancredo ocupou interinamente a pasta da Justiça. Em seu governo logrou êxito parcial na sua meta para pacificar os ânimos políticos nacionais.
Deste período, como primeiro-ministro, destacam-se a Lei nº 4.070, de 15 de junho de 1962, que elevou o Território do Acre à categoria de Estado, e a Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Oposição ao regime militar
Na Câmara dos Deputados manteve o apoio ao governo João Goulart até que o mesmo fosse deposto pelo Golpe Militar de 1964. Tancredo foi um dos poucos políticos que foram se despedir de João Goulart no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, quando este partiu para o exílio no Uruguai. Foi o único membro do PSD que não votou, em 11 de abril de 1964, no general Humberto de Alencar Castelo Branco, na eleição à Presidência da República pelo Congresso Nacional.
Apesar de ter sido amigo e primeiro-ministro de João Goulart, Tancredo não teve seus direitos políticos cassados durante o Regime Militar, devido ao seu prestígio junto aos militares.[36]
Opositor moderado do Regime Militar de 1964 logo procurou abrigo no MDB sendo reeleito deputado federal em 1966, 1970 e 1974. Em 1978 foi eleito senador por Minas Gerais.
Em 1982, foi eleito Governador de Minas Gerais. Renunciou ao governo do estado em 14 de agosto de 1984 para concorrer à Presidência da República, passando o governo de Minas Gerais a Hélio Garcia ( seu vice-governador)
"Diretas Já" e
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