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Trabalhos de Entrevista História Oral

Por:   •  22/3/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.849 Palavras (8 Páginas)  •  176 Visualizações

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Entrevista com Marlene (continuação)

(Barulho de celular)

Inaldível.

Amanda:

Rodrigo, chega aqui

Marlene:

Essa rua aqui(apontando para a foto)era a rua Guaxinim, ali era a quadra da Juventude Imperial. Aqui olha, é o centro social onde funciona a unidade de saúde do Furtado.

Amanda:

Hoje em dia?

Marlene:

Hoje em dia. Aqui é as casinhas são todas assim. Rua Ana Reis, aonde eu moro.

Débora:

Aqui é do outro lado? (referindo ao lado do núcleo).

Marlene:

É no Olavo Costa também. Aqui tinha muito barraquinhos tá vendo?

Amanda:

Aham, isso é no final do...

Marlene:

Isso aqui é uma rua que não tem saida.

Amanda:

Mais ou menos quando ?

Marlene:

Ihhh, isso aqui vou te falar acho que foi lá em 79, 80. Tá vendo aqui, aqui é a derlube. Departamento de limpeza urbana. Hoje aqui é tudo asfaltado, não tem esses matos mais.

Amanda:

Mas você não acha que deu uma demorada pra eles focarem no bairro?

Marlene:

Mas melhorou muito.

Amanda:

Melhorou muito nos ultimos anos ?

Marlene:

Melhorou, essa casa que você tá vendo aqui hoje é minha casa. Mas se você for lá ver hoje é uma casa de dois andares. Isso aqui era uma vila e hoje olha como que mudou, olha. Existe algumas casinhas que as pessoas não conseguiram melhorar ela, mas a maioria é tudo melhorado. Tá vendo aqui é o centro social onde é a unidade de furtado, aqui é um anexo da unidade.

Aqui olha..

Débora:

As pessoas que estão aqui você conhece?

Marlene:

A faz muito tempo, hoje eu nem sei devem ser tudo adulto. Antigamente, aqui é a quadra da Juventude Imperial, tá vendo.

Amanda:

Aonde era ou onde é hoje em dia?

Marlene:

É ainda a quadra da Juventude Imperial. Nessa época aqui não existia nada. Hoje existe casas aqui ó. Essa passagem aqui não existe mais, o muro agora ele passa aqui ó (apontando para a foto). Hoje não tem essa ruazinha mais.

Amanda:

Eles fecharam tudo ?

Marlene:

Fecharam.

Amanda:

Mas ali na Delurb, da principal pra ali?(Apontado para um lado)

Marlene:

A Delurb é pra lá. (aponta para o outro lado)

Amanda:

Ata, não tenho ideia, mas fica ali na principal. Perto do rio?

Marlene:

sim. Aqui tá vendo, essas casinhas aqui tudo melhoraram hoje.

Amanda:

Tudo mudou né, que os moradores eles também moram também aqui a vida inteira né.

Marlene:

Moram. Tá vendo as casinhas aqui tudo iguaiszinhas. Na época em que isso aconteceu, foi o que que aconteceu, foi a época que o prefeito Melo e Reis tirou o pessoal daqui da guaxinim e levou para lá. Então as casinhas foi a prefeitura que fez, mas aquelas casinhas de pobre. Hoje não, todo mundo tem sua casa boa tem casa de três andares, entendeu.

Amanda:

Os moradores modificaram depois né.

Débora:

Essas fotos são mais ou menos de que década, você sabe?

Marlene:

O menina, essa aqui é uma década muio longe viu?

Amanda:

Isso aqui é outubro de 83?

Marlene:

Essa situação aqui eu conseguia ver porque eu fui criada no Furtado, esse pedacinho aqui faz parte do (inaldivel). Eu andava muito por aquela região, essas pessoas que estavam aqui nessa casa, eu conheço todo mundo que tá aqui. Inclusive esse aqui é o Robson do Vale, que foi uma pessoa que ajudou muito a comunidade. Ele tinha planos e ia muito nas casas fazer essas visitas. O pessoal da prefeitura tinha muita preocupação com a vila Olavo Costa, porque a vila Olavo Costa, porque era uma vila que tinha muita gente, mas que era muito pobre. Poprerrima sabe, passavam fome não tinham agua, sameamento básico. Então quando acontecia muita chuva acontecia alagamento, muitas crianças já morreram aqui. Então a prefeitura mandava essas pessoas pra fazer um trabalho social e o Robson era essa pessoa.

Débora:

Robson?

Marlene:

Robson do Vale.

Amanda:

Ele ainda tá vivo?

Marlene:

Tá. E ele foi um dos diretores do Ipham, daquele negócio que tem ali na avenida sete, é negócio de em casa que chama. Você vai lá e da seu nome pra poder ganhar uma casa.

Amanda:

Ele trabalha lá?

Marlene:

Não sei se ainda trabalha não.

Débora:

É ele aqui de blusa branca na foto?

Marlene:

Sim.

Amanda:

Tentar conversar com ele. Mas ali na área do horto também tinha muito deslizamento né?

Marlene:

A área do Horto é uma área que ela é igual é hoje. No horto tinha muitas plantas, qualquer tipo de árvore que você não conhecia aqui tinha. O sr. Francisquinho tomava conta do Horto florestal, então tinha muito esterco entendeu? E a população não podia usar. E por isso que nossa equipe chama horto, Equipe 13 Horto, em referência ao Horto.

Depois, com o passar do tempo o que que aconteceu, o pessoal foi invadindo né, as caixas, tinha três caixas de água para aguar as plantas, ai depois o pessoal, eu não sei se acabou esse Horto se a prefeitura não quis manter mais isso ai o pessoal foi entrando, foi fazendo casa, porque é um terreno grande entendeu, ai começou a fazer, depois nós vamos ali ver melhor. E depois na verdade o horto virou uma rua.

Amanda:

É porque a gente tem algumas fotos mas já está asfaltado.

Marlene:

Quem mora aqui mais antigamente, a Tata pode até da uma entrevista.

Débora:

É, a Valéria tinha até falado dela.

Marlene:

Ela é ótima, ela conhece a vila Olavo Costa até melhor do que eu. A Tata tem uma história grande ai.

Débora:

E você tem o contato dela?

Marlene:

Se vocês quiserem ir na casa dela nós vamos na casa dela agora.

Amanda:

A então, a gente queria conersar com ela também.

Débora:

Seria até bom pra marcar com ela, caso ela n tiver.

Marlene:

Ah mas ela pode, a Tata não faz nada não.

Amanda:

A gente também vai querer conversar com você sobre o seu trabalho na ubs, como que funciona. Porque ela já é mais antiga né, foi a primeira das vilas. A primeira construida de maior atenção para todas as vilas. A que tem aqui no Olavo né, porque tem a do Furtado hoje em dia.

...

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