2º Guerra

1. A Guerra Fria e a nova ordem mundial

A segunda guerra mundial foi o confronto militar mais devastador de todos os tempos, várias pessoas tiveram suas vidas ceifadas entre os anos de 1939 e 1945, em decorrência deste conflito. Vastas regiões e importantes centros econômicos mundiais foram totalmente devastados.

A ação conjunta e coordenada dos aliados (Estados Unidos, União Soviética, Grã Bretanha e França) foi de fundamental importância para a derrota dos países do eixo (Alemanha, Itália, Japão).

Com o fim da segunda guerra ocorre também a ruptura das relações entre as duas grandes potências mundiais vencedoras da guerra – Estados Unidos e União Soviética – o mundo saíra da segunda guerra dividido em dois, e o temor era enorme que a partir desta divisão o mundo presenciasse uma nova guerra, agora com armas de poder devastadores e imensuráveis, já que ambos possuíam armas nucleares em seus arsenais.

O combate ao nazismo teve sucesso com o fim da segunda guerra mundial, agora o fantasma do comunismo era a principal ameaça à liberdade e a democracia dos países capitalistas. O objetivo principal das nações aliadas capitalistas era conter, a qualquer preço, a disseminação das ideias comunistas pelo mundo. Assim surge a guerra fria e a nova divisão da ordem mundial, o bloco capitalista liderado pelos Estados unidos e o bloco socialista liderado pela União Soviética.

1.2 O bloco capitalista: Estados Unidos

Os Estados Unidos da América chegaram ao pós-guerra como superpotência mundial. Antes disso, o país era internacionalmente reconhecido como um país de força emergente, e com pouca influencia política no cenário mundial, onde as potências europeias eram as principais referencias no assunto.

No entanto com o final da segunda guerra, os países europeus estavam absolutamente esgotados do ponto de vista econômico e político. Mesmo a Grã Bretanha já não tinha condições de se impor como nação soberana na nova ordem mundial. Das cinzas da segunda guerra surge uma nova ordem mundial, muito diferente da que vigorara até os anos 30. Os principais agentes desta nova ordem eram os norte-americanos, seus interesses e seus pontos de vista passavam a ocupar uma posição central no mundo.

Com um poderio econômico e militar, capaz de sustentar uma influencia política em escala praticamente global, trouxe ao povo norte-americano um clima de intenso otimismo no imediato pós-guerra. A vitória mostrou para o mundo a chegada do grande líder internacional na reconstrução da ordem mundial, e camuflou os efeitos da crise de 1929 no país.

O otimismo só foi abalado quando houve a percepção imediata do perigo ao qual a União Soviética representava aos americanos, e verdade que ambos estavam juntos no combate ao nazi-fascismo e dificilmente as tropas de Hitler seriam derrotadas sem cooperação entre seus exércitos nas frentes de batalha. Mas o reconhecimento desta causa não significava que os Estados Unidos estivessem dispostos a dividir com os soviéticos o prestígio e a liderança política que haviam conquistado.

A União Soviética sempre representou a negação de todos os princípios políticos considerados básicos pelos norte-americanos: em lugar da democracia, a ditadura; em lugar da livre iniciativa, o planejamento econômico centralizado. Em termos ideológicos, dificilmente poderia haver antagonismo maior entre Estados Unidos e União Soviética.

Ao final da segunda guerra, Stalin apresentara ao mundo o desejo de estender seu controle a novas regiões, impondo o comunismo aos países do Leste Europeu, para o governo norte-americano, isso marcava o inicio de um plano destinado a levar um regime comunista a todas as regiões do globo. A crença de que os soviéticos estavam empenhados em disseminar as suas ideias em todo o mundo foi rapidamente irradiada pelo governo americano para a população do país. O grande combate contra o comunismo ocorreria em todas as partes e de várias formas.

A ideia de combater sem tréguas o comunismo soviético passou a ser o foco principal de todas as ações do governo americano desde o imediato pós-guerra. Em termos de política externa, os Estados Unidos passou a ser apoio irrestrito aos governos partidários da política anticomunista e a combater governos que recusassem a seguir o mesmo caminho. Convencidos de que a sua nova posição mundial lhe atribuía o papel de defensores da ordem capitalistas, os americanos passaram a intervir nos assuntos internos de outros países.

1.2 O bloco socialista: União Soviética

A União Soviética chegou ao segundo pós-guerra numa posição de nova potência mundial, antes disso havia sofrido um implacável processo de marginalização, num cenário internacional dominantemente capitalista.

A participação da União Soviética na segunda guerra mundial servira para revelar ao mundo a extensão de seu poderio militar. Mesmo sofrendo grandes perdas o país contribuiu decisivamente para a derrota dos nazistas e dentro da nova ordem mundial se estabelecia a presença, os interesses e os pontos de vista dos soviéticos, quisessem ou não os países capitalistas.

A União Soviética obteve uma incontestável vitória na guerra, o custo da vitória, no entanto foi terrível, pelo menos 17 milhões de soviéticos morreram em consequência da guerra. Vastas regiões foram arrasadas e a economia quase totalmente desarticulada, mas sem sua participação não seria possível à derrota de Hitler. Por maiores quais fossem os problemas econômicos do país, mais importante era a demonstração do poderio militar soviético através de seu exército vermelho.

Ao fim da guerra o até então aliado, os Estados Unidos passam a hostilizar cada vez mais os soviéticos através de ameaças veladas e atos unilaterais que visavam reduzir sua influência internacional. A guerra fizera dos norte-americanos os novos líderes do mundo capitalista e, como tais, estes haviam assumido a liderança em oposição ao regime soviético, que defendia o fim do sistema capitalista no planeta.

Os Estados Unidos iniciou uma campanha difamatória visando apresentar a União Soviética como uma potência expansionista, empenhado a estender seu controle a novos países através da conquista. Este pensamento era errôneo, o principal objetivo soviético era o de reerguer uma economia arrasada pela guerra e consolidar as recentes conquistas no leste europeu.

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