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A Atividade Interdisciplinar

Por:   •  4/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  996 Palavras (4 Páginas)  •  74 Visualizações

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Para compreender as várias formas de trabalho, primeiro precisamos pesquisar sobre a origem da palavra trabalho. A palavra tem origem no latim, tripalium, o qual é a junção dos elementos tri, que significa três, e palum, madeira. Tripalium era o nome dado a um instrumento de tortura, constituídos de três estacas de madeiras afiadas, muito utilizado na europa antiga, como método  de punição ao não pagamento de impostos, geralmente em escravos e pobres. A palavra Tripalium em latim era associada a tortura, quando passada ao francês, travailler, teve seu significado ampliado para “sentir dor”, já não era mais ligado somente ao ato de ser torturado, mas às atividades exaustivas, de difícil execução. Somente no século XIV, o termo passou a ter o significado que conhecemos hoje, como um conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim.

        O trabalho é uma atividade tão antiga como a historia do mundo, mas, como citado a cima,  seu significado modificou-se conforme o passar dos anos, de acordo com a contextualidade da época.

Na pré- história, o homem trabalhava em busca de produzir ferramentas que facilitassem a caça, a pesca, o preparo de alimento, não havia uma troca financeira, intelectual, a produção era voltada à sobrevivência.

        Na antiguidade, predominava o trabalho escravo, o qual não oferecia nenhum tipo de troca, o escravo era sujeito a situações humilhantes, atividades exaustivas, eram forçados a trabalhar em atividades e condições desumanas, tornavam-se propriedades de seus senhores, eram visto como não humanos, inclusive o objetivo dos escravocratas era eliminar qualquer vestígio de humanidade nos escravos. Não tinham direitos, haja vista que não eram “humanos”. Aristóteles, filósofo grego, defendia a escravidão. Para ele, não podia falar em direitos do escravo,pois este não tinha condições de cuidar de si mesmo. O escravo era um instrumento, uma extensão do “corpo” de seu senhor, e por isso, devia obedecê-lo. “ O escravo é uma espécie de propriedade viva e todo o ajudante é como que o primeiro de todos os instrumentos” (ARISTÓTELES. Pol.1253b 25-30). Às sociedades escravagistas julgavam os escravos como  objetos, sem alma, sem sonhos, sem humanidade, era uma “coisa”, vistos como raças inferiores, eram, geralmente, estrangeiros, fugitivos de guerra. As sociedades antigas, não costumavam a usar a cor da pele como critérios para a escravização, apenas na Idade Moderna passaram a considerar a cor da pele como fator à escravização.

         Com o fim da antiguidade, a escravidão teve seu número reduzido, dando lugar à servidão como forma de trabalho na Idade Média, também considerada um trabalho compulsório, visto que os servos trabalhavam em troca de proteção e o “direito” de morar e cultivar nas terras de seu senhor, entretanto, além de servirem ao senhor, eles deviam pagar impostos exorbitantes ao senhor da terra, o que ocasionava em dividas permanentes, tornando-os presos às terras e, consequentemente, ao senhor. Os servos, embora não fossem escravos, eram explorados e forçado a cumprir obrigações, tantos trabalhistas quanto sociais, exigidas pelo senhor. Os servos, camponeses, tinham a maior parte de sua produção tomada pelos senhores, ficando o mínimo para a sua subsistência e de sua família, não possuíam bens e nem a si próprio, pois tornavam- se dependentes de seus senhores.

        Finda a Idade média, inicia-se a Idade Moderna, junto dela a expansão marítima se intensifica, aumentando o comércio. Com a colonização das novas terras, surge a necessidade de mão de obra,  a qual foi encontrada na Africa. A escravidão se fortalece, retirando africanos de sua mãe terra e escravizando em terras longínquas, recebendo em troca apenas açoites, humilhação e inúmeras torturas quando não atingissem o que foi estabelecido ou demonstrassem qualquer tipo de revolta. Não só africanos foram escravizados em terras brasileiras, mas os nativos também sofreram com a escravidão, entretanto, esses tiveram a “proteção” dos jesuítas, que se opuseram a escravidão dos índios,mas nenhum desses povos aceitaram a escravidão de forma pacífica. Lutaram bravamente pela liberdade, faziam motins, revoltas, entretanto, a escravidão perdurou até o ano de  1888. Mesmo com o fim da escravidão, os escravos ainda eram presos à dependência dos senhores, estavam libertos apenas perante a Lei Áurea.

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