A Batalha de Argel
Por: Solange Dias de Louredo • 21/3/2019 • Resenha • 698 Palavras (3 Páginas) • 517 Visualizações
RESENHA CRÍTICA
La Battaglia di Algeri, traduzido como “A Batalha de Argel” no Brasil, é um filme Lion d’Or XXVII Festival International de Venise 1966, Reaçosateur de la deixieme equipe Giuliano Montaldo, Editeurs de la musique R.C.A Italiana CAM S.p.A Italiana, duração 2h01min. Direção: Gillo Pontecorvo, morreu em 2006, insuficiência cardíaca congestiva em Roma aos 86 anos, sua obra-prima A Batalha de Argel, alcançou grande sucesso e influência. Foi amplamente exibido nos Estados Unidos, onde Pontecorvo recebeu uma série de prêmios, indicado para dois prêmios da Academia. considerado um dos melhores filmes do gênero: documentário realista, embora ficcional. Seu retrato da resistência argelina durante a Guerra da Argélia, empregando filmagens estilo noticiário e atores não profissionais, e enfocando uma população desprivilegiada que raramente recebe atenção do público em geral, Pontecorvo co-produziu com uma empresa de filmes argelinos.
2 – RESUMO:
O filme A Batalha de Argel retrata os conflitos em Argel (1954 até 1962) entre a FLN (Frente de Libertação Nacional) e o exército francês. A primeira parte do filme mostra a campanha de terror desencadeada pela FLN contra o domínio colonial francês em torno do personagem Ali La Pointe, mostrando sua gradual conversão à guerrilha urbana. Já a segunda metade focaliza a reação do exército francês, que consiste principalmente em uma campanha de tortura e assassinatos comandados pelo coronel Mathieu. As ações terroristas vão se intensificando e ampliando à medida que a repressão se torna mais eficiente, passando de assassinatos de policiais às bombas em restaurante, aeroporto e clube frequentado pelos franceses. As imagens são de um total realismo dada a repressão colonial, do racismo francês e do desprezo pelos árabes isolados na Casbah (bairro popular da capital argelina).
3 – CONCLUSÃO:
O diferencial da proposta do diretor que o filme foi rodado com atores argelinos e franceses, em preto e branco, recriando cenas e figuras históricas em locais de batalhas reais com atores argelinos e franceses desconhecidos. Que nos faz transportar para A Batalha de Argel, e nossa mente recria novas batalhas, sendo fascinante e perturbador ao mesmo tempo. Duas sequências são excepcionais e elevam o filme ao posto de obra-prima: as cenas dos atentados praticados por três mulheres e o final em que vemos o povo nas ruas batendo de frente com o exército. Me senti transportado para aquela época graças ao talento do diretor Gillo Pontecorvo. Uma aula de História vibrante e inesquecível.
O olhar que o cineasta lançou sobre o conflito, bem como enfatizar o potencial e a importância do diretor de cinema com um novo tipo de historiador, reflete a importância e as particularidades do chamado filme histórico, para a própria escrita da história. Como vivemos hoje em uma sociedade em que as imagens hoje têm uma importância essencial para que as pessoas constituam suas percepções do mundo, o conhecimento histórico igualmente não foge a essa característica. Atualmente muito do que o público entende, reflete e julga sobre o passado está em muito baseado no conhecimento que a mídia cinematográfica produz.
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