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A Burguesia .

Por:   •  3/4/2015  •  Dissertação  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  190 Visualizações

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1.0 A burguesia

Neste texto irei abordar o seguinte assunto: a burguesia na Revolução Industrial. Nele constará os motivos pelos quais a burguesia se expandiu pela Inglaterra, os acontecimentos que propiciaram o crescimento das indústrias, entre outros.

        A burguesia é uma classe social que surgiu na Europa em fins da Idade Média. Tem por objetivo o lucro. A partir do século Xlll começou a se tornar o grupo social mais influente na sociedade européia.

        Neste período, a burguesia começou a intervir na produção de mercadorias. Para enganar a vigilância, que impunha limites à produção, os comerciantes entregavam a matéria-prima aos artesãos, que em seus próprios lares, produziam as encomendas.

        Ao passar do tempo, os mercadores (burgueses) passaram a reunir os trabalhadores em um mesmo local, visando tornar a produção mais lucrativa. Fornecia aos trabalhadores a matéria-prima e as ferramentas necessárias para a execução do serviço, pagando um salário em dinheiro aos empregados.

        Esta medida tinha como objetivos a diminuição dos custos, o aumento da produtividade e dos lucros. Este processo deu início às primeiras manufaturas que substituira a produção artesanal (artesanato). No século XVI já se observara na Inglaterra manufaturas com vários trabalhadores assalariados.

1.1 Condições favoráveis para a primeira Revolução Industrial: o controle da burguesia sob o Estado inglês

        Na segunda metade do século XVII a burguesia começou a controlar o Estado inglês. Nesta época vários países da Europa, como França, Portugal e Espanha, tinham no poder do Estado a nobreza e um rei absolutista, com interesses diferentes da burguesia.

        O Estado inglês diferentemente dos outros, incentivou a industrialização, combatendo a escravidão, os monopólios comerciais e estimulando a navegação.

        Com este estímulo, a navegação levou os ingleses a colonizar vários territórios pertencentes à Ásia e a África, com esta atitude foi direcionado para a Inglaterra várias riquezas vindas de diversos países. Esses fatores propiciaram a Inglaterra condições favoráveis para o desenvolvimento das indústrias.

1.2 A divisão do trabalho

        Para os capitalistas o que realmente prevalece é o lucro, a produtividade e a acumulação de capital. Por esses motivos os donos dos meios de produção decidiram intervir na organização do trabalho.

        A decisão foi de implantar a divisão do trabalho, onde cada trabalhador exercia uma única tarefa, ou seja, cada um executava uma operação, uma parte da peça, juntas as operações se obtinha o produto final.

        A divisão do trabalho teve inúmeras consequências, entre elas esta a expansão do mercado de trabalho, o aumento de vagas nas indústrias, maior circulação de capital, surgimento de novas manufaturas e o estímulo ao comércio e consumo.

        Esta divisão revolucionou novamente a produção industrial e teve início no século XVIII, na Inglaterra.

1.3 Fatores que contribuíram para o fortalecimento da indústria na Inglaterra

        Vários fatores contribuíram para o pioneirismo da indústria na Inglaterra, entre eles estão: o acúmulo de capitais, o controle capitalista do campo, o crescimento populacional, a privilegiada posição geográfica do país, a supremacia naval, os recursos que dispunha como as jazidas de carvão e ferro, estradas que interligavam suas regiões, grande mercado consumidor em suas colônias na América e na Ásia, a invenção da máquina a vapor, de novas tecnologias, entre outros.

1.4 Os cercamentos e a expansão agrícola

        Os cercamentos foram criados a partir do século XVI, eram terras cercadas para a criação de ovelhas, a lã das mesmas era utilizada na fabricação de tecido. Antes da implantação deste método, inúmeros camponeses eram submetidos à servidão. Mesmo sendo explorados, o servos tinham onde morar, plantar e criar alguns animais.

        Os latifundiários amparados pelo governo inglês expulsaram os camponeses de suas terras comunais (utilizadas de forma coletiva), com isto estas áreas foram cercadas e transformadas em pastagens.

        Livres, mas expulsos de suas terras, os servos não tinham para onde ir, nem o que comer, ter o necessário para sobreviver. Isto provocou uma grande migração do campo para a cidade (Êxodo Rural), onde os servos, agora trabalhadores estabeleceram uma nova classe social: o proletariado, ou seja, a classe dos trabalhadores das indústrias.

        Os mesmos se submeteram as longas cargas horárias de trabalho e a um baixo salário oferecido pelas indústrias, se tornando com isso, a principal mão-de-obra das mesmas, o que foi ótimo para os donos dos meios de produção.

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