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As Relações Do Serviço Social Com A Burguesia, Estado E Igreja Católica, Nas Direções Da Prática Profissional E Da Formação Profissional.

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Por:   •  27/11/2013  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  12.653 Visualizações

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As relações do Serviço Social com a burguesia, Estado e Igreja católica, nas direções da prática profissional e da formação profissional.

A questão da origem do serviço social estar ligada a questão de que no século XIX na Europa com o surgimento do sistema capitalista e a revolução industrial, onde a classe dominante à burguesia subordinavam as demais pessoas que eram utilizadas como mão de obra, chamada classe proletária.

Os burgueses apoiados pela igreja católica resolveram criar um assistencialismo financeiro, alienando o proletariado de forma buscar no mesmo um maior resultado e subordinação, tudo isto com o apoio do Estado.

Com isto, o objetivo da burguesia era se mantes no poder. Surgiu a estratégia de utilizar a filantropia para conseguir o consenso das classes trabalhistas, visando desestruturar o movimento dos trabalhadores.

Através dos filantrópicos, que tinham acesso a classe desfavorecida, a burguesia garantia a continuidade do capitalismo.

No Brasil o surgimento do Serviço Social se deu no século XX. De forma como igual na Europa, burguesia juntamente com a igreja católica trabalhando juntos para manter o sistema capitalista e a burguesia no topo utilizando- se dos meios “psicológicos” para escravizar a classe trabalhadora.

Na década de 1930, num momento particular da sociedade capitalista, ou seja, “as conexões genéticas do Serviço Social profissional entretece com as peculiaridades no âmbito da sociedade burguesa fundada na organização monopólica” Assim, é no capitalismo sob os moldes do monopólio, que é gerada a contradição basilar do sistema capitalista. Contradição oriunda e constituinte deste sistema explorador da força de trabalho, no qual ocorre a apropriação pelos burgueses detentores dos meios de produção, da riqueza socialmente produzida pelo conjunto da classe trabalhadora. A expressão desse sistema contraditório, é denominada de “questão social”, a qual no contexto monopolista tem suas manifestações e expressões apresentadas deforma complexa e intensa.

IAMAMOTO(2003), afirma que no Brasil, esse cenário é marcado pelo desenvolvimento capitalista industrial e pela expansão urbana, caracterizado pela emergência no cenário político e social de novas classes sociais: a classe trabalhadora assalariada ou proletariado e da classe burguesa, detentora dos meios de produção; e a mudança na composição dos grupos, ou representantes da classe que detêm ou compartilham o poder do Estado.

Com relação á influência da Igreja Católica sobre o serviço social, pode-se fazer algumas considerações pertinentes. A primeira dessas considerações tem a ver com o vínculo criado entre a Igreja Católica e o surgimento do serviço social; vínculo este baseado no interesse da Igreja de recuperar sua imagem de “protetora dos mais pobres, dos mais humildes” ;nas palavras de MIRANDA & Cavalcante “O surgimento do Serviço Social no Brasil se dá vinculado á igreja para a recuperação e a defesa dos seus interesses junto ás classes subalternas e á família operária “ameaçada” pelas ideias comunistas”. Para Claudia Mônica dos Santos (2006), a Igreja Católica esforça-se para atuar na área social preocupada não apenas com as ideias comunistas que estavam crescendo, mas também pela presença na sociedade do liberalismo, pelas ideias contundentes do positivismo e pela nova “cara” que o Estado assume, no caso, a República.

No início do século XX e a promulgação da encíclica Rerum Novarum como períodos demarcatórios da intervenção da Igreja nas questões sociais: “Na década de 1930, a Igreja e Estado se aliam” e, cabe acrescentar, que se os dois se aliam’’... no sentido de buscarem uma resposta minimamente satisfatória aos anseios do proletariado”. Uma das formas de atuação da Igreja foi a criação, na cidade de São Paulo, do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) que tinha como objetivo “promover a formação de seus membros pelo estudo da doutrina social da igreja e fundamentar sua ação nessa formação doutrinária e no conhecimento aprofundado dos problemas sociais”. A autora também diz que como o CEAS tinha pretensão de atingir donzelas católicas para intervir junto ao proletariado, o mesmo cria as primeiras escolas de Serviço Social em 1936 e 1937 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

O Estado no contexto da década de 1930 é pressionado a intervir na realidade das manifestações da “questão social”, pois seu aparato policial repressivo não propiciava mais as condições para garantir que o capital materializasse seu objetivo de acumulação.

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