A Caracterização e História da Região Centro Oeste

  Caracterização e História da Região Centro-Oeste.

Diante das mais variadas pesquisas em relação à Região Centro-Oeste foram possíveis compreender que a colonização da região foi caracterizada principalmente pelos índios que ali habitavam e posteriormente pelos Bandeirantes que buscavam na imensidão do território brasileiro mina de ouro e jazidas, atingindo, assim, suas rotas nos Estados de Goiás e Mato Grosso. As primeiras estradas e vilas criadas na região foram obras dos bandeirantes que, durante os séculos XVII e o XVIII, desbravaram territórios à procura de minérios ou para capturar indígenas.  Os indígenas por sua vez praticavam a caça, a pesca, a coleta de frutas e a agricultura que foram de grande influência para culinária da região, utilizando em seus pratos atuais, carne da caça e pequi (fruto muito comum nessa região).

Mas o efetivo povoamento regional foi somente intensificado a partir da década de 1930, com o objetivo de atender ao mercado consumidor de produtos agrícolas da região Sudeste. Assim, o desenvolvimento agrícola do Centro-Oeste esteve diretamente ligado ao desenvolvimento industrial do país que se iniciava na região Sudeste, surgindo um forte mercado consumidor para a pecuária e a agricultura da região. Porém, é nas décadas de 1940 e 1960 que o processo de ocupação começa a se consolidar economicamente. Muitos foram os motivos que levaram a essa consolidação, destacando: a “Marcha do Oeste” de Getúlio Vargas, que tinha como objetivo a integração regional, ampliando o mercado interno e incentivando a migração para a região; a construção da nova capital do país, Brasília, e a construção de grandes eixos ferroviários e rodoviários que facilitou o escoamento dos produtos e consolidou o desenvolvimento de todo o extremo sul de Goiás e de Mato Grosso.

A seguir, destaca-se a caracterização de cada estado da Região Centro-Oeste:

Mato Grosso do Sul: a caracterização desse Estado em relação à cultura sul mato-grossense tem como influência os indígenas, como: o Guaicuru; Kadiwéu; Terena entre outras tribos indígenas. Além, dos fluxos migratórios que foi de grande importância para a caracterização do Estado, como: os Paraguaios que trouxe em sua alimentação a sopa paraguaia, os italianos, bolivianos, árabes e japoneses.

Após a divisão do Estado do Mato Grosso, originando o Mato Grosso do Sul foi possível atentar-se para o aprofundamento do processo agroindustrial com a possibilidade de atrair unidades industriais para o Estado.

Goiás: Ao popularizar as riquezas das minas recém-descobertas, trouxe para a região gente de toda parte do país. Além do mais, a colonização de Goiás deve–se também à migração de pecuaristas que partiram de São Paulo, no século XVI, em busca de melhores terras de gado. Predominando até os dias atuais a vocação do estado para a pecuária.

A influência na formação alimentar do Estado foi difundida das técnicas culinárias dos índios que aqui viviam, dos bandeirantes e tropeiros que chegaram em busca de ouro e escravos trazidos por este. Estas foram às influências iniciais que caracterizavam os hábitos alimentares dos goianos durante o período da mineração, composta basicamente por feijão, toucinho, arroz, derivados do milho, frutos do cerrado e eventualmente galinha, porco, gado ou caça (Souza, 2000).