Saude E Estado Nutricional Da Região Centro Oeste

Saúde e estado nutricional infantil de uma população da região Centro-Oeste do Brasil*

Delineamento:

Avaliar o estado nutricional de crianças residentes em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Com estudo transversal, de base domiciliar, através de um inquérito antropométrico-social, com amostra de 652 crianças de 0 a 59 meses de idade.

Amostra e abordagem:

A amostra estudada corresponde a 652 crianças com idades entre zero e 59 meses, residentes no Município de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Amostragem aleatória estratificada proporcional, com base na estratificação geográfica do IBGE. Estipulando-se o nível de 95% de confiabilidade, erro amostral de 2% e estimativa de proporção esperada de 0,074, considerando-se a variável prevalência de déficit de altura/idade na população de menores de cinco anos, dos estratos urbanos da região Centro Oeste, dando uma amostra de 1,13% da população-alvo.

Para assegurar a representatividade da amostra por região, o número de domicílios incluídos em cada uma foi em função do número total de domicílios e do número esperado de crianças na faixa etária do estudo. Em cada domicílio apenas uma criança foi analisada. Nos domicílios que apresentaram mais de uma criança na faixa etária do estudo, a participante foi escolhida por sorteio.

Variáveis:

Renda familiar mensal: Quantitativa continua.

Nível de escolaridade do chefe do domicílio: Quantitativa discreta

Densidade familiar: Quantitativa discreta

Condições de saneamento ambiental: Qualitativa ordinal

Idade da criança: Quantitativa continua.

Prática de aleitamento materno: Qualitativa nominal

Ocorrência de diarreia: Quantitativa discreta

Tratamento de diarreia: Qualitativa nominal

Assistência pré-natal: Quantitativa discreta

Acompanhamento assistencial periódico da criança: Quantitativa discreta

Metodologia:

A amostra estudada foi constituída de 313 crianças (48,0%) do sexo feminino e 339 (52,0%) do sexo masculino. A distribuição por faixa etária apresentou certa homogeneidade, com predomínio de crianças no grupo de 12 a 23 meses (23,1%). A média de moradores por domicílio encontrada foi de 4,7 pessoas e a mediana de 4,0 moradores. A maior frequência de crianças (56,0%) encontrou-se na faixa de renda per capita familiar mensal de 0 a 1 salário-mínimo (sm), 23,1% na faixa de > 1a 2 sm e 20,9% encontravam-se acima de 2 sm.

Resultados:

Foram encontradas baixas prevalências de déficits nutricionais, com exceção para déficits de altura/idade, tendo início ainda no primeiro ano de vida. O estado nutricional mostrou-se influenciado pelas condições socioeconômicas, especialmente a renda per capita familiar. Quase as totalidades das crianças iniciaram a amamentação, mas o desmame teve início ainda no primeiro mês. O aleitamento materno exclusivo