A Casa Grande e Senzala
Por: Eduardo Nathan Lima Nativo da Costa • 10/5/2021 • Trabalho acadêmico • 256 Palavras (2 Páginas) • 126 Visualizações
Gilberto Freyre, em Casa Grande & Senzala, critica duramente os racionalistas do século XIX, que se baseavam em teorias pseudocientíficas para afirmar que o problema da sociedade é causado pela miscigenação. Para a elaboração da crítica, Freyre utilizou do método empírico, baseando-se em relatos e em diários de pessoas comuns do período colonial. Segundo ele, a miscigenação não é o problema, mas sim a escravidão, que fez com que a sociedade fosse baseada na violência. Gilberto cita as relações que existiam entre a Senzala e a Casa grande, as quais foram fundamentais para a formação da miscigenação da sociedade. Os senhores, motivados pela falta de mulheres brancas no país, recorriam as suas escravas para praticarem atos sexuais, que eram tratadas como objeto sexual. Com isso, as escravas acabavam engravidando e gerando uma mistura entre duas “raças”, o que é extremamente positivo para Freyre. Ele cita também que os escravos faziam de certa forma parte da família, pois eram designados para trabalharem em funções como por exemplo ser babá dos filhos do senhor, ou em funções domesticas, como cozinhar. Essa é a diferença apontada por Freyre entre a colonização portuguesa e a espanhola: aqui, as classes sociais tinham uma certa união, e segundo ele “O que a economia separa a família une”. Esse é o principal argumento para a miscigenação de Freyre no livro. Com isso, essa exaltação que Gilberto Freyre faz aos negros, acaba causando grande impacto em sua época. O modo como ele fala do negro é bem diferente do existente no imaginário da população.
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