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A Civilização Maia de Paul Grendop

Por:   •  27/5/2023  •  Seminário  •  878 Palavras (4 Páginas)  •  56 Visualizações

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OS MAIAS

A civilização Maia de Paul Grendop

Daremos início agora, à uma apresentação com base no livro de Paul Grendop, dos tópicos, Sociedade, Cultura e Religião Maias, onde se encontram totalmente interligados, ou seja, são assuntos que ao serem abordados fazem referência direta ou indiretamente ao outro, afinal, foi por esse motivo que unimos os três.

 

O impacto Olmeca

  • Entretanto, é essa mesma fase pré-clássica “média” que irá contemplar, a primeira chama cultural na Mesoamérica: a dos Olmecas, que não somente influenciará, com sua marca profunda, um grande número de povos contemporâneos, como também suas reminiscências atuarão como poderoso fermento cultural que se reencontrará, séculos mais tarde, como ponto de partida do grande impulso clássico, aí compreendido como o dos Maias.
  • Se encontravam na Mesoamérica, em núcleos de povoamento agrícola capazes de sustentar uma economia relativamente estável, um esboço de religião (do gênero “xamanístico”), tem-se uma profunda explosão cultural, ao vermos surgir subitamente, entre os anos 1200 e 900 a.C., os primeiros centros cerimoniais olmecas, como San Lorenzo e La Venta.
  • Era uma sociedade de hierarquias, com elites vivendo nos centros cerimonias, enquanto os demais camponeses se estabeleciam em aldeias ao redor desses centros cerimoniais. Essas comunidades eram comandadas por sacerdotes da elite, que eram sustentados por impostos – excedentes - pagos por camponeses e artesãos.
  • Esse exemplo, por si só, anuncia bem os princípios do urbanismo clássico mesoamericano, ou seja, a organização dos grandes espaços exteriores. É então, com efeito, que se assiste à instalação definitiva de inúmeros mecanismos que desempenharão papel determinante dentro do “sistema mesoamericano”, tal como o enriquecimento dos recursos alimentares tanto pela intensificação e diversificação da agricultura, que tinha como base a produção e milho feijão e abóbora, como pela troca inter-regional de produtos; Mencionemos, além disso, os progressos no domínio da tecnologia, assim como os prováveis primórdios de uma astronomia (associada à utilização de um calendário e certas concepções religiosas).
  • Dentre todos esses recursos, o milho se tornará o alimento básico da Mesoamérica, a tal ponto que se lhe atribuirá um papel determinante em certas lendas relativas à criação do mundo e, dentro da mitologia de cada povo.
  • Se desde o início as influências olmecas no exterior afetam algumas regiões por uma longa e frutífera trajetória cultural cobrindo aproximadamente dois milênios, que então, por fim virá a desabrochar subitamente o período Maia, como veremos a seguir.

A civilização maia clássica

 

  • Até o momento, contentamo-nos em observar os Maias do exterior, a fim de mostrar em que contexto cultural geral se produziria a emergência de um fenômeno “maia” propriamente dito. Agora tentaremos aproximar-nos de seu interior, começando com um estudo um pouco mais aprofundado do núcleo de onde partirá, aparentemente, essa ascensão definitiva: as terras mais próximas a Tikal e Uaxactún, em pleno coração da floresta tropical do Petén, na parte setentrional da Guatemala
  • Em torno do ano 200 a.C. Tikal inicia um extenso processo de remanejamento e ampliação de seu centro cerimonial, processo esse que, desenrolando-se de forma ininterrupta durante um período de dez a onze séculos, a transformará na maior cidade do mundo clássico maia.
  • Possuem uma sociedade rigidamente estratificada, ou seja, uma sociedade de classes, onde a mobilidade social não existe, ou quando existe é de uma forma bem sucinta e é uma sociedade que possui uma divisão social de classes muito bem definida. Ao se falar dessa divisão social, pensa-se logo, na pirâmide social Maia, onde no topo da pirâmide social, como intérprete da vontade dos deuses, está o halach-uinic, que era o governador máximo, partilhando de uma nobreza hereditária que distribui entre si os demais cargos religiosos, administrativos, comerciais ou militares. Mais abaixo, em diversos degraus na escala social, situam-se guerreiros, “burocratas”, artistas e artesãos especializados na produção de objetos do culto ou de artigos suntuários; depois, os camponeses e o povo miúdo encarregado de tarefas diversas (servidores, carregadores etc.); e finalmente os escravos, extraídos geralmente de dentre os prisioneiros de guerra ou descontados do tributo imposto às regiões conquistadas.
  • Era uma civilização organizada em cidades-Estado, que controlavam terras e formavam uma confederação. Um aspecto muito ligado ao modo de produção asiático, que apresenta um alto grau de desenvolvimento do corpo estatal e coordena a sociedade civil e produção de bens materiais, que eram produzidos pelos camponeses.
  • Possuíam uma economia agraria voltada para o cultivo do milho de três espécies, algodão, cacau, tomate, batata e frutas. Estando aí, também presente o modo de produção asiático, onde o estado controla a produção econômica e a mão de obra, o trabalhador fica com parte do que produz e entrega parte para o Estado em forma de tributos ou trabalho.
  • De acordo com o artigo do Navarro, os centros urbanos onde havia a maior concentração de templos e palácios teriam sido ocupados somente por sacerdotes, governantes e seus assistentes. A maioria da população teria sido formada por camponeses vivendo em áreas rurais distantes dos centros urbanos. Estes camponeses visitavam estes centros somente em dias de comércio ou em importantes festivais religiosos, mesmo assim permanecendo pouco tempo neles. Isso se dava, pelo tempo que os camponeses passavam em função da agricultura, inviabilizando a dedicação a outras atividades, como a criação de um centro urbano. Afinal, os alimentos teriam suprido a maioria dos nutrientes essenciais necessários à sua sobrevivência.

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