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A Ciência no Renascimento

Por:   •  16/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  3.631 Palavras (15 Páginas)  •  284 Visualizações

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A Astronomia no Renascimento 1

                                                              Autores:.                                  

                                                                                                                       Daniel do Nascimento 2.

                                                               Samuel Gomes 2.

                                                              Sebastião Araújo 2.

                                                              Thiago Monteiro 2.                                              

D

                                                                           

Resumo:

O Renascimento marca o início de um período histórico, mas acima de tudo, um período de mudanças e transformações em diversas áreas do conhecimento, um novo momento para as ciências, artes, filosofia, arquitetura, literatura, etc. O teocentrismo da Idade Média, impedia a busca de uma explicação científica para os acontecimentos, limitando o entendimento e a explicação de eventos naturais, fenômenos químicos e físicos, unicamente à Deus.  Sendo assim, no século XVI a ciência, mais especificamente a astronomia, levanta uma das primeiras questões contraditórias desse novo momento e que iria despertar muitas contradições, a teoria heliocêntrica, que ficou conhecida também como teoria Copernicana. Esta teoria afirmava que a terra girava em torno do sol o que provocou imediata reação da Igreja, tendo em vista que, os religiosos consideravam a terra como o centro do universo, o centro do governo de Deus.

Palavras Chave: Idade Moderna, Heliocentrismo, Geocentrismo, Astronomia, Renascimento;

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1 Trabalho referente à conclusão de todas as disciplinas do terceiro semestre da grade curricular do curso de História de 2015.

2 Graduandos em História pelo UNASP-EC.

Introdução: O Fim da Idade Média

                 Existe divergência entre alguns pesquisadores a respeito do que foi a política teocêntrica da Europa Ocidental, principalmente no que tange as questões científicas. Escritores como DRAPER, 1875, MARICONDA, 2006 e KUNH, 1990, entre outros citados no corpo do texto, afirmam em seus escritos que na Idade Média a ciência e o desenvolvimento tecnológico encontraram dificuldades devido as condições impostas pela Igreja. Entretanto uma minoria como NUMBERS, 2009, defende que, pelo contrário, a Igreja foi grande investidora em produção científica além de que, não promoveu perseguição contra pesquisadores em suas convicções científicas, apenas teológicas.              

                (MARICONDA, 2006) afirma: “(...) uma das mais profundas revoluções sofridas pelo espírito humano, que implicou uma mudança intelectual radical, cujo produto e expressão mais genuína foi o nascimento da ciência moderna.” Alguns consideram que o período do Séc. V ao XV constitui um período classificado como “Idade das Trevas”, um estereótipo concebido que afirma ter havido um verdadeiro apagão artístico e cultural na humanidade, um declínio intelectual, pois todas as explicações eram pautadas na Bíblia, que só podia ser interpretada pela igreja, que era então, a detentora da verdade. (KUHN, 1990, p.13) usa o termo cortina de ferro para definir a situação de restrições na Europa Ocidental, “Na Europa a ocidente da Cortina de Ferro, (...)” onde a ciência encontrava resistência principalmente na religião. (DRAPER, 1875, p.7) utiliza-se do termo: “(...) A noite intelectual que se estabeleceu na Europa,” para se referir à realidade da mesma.

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                 Entretanto, é preciso ressaltar que, esta posição é confirmada por grande parte dos comentaristas e escritores, contudo não é unanime, existem sim, historiadores e pesquisadores como por exemplo, Ronald L. Numbers que não enxerga dessa forma, muito pelo contrário, ele defende a posição da igreja. (NUMBERS, 2009, p.18) afirma: “(...) a história é muito mais complexa, pois ocorreram conflitos, mas também houve muito apoio das instituições religiosas à ciência.” Numbers faz uma defesa acalorada em favor da igreja medieval, discordando de vários pontos cruciais no entendimento estereotipado de que houve perseguição a cientistas e a ciência de um modo geral. Para ele a Idade Média foi um período onde a instituição Igreja Católica fez vultuosos investimentos, durante cerca de seis séculos, em pesquisas científicas principalmente no que diz respeito a astronomia.

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                Entendemos assim que, o assunto renascimento é muito amplo e discutível, principalmente no que concerne à questão religião x ciência, trata-se de um período geralmente contado entre fins do séc. XIV e início do século XVII, marcando também a transição do Feudalismo para o Capitalismo, ruptura com as estruturas medievais estendendo seus efeitos transformadores também sobre as artes, arquitetura e filosofia. Uma das grandes questões envolvidas nesta transição é o advento do humanismo, um método de aprendizado que faz uso da razão individual e da evidência empírica para chegar às suas conclusões, ao contrário do teocentrismo cuja regra de fé e era a Bíblia e a Igreja, detentora da verdade e das explicações.

Como era no final da Idade Média?

                Segundo (KUHN, 1990, p.25) autor de frases como: “(...) não acreditamos numa cosmologia que empregue Deus para explicar o comportamento cotidiano do mundo físico (...)” Uma das principais questões neste debate e que geraram mais polêmicas eram sem dúvidas, fatos concernentes às descobertas astronômicas. A teoria do geocentrismo aceita pela igreja, afirmava que a terra seria o centro do universo e todos os outros planetas inclusive o sol girariam em seu redor.

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