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A Colonização Holandesa

Por:   •  29/8/2018  •  Artigo  •  4.288 Palavras (18 Páginas)  •  241 Visualizações

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UNIVERSIDADE POSITIVO

ANA CAROLINA PLASSMANN

COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL

O BRASIL HOLANDÊS

CURITIBA

2018

ANA CAROLINA PLASSMANN

COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL

O BRASIL HOLANDÊS

Texto acadêmico apresentado no 1º bimestre

do curso de Relações Internacionais da

Universidade Positivo, a pedido do Professor

da disciplina de História das Relações Internacionais,

Marcos Dias Araújo.

CURITIBA

2018

COLONIZAÇÃO HOLANDESA NO BRASIL: O BRASIL HOLANDÊS

                                                                                    Ana Carolina Plassmann

RESUMO

O Brasil holandês, também conhecido como New Holland, era a porção norte da colônia portuguesa do Brasil, governada pelos holandeses durante a colonização holandesa das Américas entre 1630 e 1654. As principais cidades da colônia holandesa de New Holland eram a capital Mauritsstad. (hoje Recife), Frederikstadt (João Pessoa), Nieuw Amsterdam (Natal), São Luís (São Luís), São Cristóvão, Fortaleza (Forte Schoonenborch), Sirinhaém e Olinda.

Palavras-chave: Holanda, Brasil, colonização, colônia.

1 INTRODUÇÃO 

        Uma das grandes tragédias da história do Brasil ocorreu entre 1624 e 1654, quando a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais tentou ocupar a América portuguesa, com enorme perda de vidas e propriedades e deslocamento maciço de populações. Pelo menos 10.000 holandeses, alemães, franceses e outros europeus a serviço da empresa perderam suas vidas, assim como um número similar de portugueses, espanhóis e italianos. Números não contados foram mutilados. Além disso, pelo menos mil ameríndios e possivelmente um número igual de negros também morreram lutando por um lado ou outro. Mais de mil navios foram capturados ou afundados durante os trinta anos de conflito. Várias centenas de usinas de açúcar foram destruídas, inúmeros campos de cana queimados e numerosos bois foram mortos. Dezenas de milhares de habitantes do Nordeste e do Norte do Brasil foram desenraizados e forçados a marchar para o sul, para a Bahia ou o Rio de Janeiro, fugir para o interior ou voltar para a Península Ibérica. A economia do nordeste do Brasil foi seriamente interrompida, e muitas décadas se passaram antes que partes daquela região fossem restauradas à normalidade.


        Inicialmente, os contatos holandeses com a América portuguesa eram pacíficos. Nas últimas décadas do século XVI, apesar das proibições dos Habsburgos espanhóis contra o comércio exterior com o Brasil, um número crescente de navios e tripulações holandesas estava ajudando a transportar cargas, especialmente têxteis, da Europa para o Brasil, retornando com açúcar e pau-brasil. Em 1621, estima-se que dez a quinze navios fossem construídos anualmente pelos holandeses apenas para o comércio do Brasil. Naquela época, os holandeses controlavam cerca de metade a dois terços do comércio entre a América portuguesa e a Europa. O fim da trégua de doze anos (1609-1621) entre os Habsburgos espanhóis e as Províncias Unidas da Holanda foi marcada pela fundação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (1621). Com o apoio do governo, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e os exploradores iniciaram esforços de colonização na América portuguesa, no Chile, no Caribe, no Suriname e no nordeste dos Estados Unidos.

2 DESENVOLVIMENTO

        Em fevereiro de 1630, uma frota holandesa da Companhia das Índias Ocidentais com 67 navios e mais de 7.000 homens, sob o comando de Hendrick Corneliszoon Loncq, capturou Olinda, Recife e a ilha de Antônio Vaz na capitania rica em açúcar de Pernambuco. Embora a maioria dos defensores portugueses fugisse inicialmente, os habitantes da capitania foram mobilizados por Matias de Albuquerque, irmão do senhor-proprietário de Pernambuco. Albuquerque e suas forças conseguiram restringir os holandeses a suas posições costeiras e, nos dois anos seguintes, montaram com sucesso uma campanha de guerrilha da fortaleza chamada Arraial do Bom Jesus enquanto aguardavam uma armada de resgate da Península Ibérica.


        Não foi até maio de 1631 que reforços substanciais deixaram Portugal para o Brasil sob o comando de Biscayan Don Antonio de Oquendo. Ele desembarcou tropas na Bahia, mas a caminho do desembarque de tropas adicionais em Pernambuco e Paraíba, ele encontrou uma frota holandesa de dezesseis navios comandada por Adriaen Janszoon Pater. Eles lutaram para um empate. Embora Pater tenha morrido na luta, apenas 700 dos homens de Oquendo (incluindo 300 napolitanos) chegaram ao Arraial do Bom Jesus. O restante da frota de Oquendo voltou para casa, deixando as águas costeiras do Brasil em mãos holandesas. No entanto, a resistência portuguesa continuou a manter a força de combate holandesa de cerca de 7.000 homens cercada em Recife e forçou o abandono de Olinda em novembro de 1631. Embora os holandeses tenham erguido um forte na vizinha capitania de Itamaracá ao norte, As tropas de Albuquerque conseguiram impedir que os holandeses capturassem as capitanias do norte da Paraíba e do Rio Grande do Norte e ocupassem a várzea, as ricas terras açucareiras de Pernambuco.


        Em meados de 1632, a maré de guerra começou a mudar com a deserção do lado holandês do Domingos Fernandes Calabar, nascido em Pernambuco. Conhecia o terreno intimamente e dirigia as forças holandesas para as fraquezas portuguesas. Além disso, substanciais reforços holandeses chegaram a Pernambuco. Em meados de 1633, o impasse entre as tropas de Albuquerque e os holandeses havia terminado, e os últimos estavam fazendo grandes avanços. Os holandeses expandiram-se para as terras açucareiras de Pernambuco e para a capitania de Itamaracá. Eles também capturaram o forte dos Reis Magos na capitania do Rio Grande do Norte. As forças portuguesas lutaram bravamente, mas não foram páreo para os contínuos reforços enviados pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais.

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