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A DITADURA MILITAR NO BRASIL

Por:   •  15/3/2017  •  Dissertação  •  1.916 Palavras (8 Páginas)  •  197 Visualizações

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A DITADURA MILITAR NO BRASIL

Giulia Rici (giulia_franchini@hotmail.com)

Leticia Castelan (leleconta1@gmail.com)

História - Camila Moreira

Resumo

   Este artigo visa explicar os antecedentes da ditadura militar no Brasil, o seu decorrer e suas consequências. Além de explicar como se deu o Golpe Militar e suas respectivas consequências. Analisamos as marcas deixadas por ela no decorrer da história, e comparamos os momentos históricos e as possíveis consequências de um novo regime militar.

Palavras-chave: Ditadura Militar. Golpe. Movimentos pró-ditadura.

Introdução

   Foi por volta do ano de 1961 que Jânio Quadros assumiu o Brasil, carregando consigo uma grande crise financeira iniciada no governo de JK. Para reverter a situação, Jânio congela os salários, reduz a remessa de lucros, incentiva as exportações,  aproxima-se do bloco socialista condecorando Ernesto "Che" Guevara e estabelece  relações diplomáticas com a União Soviética. Jânio Quadros é condenado pela população que não aceitava sua tendência para o lado socialista, e acaba renunciando à Presidência.

   Após a renuncia de Jânio, instala-se uma enorme crise político-militar. De um lado os que não eram a favor da posse do então vice-presidente  João Goulart, conhecido como Jango, e do outro os legalistas. Todavia o problema político acaba por ser revolvido e Jango assume à Presidência da República sem os poderes da chefia de governo. Um tempo depois, Jango consegue restaurar o presidencialismo com a ajuda de políticos e dos movimentos sindical e estudantil, propondo em seguida suas reformas de base. Foi quando em 31 de março de 1964, líderes militares e civis descontentes com a agitação formada pelos movimentos sindical e estudantil derrubam Jango do Poder, realizando assim o Golpe Militar.

1 O inicio e o decorrer da ditadura militar no Brasil

   Em 15 de abril de 1964, o general militar Humberto de Alencar Castello Branco foi eleito Presidente da República pelo Congresso Nacional. Já no inicio de seu mandato assume uma forma autoritária, estabelecendo eleições indiretas para presidente e dissolvendo partidos. Mandatos de parlamentares foram cassados, direitos políticos e constitucionais cancelados, sindicatos sofreram intervenções militares, etc. Castello Branco instituiu o bipartidarismo, permitindo apenas os partidos do Movimento Democrático Brasileiro (oposição) e da Aliança Renovadora Nacional (militares). Mais tarde, é aprovada a Constituição de 1967, que aprova o regime militar e suas diferentes formas de atuação.

                                                                                                                                                  02

   Assume então, o general Arthur da Costa e Silva indiretamente pelo Congresso Nacional, em 1967. Seu governo é marcado por intensas manifestações, protestos e greves ao redor no país todo, contra o regime militar. É realizada a Passeata dos Cem Mil pela UNE (União Nacional dos Estudantes), além das greves de operários paralisarem fabricas e de iniciar um guerrilha urbana com assaltos e sequestros. Por volta de 1968, é decretado o AI-5, que aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com o habeas-corpus e aumentou a repressão policial e militar. Costa e Silva é substituído por uma junta militar, após ficar doente. Em 18 de Setembro de 1969, é decretada a Lei de Segurança Nacional, que exigia o exílio e a pena de morte em casos de guerra psicológica, revolucionária ou subversiva. No final deste mesmo ano, Carlos Mariguella (líder da ALN) é morto pela força de repressão em São Paulo.

   O general Emílio Garrastazu Médici é escolhido pela Junta Militar, para subir ao cargo de novo Presidente da República, em 1969. Tendo seu mandato conhecido como "Anos de Chumbo", foi o governo mais repressivo e duro da ditadura. É no governo de Médici, em que a censura é executada em jornais, revistas, livros, televisões, filmes, músicas, etc. chegando ao seu ápice com o a investigação, tortura e o exílio do pais de professores, músicos, artistas, escritores, etc. O DOI - CODI, é usado para a investigação e repressão go governo militar.

   Por volta do ano de 1974, o general Ernesto Geisel assume a posse dando inicio a um lento processo de transição de volta a democracia. Seu governo faz ponte com o fim do milagre econômico e a reclamação popular em altas taxas. Ataques clandestinos aos membros da esquerdas, são formados pelos militares de linha dura. Geisel decreta o fim do AI-5, retorna com o habeas-corpus e segue com a volta da democracia no Brasil em 1978.

   O processo de redemocratização começa a acelerar com a vitória do MDB, em 1978. O general Figueiredo, permite a volta dos exilados e condenados por crimes políticos, com a Lei da Anistia. É aprovada, em 1979 a lei que retorna com o pluripartidarismo, fazendo com que os partidos voltem a funcionar normalmente. Enquanto o MDB, passa a ser PMDB, a ARENA muda o nome para PDS. E são criados novos partidos como por exemplo o PT e o PDT.

1.1 Fim da ditadura e suas consequências

   No ano de 1981 o Brasil enfrenta um começo de processo de recessão, que se estende pelos próximos 3 anos, atingindo taxas muito elevadas ao mesmo tempo que ocorre uma estagnação econômica, já que a indústria entra numa crise aguda. Isso provoca um empobrecimento da população e um consequente aumento no nível de criminalidade nos centros urbanos;

   Esse fato, associado a rejeição da emenda constitucional que propunha eleições diretas para presidente, mostrava o descontentamento da população, como na campanha pelas Diretas Já. Um dos lideres do movimento pelo voto livre, Tancredo Neves, candidatou-se pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Era um mestre na arte de tecer acordos políticos, tendo sido  vereador, deputado estadual e federal, ministro da Justiça, primeiro-ministro, senador e governador de Minas. Essa capacidade de negociar foi fundamental na hora da

                                                                                                                                                  03

disputa no Colégio Eleitoral, onde contava com forte oposição, vencendo em 15 de janeiro de 1985, tirando os militares do poder e conquistando a presidência do Brasil. Entretanto, pela campanha exaustiva e por debilitações de saúde, morre antes de assumir posse.

O caminho não seria fácil, considerando que o Brasil estava afogado nas censuras feitas pelos militares, e encontrava-se com uma população amedrontada e alienada. Sendo assim, a queda da censura foi a primeira tarefa do novo governo com atos institucionais e a Lei da Segurança Nacional, além de novas políticas econômicas e a diminuição da influência dos militares no governo.

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