A Era Vargas Até Jango
Artigos Científicos: A Era Vargas Até Jango. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JulieLima • 10/5/2014 • 2.400 Palavras (10 Páginas) • 217 Visualizações
A ERA VARGAS
ANTECEDENTES
A crise econômica do final da década de 20 deixou um campo propicio para reivindicações:
• A população emergente de uma nova classe operaria e da burguesia urbana, geralmente excluída da vida política do país, passou a demonstrar sua força e pressionar para influir nas decisões políticas;
• A economia mundial sofrera um grave abalo com o Crack da Bolsa de Nova Iorque, atingindo a economia nacional, dependente da exportação cafeeira.
Neste cenário a Revolução de 1930, realizada em parte pela oligarquia não cafeeira, que reivindicava maior influência na vida político-econômica da república, além dos tenentes e parcela das classes emergentes.
Para disputar a presidência forças não situacionistas se uniram e formaram a Aliança Liberal. Derrotada através de resultados duvidosos das urnas, empreendeu uma revolução liderada pelo candidato aliancista, Getúlio Vargas. Com a derrubada do governo de Washington Luís, assumiu o governo Getúlio Vargas.
A era Vargas pode ser dividida em três fases:
1. Governo Provisório
2. Governo Constitucional
3. Estado Novo
O GOVERNO PROVISÓRIO DE VARGAS (1930 - 1934)
Vargas assume a presidência do Brasil em caráter provisório, mas com amplos poderes.
As questões sociais tiveram destaque na atuação do novo governo. Foram criados os ministérios do Trabalho, da Indústria e Comercio e o Ministério da Educação e Saúde. O poder público se tornava mais intervencionista e contemplava outros interesses sociais, superando a visão estreita que a oligarquia tinha das funções do Estado.
Os “tenentes”, agora no poder, substituíram côo interventores nomeados os governadores depostos e se incumbiram de neutraliza as possíveis resistências dos velhos poderes locais ao novo governo e consolidar a Revolução em plano Nacional.
São Paulo estava especialmente descontente com o governo centralizador de Vargas, que suspendeu a Constituição.
A REVOLÇÃO CONSTITUCIONALISTA E A CONSTITUIÇÃO DE 1934
No dia 9 de julho de 1932 eclodiu a revolta constitucionalista da São Paul. Os paulistas denunciavam o governo federal de inconstitucional. Para o país voltar à normalidade era preciso elaborar uma nova Constituição. Essa foi a principal bandeira dos rebeldes paulistas.
São Paulo teve a adesão dos outros Estados e, depois de três meses de combate, suas forças se renderam.
Os paulistas foram derrotados, mas vingou a idéia da Constituinte. Em 1933 realizaram-se as eleições para Assembléia Constituinte. Nesta eleição o voto foi secreto e as mulheres votaram duas novidades em relação às eleições da República Velha.
Em julho de 1934 foi promulgada a nova Constituição.
CONSTITUIÇÃO DE 1934
Em 1933 foram eleitos os novos constituintes que promulgaram a nova Constituição em 1934.
A nova Constituição foi uma mistura de varias tendências políticas; sua legislação privilegiava tanto a burguesia quanto os trabalhadores. Dentre seus itens, podemos destacar:
• o surgimento do salário mínimo, que deveria suprir as necessidades básicas dos trabalhadores;
• proibição do trabalho para menores de 14 anos;
• férias anuais remuneradas ;
• direito de voto às mulheres;
• instituição da Justiça do Trabalho.
Em 1934, o Congresso elegeu Getúlio Vargas presidente da República até 1938, quando ocorreriam novas eleições.
A Constituição de 1934 previa eleição presidencial (Vargas permaneceu no poder eleito indiretamente pelo Congresso Nacional).
Inicia-se o período chamado de Governo Constitucional.
GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 - 1937)
Período em que o governo enfrentou grandes descontentamentos. Neste período crescem as tendências políticas: a Ação Integralista Brasileira (AIB) baseado no nazi-fascismo e a ANL – Aliança Nacional Libertadora, com base no socialismo-marxismo.
A ANL, que reunia vertentes diferentes do pensamento intelectual brasileiro (liberais, tenente, socialista, sindicalistas etc.) propunha: o não pagamento da divida externa; nacionalização de empresas estrangeiras atuantes no país; formação de um governo popular; garantia dos direitos e liberdades individuais a todos os cidadãos. O Partido Comunista Brasileiro, após se associar à ANL opta pela revolução armada para tomar o poder. Com uma ação completamente sem planejamento, é sufocada pelas forças federais e Getúlio decreta o estado de sítio, o levante é conhecido como Intentona Comunista.
As eleições para presidente se aproximavam e Vargas não queria largar o poder. Agindo como se estivesse protegendo o país da ameaça vermelha, simula a existência de um plano comunista para derrubar o governo, o “Plano Cohen”. Fecha o Congresso e decreta uma nova Constituição. Estava dado o golpe. Inicia-se a fase ditatorial da era Vargas: o Estado Novo.
O ESTADO NOVO (1937 – 1945)
O Estado Novo caracterizou-se pelo poder centralizado do Executivo (ditadura) e pelo aumento da ação intervencionista na economia. Para afastar toda e qualquer oposição fechou os partidos políticos e estabeleceu o controle dos meios de comunicação.
No setor econômico, o governo intensificou sua participação, conseguindo investimentos para as indústrias de base: siderurgia e metalurgia além do petróleo.
Foram elaboradas novas leis trabalhistas que culminaram com a Consolidação das Leis do Trabalho, baseada na Carta do Trabalho do fascismo italiano, que não reconhecia a luta de classes, criando sindicatos controlados pelo governo.
A SEGUNDA GUERRA E O FIM DO ESTADO NOVO
No inicio da guerra, Vargas procurou não deixar clara sua posição. Imagina-se que Vargas identificava-se com os regimes ditatoriais participantes da guerra. Em seu governo havia ministros simpatizantes do nazismo e também pró-aliados. Vargas, porém sabia que não poderia sobreviver
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