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A Formação Das Almas

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Por:   •  25/4/2014  •  1.952 Palavras (8 Páginas)  •  280 Visualizações

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A formação das almas

Reinaldo Rosa Martin

Carvalho, José Murilo. A formação das almas: o imaginário político da República no Brasil. São Paulo, companhia das letras, 1990.

Escolhi o livro de José Murilo de carvalho para resenhar pela relevância do tema em questão , pois o mesmo despertou-me o interesse em saber de que almas o autor se referia, poso dizer que esse interesse é ao mesmo tempo acadêmico e relevante, embora em primeiro momento tenha achado o tema apenas relevante. É uma obra que desperta interesse na comunidade acadêmica por se tratar da construção da identidade Republicana e o cenário é a passagem do Império para a Republica.

A obra foi produzida em São Paulo: companhia das letras, 1990. Através de uma pergunta do autor a si mesmo onde em estudo anterior ao produzir o consagrado livro e ao mesmo tempo polêmico por se tratar de uma questão ainda muito debatida pela comunidade acadêmica, ou seja, os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi (companhia das letras, 1987). Nessa obra José Murilo analisa a população brasileira e segundo ele o afastamento total da “onda revolucionária” de 1896. Para responder a pergunta como o novo regime se consolidou diante da nula participação popular, José Murilo produziu essa belíssima obra: a formação das Almas: o imaginário da república no Brasil onde o autor mapeou as!”Correntes ideológicas” que o tempo todo competia para definir qual seria “a natureza do regime republicano. A analise do autor é sobre a história política brasileira o livro já está na sua décima sétima reimpressão, revirado por Ana Maria de O.M Barbosa e Maria Eugênia Regis. José Murilo de carvalho nasceu em Minas Gerais em 1939. É doutor em ciência política pela Universidade de Stanford. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Londres, Oxford, Califórnia ( Ivine) e Leiden( Holanda ). no Instituto de estudos avançados de Princeton, na École des Hautes Études em Sciences socials. Atualmente é professor titular do departamento de histporia da UFRJ. Publicou, entre outros livros, os bestializados: o rio de Janeiro e a República que não foi ( companhia das letras, 1987), teatro de sombras ( 1988; 1996), desenvolvimento de La Ciudadania em Brasil. (1995) e pontos e bordados: escritos de História e política (1999) e D. Pedro II(2007). Em 2004, foi para a Academia Brasileira de Letras.

Embora o autor venha nos esclarecer sobre vários assuntos, entre eles os “costumes dos republicanos brasileiros de cantarem a marselhesa, de representarem a República com barrete frígio; a abordagem é específica, ou seja, a batalha pelo imaginário popular republicano. Em seis capítulos, José Murilo de Carvalho constrói o seu belíssimo argumento das formas utilizadas pelos republicanos para legitimar o novo regime. E de forma metodológica discorre sobre suas fontes demonstrando grande conhecimento do tema, tendo pesquisado em jornais e revistas onde destaca: o cruzeiro, o diabo de quatro, diário de noticias, diário de comércio, diário oficial, D.Quixote, o filhote, fon-fon, o gato, gazeta de notícias, jornal do Brasil, jornal do commércio, kosmos, o molho, o mequetrefe, o paiz, revista do arquivo público mineiro, revista do Brasil, revista do IHGB, revista Ilustrada e o Tiradentes. Livros: Agulhon, Maurice. Mariane au combat-L’imagerie ET La symbolique republicaines de 1789 e 1880. París, Flamariom, 1979. Albuquerque, Medeiros e. Quando eu era vivo. Rio de Janeiro, Recorde, 1981., Arendet, Hannah. On revolution. Nova York, The viking press, 1965., Auguste Cont: qui êtes-vous? Lyon, Manufacture, 1988, Autos da devassa da inconfidência mineira. Rio de janeiro, mec-Biblioteca Nacional,1936-48.,Baczeco, Bronishaw. Les imaginaires Sociaux. Memorie et espous collectifs. Paris, Payot, 1984., Boal, Augusto&Guarani, Gianfrancesco. Arena canta Tiradentes. São Paulo, sagarana, 1967., Banco do Brasil S.A. Museu e Arquivo Histórico. Cédulas brasileiras da República. Emissões do tesouro nacional. Rio de janeiro,1965., Carvalho,José Murilo de.Os bestializados. O Rio de janeiro e a República que não foi. São Paulo, Companhia das Letras, 1987.,Constant, Benjamin. De la liberté chez lês modernes. É crits politiques. Textes presentes paa m. Gauchet, Paris, livre de poche,1980., Faraco,Sérgio.Tiradentes. a alguma verdade (ainda que tardia). Rio de janeiro, civilização brasileira, 1980. Freire, Gilberto. Ordem e Progresso. Rio de Janeiro, José Olimpio , 3º Ed. 1974, 2 temos; Girardet, Raoul, Mitos e Mitologias políticas. São Paulo, Companhia das letras, 1987; Hobsbawm, Eric J. A invenção das tradições, rio de Janeiro, Paz e Terra, 1984; Livro do Centenário da Câmara dos Deputados (1826-1926). Rio de Janeiro, Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, 1986; Romero, Silvia. O Brasil social. Rio de janeiro, Typ. Do Jornal do comércio, 1907; Uruguai, Visconde de. Ensaios sobre o direito administrativo. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 2º Ed. 1960. Etc... Artigos, teses, Folhetos. Amaral, Ubaldino. “Tiradentes”, discurso de 21/04/ 1894. Rio de Janeiro, S. Ed, 1906. Araujo, José Pereira de. Tiradentes. Rio de Janeiro, centro positivista, 1884; Barroso, Gustavo. ”Os retratos de Tiradentes”. O cruzeiro, 23/04/1955.,Guanabarino, Oscar.”o hino nacional”. O país, 17/1/1880. Revista do IHGB. vol.62-3,+44.(1881),PP.161-86.etc... o livro apresenta inúmeras ilustrações, 38 em preto e branco e 19 em cores. Nas ilustrações estão contidos os principais elementos, segundo José Murilo para se constituir a ideologia republicana. Em destaque a figura de Alberto Sales, ideólogo da republica liberal, Silva jardim, pregador da república jacobina, Miguel Lemos e Teixeira Mendes, apóstolos da república sociocrática positivista, monumento a Benjamim Constant, monumento a Floriano Peixoto, figura de Tiradentes, da República, “proclamação da República federativa brasileira”etc...ilustrações em cores: quadro sobre a proclamação da República, foto de Tiradentes esquartejado, Alferes Joaquim José da Silva Xavier, A liberdade guiando o povo, quadro da República, bandeira do Império, bandeira do clube republicano , bandeira içada na alagoas, bandeira desenhada por Décio Villares, bandeira bordada pelas filhas de Benjamim Constant, A Pátria,etc... Em sua divisão externa se encontra a ilustração da pátria e da República.

José Murilo procura a todo o momento nos esclarecer sobre a grande importância de criar sentimentos onde possivelmente não há, pois os idealizadores da república precisavam despertar no povo, o sentimento republicano, entretanto como trabalhar ideologicamente esse sentimento. No primeiro capítulo José Murilo vai tratar do que ele chama de utopias republicanas, ou seja, focando

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