A Globalização E A Formação Dos Blocos Mundiais
Tese: A Globalização E A Formação Dos Blocos Mundiais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jcorrea123 • 14/9/2014 • Tese • 2.732 Palavras (11 Páginas) • 192 Visualizações
A Globalização
A globalização é um fenômeno gerado pela necessidade do capitalismo de interligar o mundo, introduzindo outros mercados para os países centrais, cujos mercados internos já estão saturados. Com essa expansão capitalista, é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio, até então restrito ao seu mercado de atuação, para mercados distantes e emergentes, sem ter um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado o permite. Porém, essa expansão capitalista traz como consequência o aumento acirrado da concorrência.
O capitalismo sempre foi caracterizado por ser um sistema dependente econômica e politicamente das nações. A globalização da economia é a expressão máxima do processo de mundialização das relações entre as nações, ao mesmo tempo em que é a completa distorção do papel dos Estados nacionais. A formação dos Estados nacionais tinha como base uma economia nacional.
Um exemplo dado em sala de aula mostrava como num simples eletrodoméstico podemos observar os efeitos da globalização. As peças do produto e o projeto foram de dois países diferentes, e o aparelho foi ainda montado em um terceiro.
"Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros países." John Kenneth Galbraith, um dos maiores economistas do século XX. Esse conceito de globalização abre inúmeros debates sobre a real necessidade de ser implantado tal sistema, ao mesmo tempo que cri grupos antiglobalistas.
Os Blocos
A chamada Nova Ordem Mundial vem modelando o mundo em Blocos econômicos. Existem hoje grandes pólos de desenvolvimento econômico e tecnológico, cada um formado por um bloco de países. O mundo bipolar (EUA e URSS) foi substituído por um mundo multipolar. Os países se organizam em blocos para garantir mercado, complementar sua economia e se fortalecer.
A UNIÃO EUROPÉIA
Depois da Segunda Guerra Mundial, os países da Europa começaram a pensar na possibilidade de criarem uma economia supranacional. Isso porque os países estavam concorrendo isoladamente com os Estados Unidos. Assim, os países europeus formaram uma série de alianças objetivando reestruturar, fortalecer e garantir a competitividade de suas economias. Algumas delas foram: o Benelux, a Ceca, e a CEE.
A mais importante, a CEE, delineou quatro princípios fundamentais: a livre circulação de mercadorias, de serviços, de captais e de pessoas, entre todos os países membros da organização. Entretanto, a efetivação desses princípios só aconteceu mais recentemente. O aprofundamento da competitividade no mercado internacional nas ultimas décadas do século XX, o desenvolvimento de novas tecnologias de produção e a entrada de novos competidores, disputando fatias cada vez mais expressivas do comércio mundial, lembraram à CEE da necessidade dos seus objetivos originais. Isso aconteceu em 1º de Janeiro de 1993, quando a CEE foi substituída pela UE (União Europeia), a maior comunidade econômica mundial atual.
O projeto de uma Europa unificada tem como perspectiva a criação de um sistema de defesa comum europeu, independente da OTAN, e a criação de uma moeda única, a Unidade Monetária Europeia, o Euro. A adoção do Euro eliminará os custos do câmbio existentes nas transações comerciais.
Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia e Reino Unido. São 27 países juntos, 495 milhões de habitantes, 23 idiomas, e um PIB (Produto Interno Bruto) de mais de 15 trilhões de dólares (estimativas de 2007).
O objetivo é criar uma potência econômica capaz de enfrentar a competição internacional. De todos os blocos que estão se constituindo atualmente, a União Europeia adotou a forma considerada a mais avançada. Os países não têm mais fronteiras propriamente dita, apenas formam um bloco supranacional. Teoricamente, seus habitantes não são mais franceses, ingleses, suecos ou portugueses, são cidadãos europeus.
Além da unidade econômica o tratado quer estabelecer uma unidade política e diplomática. Mas nem todos os países estão preparados, por exemplo. Algumas metas difíceis têm que ser cumpridas para que a moeda única ocorra, como: manter baixa a inflação; reduzir as taxas de juros; controlar o déficit público, não podendo ultrapassar 3% do PIB; e segurar a dívida pública abaixo de 60% do PIB. Cumprir as metas da unificação pode gerar medidas de recessão e desemprego. A cada mês a fila em busca de emprego cresce em toda a Europa. O governo paga caro a conta do desemprego. Quem está fora do mercado de trabalho deixa de pagar impostos, mas, recebe um salário desemprego e tem assistência social garantida. A cada novo recorde de desemprego, a conta do estado aumenta mais.
O aprofundamento das relações entre os países europeus reduz a necessidade de importação no continente, mas a UE e o Brasil já assinaram vários acordos de cooperação, e o Brasil exporta inúmeros produtos para os países do grupo com tarifas reduzidas. Os maiores compradores são: a Alemanha, os Países Baixos, a Itália, França, Reino Unido e a Bélgica.
Europa: Tão unidos e tão diferentes! A unificação política e econômica da Europa não livrará o continente de seus problemas. É muito difícil construir um paraíso econômico num mundo com tão graves contradições.
OS TIGRES ASIÁTICOS
A partir da década de 80, os países do Pacífico começaram a apresentar altos índices de crescimento e interferência no mercado mundial, passando a serem designados como tigres asiáticos e dragões asiáticos. Os termos lembram agressividade e é exatamente essa a postura adotada pelos quatro países que formam o grupo: Coréia do Sul, Taiwan (Formosa), Cingapura e Hong Kong. Eles utilizaram a atração de capital estrangeiro, a mão-de-obra barata e disciplinada, a isenção de impostos, e os baixos custos de instalação de empresas.
A grande expansão da economia japonesa foi decisiva para criar um mercado em toda a área circundante do Pacífico. A Coréia também teve um crescimento marcante, sendo um dos países mais pobres em desenvolvimento que se transformou numa semi-industrializada nação de renda média. O progresso de Taiwan seguiu o mesmo rumo. Hong Kong, graças à economia de mercado puro
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