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A História Antiga

Por:   •  12/10/2018  •  Resenha  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  199 Visualizações

Página 1 de 7

Avaliação à Distância 1

Disciplina: História Antiga

Curso: História

Polo: Pirai

Coordenador: Alexandre Moraes

Aluno: Alexandre da Silva Amancio

Matrícula: 17116090211

Tema: Resenha do livro As origens do pensamento grego

APRESENTAÇÃO

         No livro, o autor estabelece uma correlação entre o surgimento da filosofia com o espaço de discussão política e social das polis do mundo grego. Para tanto, o autor engendrou a seguiu divisão estrutural:

Capítulo I: Fala sobre o quadro histórico;

Capitulo II: Fala da relevância da realeza micênica

Capítulo III: A crise da soberania

Capítulo IV O universo espiritual da Polis

Capítulo V: A crise da cidade. Os primeiros sábios

Capitulo VI: A organização do cosmos humano

Capítulo VII: Cosmogonias e mitos da soberania

Capítulo VIII: A nova imagem do mundo e conclusão.

DADOS BIBLIOGRÁFICOS: TÍTULO:  As origens do pensamento grego.  AUTOR:  VERNANT, Jean-Pierre.   TRADUTORA: Ísis Borges B. da Fonseca. 3 ed. São Paulo. Difel, 1981

RESUMO DO TEXTO:

         O texto começa com um  quadro histórico, trazendo à tona fatos peculiares da cultura grega , como  o aparecimento do cavalo domesticado e o uso dos carros de guerra puxados por esses animais. E, examinando tudo o que está relacionado aos cavalos e ao papel deles na guerra, nas mãos dos nobres guerreiros. E chega às origens do povo anterior à época de Homero , os micênicos; fazendo   um esboço  histórico de sua organização social e política. No capítulo II (A realeza micênica), o livro procura descrever essa organização social e política. Onde o  poder político  está concentrado nas mãos de um "rei"  considerado divino, o qual  os micênicos chamavam de "wánax" ou "ánax". Entretanto, a organização hierárquica dessa sociedade incluía outros símbolos de “poder”, ainda que inferiores ao soberano, tais como os inspetores e  os escribas, que tinham por função auxiliar o rei no controle das instituições sociais, como por exemplo, os escribas detinham o monopólio da escrita local e, por meio dela, executavam tarefas relacionadas a arquivos de contabilidade comercial, militar e até mesmo o que envolvesse rituais religiosos.

Outro aspecto importante destaca se no capítulo III, a crise da soberania, pois o autor nos remete à queda do Império Micênico, aonde a história que ele vem narrando toma um viés filosófica  e alude,  mais especificamente, a história do pensamento grego. O autor apresenta fatos que levam à queda desse império, como a expansão dos povos dóricos, antepassados dos espartanos. Momento no qual o homem grego passa  a ter consciência da separação  entre o humano e o divino. Tendendo  ver a religiosidade mítica como  passado, a qual foi sendo suplantado pelo pensamento político  e racional. Avançamos, então,  para o capítulo IV ,  a obra fala do universo espiritual da pólis. E traça a ideia de que o nascimento da pólis,ou seja, o embrião de cidade democrática,foi  organizada a partir dos conflitos e negociações entre forças opostas.  A palavra torna-se um instrumento político por excelência. A eficácia do poder que exerce a palavra lembra os “ditos” dos reis, mas trata-se de algo diferente; peithó,  isto é, a força de persuasão  expressa no debate do contraditório, na discussão, na argumentação. Ela supõe um publico, ao qual se dirige e que deve decidir como um juiz as questões e escolhas numa ótica  puramente humana, a qual  mede a força da persuasão  através de discursos, assegurando a vitória de um  orador sobre seu adversário.

Indo adiante, no capítulo V, o texto explana o tema: “ A crise da Cidade. Os primeiros sábios”. Isto é: os  Sábios seriam figuras mais ou menos míticas  que levavam  a compreensão num momento de crise. Logo, as consequências dessa crise serão  as reformas, num campo intelectual, e a elaboração de uma nova ética grega.  Dessa forma, o começo do direito se dá em certo clima religioso. O movimento místico corresponde a uma necessidade comunitária mais exigente. No entanto, essa aspiração, ao chegar ao meio publico, vai se laicizar. Assim, com o advento do direito,  realiza se uma mutação intelectual. As noções de prova, testemunho e julgamento mudam completamente de sentido, em que o juiz é um ser impessoal que representa a comunidade e não se condiciona mais ao juramento solidário, porém, busca a verdade através do relato dos fatos elaborado numa noção de verdade objetiva. Já no capítulo VI (Organização do cosmos humano) , Jean Vernant fala sobre as mudanças nos valores morais dos gregos de Atenas, onde aparece a democracia. A areté (virtude) defendida pelos agrupamentos religiosos da época. Esses religiosos denunciavam, sobretudo, a riqueza, que segundo eles estava substituindo os antigos valores aristocráticos.

Avançando nessas observações, o capítulo VII (Cosmogonias e mitos de soberania) fala sobre o debate entre os estudiosos que reduzem todo esse processo a uma ruptura brusca e os que, veem uma mudança gradual.  Segundo o autor, um salto quase inexplicável no aparecimento da filosofia, do mito à busca da ciência. Porém, ele vê na filosofia uma transposição para o mundo laico daquilo que antes era mito, além de ser algo bem diferente da ciência e de seu método experimental. Assim como nos mitos, o pensamento filosófico considerava uma unidade primordial da qual, por segregação  sucessivas, teriam emergido a mudanças.  

Conclusão, o autor preconiza  que o surgimento da filosofia está intimamente relacionada com o surgimento da polis, de modo que a estrutura racional que se desenvolve é solidária das estruturas sociais e mentais próprias da cidade grega. Não nasce, senão  de uma Razão é que construída. Não é a mesma razão experimental da ciência, mas uma Razão ligada à política. Em fim, a filosofia se desenvolveu nos instrumentos de relacionamento, na linguagem: política, do reitor, do professor. A filosofia, dentro dos seus limites e com suas inovações é filha da cidade.

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