A Imigração do Norte de África para a União Europeia
Por: Francisco Tavares • 8/6/2021 • Trabalho acadêmico • 2.954 Palavras (12 Páginas) • 159 Visualizações
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Imigração do Norte de África
para a União Europeia
Licenciatura em Comércio e Relações Económicas Internacionais
2020/2021
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Trabalho realizado por:
Francisco Tavares 2019139980
Índice
Introdução.................................................................................................... 3
Contextualização...................................................................................... 4 e 5
Pontos Estratégicos........................................................................................ 6
União Europeia.............................................................................................. 7
Ajuda Internacional....................................................................................... 8
Tráfego e exploração de migrantes................................................................9
Portugal perante a situação..........................................................................10
Conclusão......................................................................................................11
Bibliografia.................................................................................................... 12
Introdução
A realização deste trabalho vem no decorrer da avaliação contínua e da matéria lecionada ao longo da unidade curricular de Relações Económicas Internacionais, que integra o plano curricular de Comércio e Relações Económicas Internacionais, no Instituto de Contabilidade e Administração de Coimbra.
Ao longo deste trabalho irei fazer referência aos pontos essenciais do tema “A Imigração do Norte de África para a União Europeia”, mencionando os aspetos e causas principais de tal movimento, bem como a reação e resposta por parte da União Europeia, que ao longo dos últimos anos tem sido bastante confrontada com esta situação, uma vez que devido à sua localização geográfica é constantemente alvo de novos resgastes e consequentemente da entrada de imigrantes ilegais em território europeu.
A crise migratória na Europa é caracterizada pela desumana situação humanitária, que milhares de refugiados provenientes de África enfrentam, tendo estes como principal objetivo conseguir chegar à Europa Ocidental em busca de melhores de condições de vida, que privilegiem a segurança. Esta migração sempre foi acontecendo ao longos das últimas décadas, no entanto no decorrer de 2015 foi mais acentuada, foi assinalada com um aumento exponencial de centenas de milhares de refugiados que pretendiam abandonar o seu país de origem, e que consequentemente tentavam entrar na Europa, solicitando o auxílio dos países que integram a mesma, pois viam nesta fuga a esperança de um novo recomeço. Os principais fatores que levaram a esta catástrofe humana, decorreram de guerras civis, de conflitos entre países, da fome que se alastrava na população, e da intolerância religiosa que na maioríssima parte dos casos era a principal responsável pelos conflitos, uma vez que estes países eram habitados por pessoas com vários tipos de cultura. Juntamente a isto, as mudanças climáticas não eram as mais favoráveis e punham em causa o risco de vida da população, visto que estes países não eram desenvolvidos a nível económico e social. Simultaneamente as constantes violações dos direitos humanos, que provocavam um sentimento de desesperança, somando com a opressão face à opinião pública que a sociedade tinha. Havia também grandes grupos que operavam e controlavam o tráfico ilegal e humano, vulgarizando a escravidão dos que eram mais vulneráveis.
O agregado das famílias africanos, são normalmente de grande dimensão, o que consequentemente implica a tomada de uma decisão, uma repartição entre quem vai e quem fica, uma vez que grandes aglomerados numa travessia tão arriscada não é opção, nem seguro, por norma. Estas famílias não atentam aos riscos e perigos aos quais estão sujeitos, algo que se deve à falta de escolaridade e informação. Alguns pais têm a decência de abandonar os filhos e seguirem rumo ao continente europeu, o fenómeno é mais recorrente em países da África subsaariana.
Contextualização
Não é novidade para a sociedade da atualidade, que os países da África passam grandes dificuldades, sendo os países maioritariamente poucos desenvolvidos, o que leva a um desequilíbrio económico e social, quando comparado com a Europa. Assim, os cidadãos dos vários países têm a necessidade de tentar encontrar refúgio e abrigo, ao abandonarem o seu país.
A Revolução na Líbia, foi principalmente inspirada pela Primavera Árabe, esta teve início em fevereiro de 2011 e teve fim em outubro do mesmo ano. Ao longo deste período de tempo foi vivida uma grande instabilidade social, que levou ao deslocamento de 559 mil pessoas, este deslocamento foi interno, isto é, para outras regiões do país, bem como externo, onde os cidadãos necessitavam de ultrapassar as fronteiras do mesmo. Embora o fim deste conflito tenha levado ao regresso de vários cidadãos libaneses, despertou em contrapartida uma onda revolucionária noutros países do Norte de África e do Médio Oriente, que levou ao aumento do fluxo de migrantes no Mediterrâneo. Só em 2014, foram registados 3353 refugiados originários da Líbia e cerca de 2400 pedidos de asilo.
Estes últimos anos foram caracterizados por drásticas mudanças políticas, tendo os governos não resistido às manifestações e atentados dos quais eram alvos, juntamente a isto veio um descontrolo do fluxo migratório, uma vez que não havia entidades competentes e responsáveis para tal. Os cidadãos encontravam-se cansados da falta de qualidade de vida, das perseguições das quais eram alvo, devido à sua étnica e religião, e por isso viam no Mar Mediterrâneo uma hipótese fuga, em busca de uma vida melhor, de uma vida estável, em que se sentissem seguros, algo que não acontecia no seu país de origem.
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