A Iniciação Simbólica
Por: Luciano Sampaio • 20/5/2020 • Resenha • 1.902 Palavras (8 Páginas) • 127 Visualizações
Ap:.M:. Márcio dos Santos Alves
Iniciado em 04 de dezembro de 2013
Reflexões sobre a Iniciação Simbólica e
sobre as Explicações do Painel da Loja de Aprendiz –
Primeira Instrução ao Aprendiz Maçom
São Miguel dos Campos – AL
2013
São Miguel dos Campos, 27 de dezembro de 2013
Caríssimos IIr:.MM:.,
Primeiros contatos com a filosofia maçônica, seus princípios e símbolos. | Com as singelas palavras que se seguem tentarei expressar sentimentos que me tomaram, com a graça do G:.A:.D:.U:., quando dos primeiros contatos com a filosofia maçônica. Em especial, as preciosas lições recebidas na iniciação simbólica, por meio da qual fui recebido e me foi permitido adentrar ao iluminado T:. de Salomão – repleto de tão ricas e profundas simbologias –, bem como quando das primeiras lições trazidas com as primeiras instruções da filosofia maçônica no que respeita aos estudos dos elementares princípios e símbolos que revelam o caminho da virtude que me permitirá socializar e harmonizar a convivência social. |
Alma aberta ao aprendizado | Antes de tudo, imperioso ratificar o sentimento de felicidade por perceber em minha alma o inequívoco e fundamental desejo do progresso e a capacidade de aprender, apresentando-me receptivo e abrindo-me interiormente ao aproveitamento construtivo de todas as experiências e ensinamentos que a vida, de algum modo, nos permite contemplar. |
Aprender os segredos da singularidade do M:. | Como neófito, com muita calma, certamente aprenderei a importância dos segredos que tornam os MM:. homens singulares no desenvolvimento do respeito, da ética e da justiça social. |
Iniciação como instrumento ao autoconhecimento. | Percebo que a função primordial da iniciação é a de permitir ao neófito ferramentas filosóficas e espirituais que o capacitarão à reflexão sobre a condição de ser que vive na "escuridão espiritual" e na oportunidade para que com esforços e ajuda dos IIr:. MM:. evolua dedicando-se com boa vontade ao estudo filosófico, preparando-se para se tornar um homem melhor, desgarrando-se do poder da matéria. |
Acolhimento, paz interior e luz através dos contatos primeiros com a filosofia maçônica. | Como profano, a cegueira às incertezas que se sucederam aos primeiros contatos com a ritualística maçônica caminhavam irrestritamente ao lado de uma tranquilidade, de uma paz interior, e inequívoca e surpreendente segurança imposta por um Ir:. que me conduzira por todos os caminhos a que tive que percorrer |
Materialismo afasta-nos das condutas morais dignificantes | Esta condição específica já começava a revelar, em si, a essência da vida profana que, alimentada pelas paixões e tentações inerentes ao materialismo e individualismo corrente, nos impõe distancia da luz e se mostra como condutora a incertos caminhos que nos afastam de condutas morais dignificantes. |
Renuncia a valores da vida profana como essência da Maçonaria | Revela, igualmente, a essência fundamental desta instituição secular que acolhe homens de bem, estabelecendo relações de fraternidade em seu convívio, com o objetivo único de renúncia a valores da vida profana e propiciando, pois, o aperfeiçoamento do gênero humano, de modo a que se possa alcançar uma humanidade fraternal, livre e igualitária. |
Luz para uma nova vida | A certeza do renascimento a uma nova vida, da luz próxima, acalentava um coração sofrido pela descabida importância a valores materiais e pela matéria, mas tão forte em sua disposição à prática da caridade. |
Tranquilidade no apoio do Ir:. M:. | Ao adentrar no T:. a vulnerabilidade da “dependência” e do incerto, de fato, permitiu fossem dissipados todos os receios, dúvidas e apreensões, dando lugar a expectativas maravilhosas, a uma gradativa e absoluta tranquilidade espiritual pela percepção da certeza e segurança de que sempre terei em meu caminhar Guias, MM:., como Luz e Apoio enquanto não aprender a caminhar por mim mesmo. Sempre terei ao meu lado espadas amigas, marcadas, não por seu simbolismo letal, mas pela fortaleza e sustentação decorrentes dos ensinamentos e do aprofundamento da filosofia maçônica. |
Importância da orientação maçônica | O guia, Ir:., nos faz perceber o quão importante é a orientação ao desvendar dos corretos e retos caminhos da estrada tortuosa que nos deparamos neste mundo onde se cultua valores incompatíveis com os valores emanados da igualdade, liberdade e fraternidade. |
Luz para a transição | Em verdade, a luz que em momento oportuno me foi revelada, me tomou por completo e me senti num processo de transição. |
Dedicação e lealdade ao socorro às fragilidades | Tenho certo que, ao me libertar da escuridão, momento sublime se fez, consolidando a certeza de que a companhia daquele Ir:., que me apoiou permanentemente em meu processo evolutivo, transcendeu à certeza de que indistintamente todos obreiros se revelam IIr:. dedicados e leais, prontos para me socorrer nas minhas fragilidades, contribuindo de forma significativa no desbaste da P:.B:. |
Entrega incondicional aos mistérios maçônicos | Certamente esta experiência consolidou o acolhimento necessário e a entrega incondicional aos mistérios da filosofia maçônica |
Gratidão, felicidade, emoção, responsabilidade e compromisso com a conduta reta. | Gratidão, imensa honra, profunda emoção, responsabilidade e, por consequentemente, compromisso, sintetizam os sentimentos que me tomaram naquele momento impar, quando fui recebido como Ap:. M:.. Gratidão e honra por ter sido acolhido por esta sublime ordem; emoção pela grandiosidade dos ensinamentos que me foram ministrados. |
Dedicação da ordem condicionada às atitudes maçônicas. | Por derradeiro, tomei consciência da responsabilidade para com os meus IIr:., para com os rituais, simbologia e ordenamentos maçônicos, tendo certo que a dedicação dos IIr:. estará sempre condicionada as minhas atitudes, em especial ao respeito e à observância incondicional das leis e regras maçônicas. |
Verdadeira iniciação deve ocorrer no coração. | No entanto, cabe-me evidenciar que o verdadeiro e maior sentimento de responsabilidade se deu fora em relação para com o meu eu, pois tenho certo que a verdadeira iniciação deve ocorrer, de fato, em nosso coração, em nosso T:. interior, consubstanciada no compromisso irrestrito de obediência às promessas proferidas e minha transformação verdadeira. |
Desvencilhando defeitos e paixões à conduta reta. | Estou convencido competir unicamente a nós, IIr: .AAp:.MM:., o desvencilhar dos nossos defeitos e de nossas paixões, de forma a contribuir para o aperfeiçoamento ético da humanidade, conscientes do papel de construtores sociais, pautando, sempre, nossa conduta na RETIDÃO, para a JUSTA MEDIDA, para a IGUALDADE e a JUSTIÇA. |
Reconhecimento por atitudes e não pela iniciação. | Com consciência plena e compreensão de que não basta passar pelo ritual de iniciação e me identificar como M:. para que me torne um homem de virtudes; um homem diferenciado. Tenho certo que tenho que ser reconhecido como M:. pelos demais IIr:., pela sociedade e, principalmente, por mim mesmo. |
Orgulho por ser reconhecido como maçom. | Para tanto, sei que não me faltarão força e dedicação para que, com orgulho, possa responder quando perguntado sobre ser M:. que MM:.IIr:.C:.T:.M:.RR:., pois, tenho certo, que este reconhecimento se dará mais em razão de minhas atitudes do que como decorrência da minha iniciação solene. |
Primeiras instruções como inicio dos trabalhos de aperfeiçoamento com abandono dos valores profanos | As Primeiras Instruções, repletas de muita beleza, marcam o inicio de longo trabalho de aperfeiçoamento humano e verdadeira mudança comportamental com a inserção de valores e virtudes. Permite-nos perceber a importância do total abandono aos vícios do mundo profano e a riqueza do simbolismo utilizado na maçonaria que, como na antiguidade, faz-se dos mesmos à preservação de valores revelados somente a escolhidos. |
Alicerce da filosofia simbólica. | As instruções primeiras são alicerçadas na filosofia simbólica, competindo a mim, Ap:.M:., a própria transformação e evolução inicialmente simbolizada no polimento/aprimoramento da P:.B:., que sou. |
Fé, esperança e caridade como Instrumentos à evolução na escada de Jacob. | Os instrumentos e alegorias apresentadas aos IIr:.AAp:.MM:. para que se posa evoluir na escada de Jacob, que representa em si a ligação entre o plano material em que vivemos e o Superior, que aspiramos. Evolução consubstanciada na prática da fé no G:.A:.D:.U:., da esperança do aperfeiçoamento e da caridade para com o gênero humano como rumo certo, caminho a seguir com o apoio simbólico da cruz, do cálice e do braço estendido. |
Inteligência, raciocínio e esmero na superação de obstáculos e aprimoramento de nossa alma. | Tais símbolos nos permitem a compreensão das noções básicas que a Maçonaria constrói, demonstrando que devemos vencer e superar os obstáculos com inteligência, raciocínio e com o esmero necessário para abastarmos com precisão e exatidão, apenas as protuberâncias ou falhas de nossa personalidade, a P:.B:. a qual representamos, por meio de contínuo comportamento moral virtuoso. |
Vontade, energia, inteligência e perfeição para o aperfeiçoamento moral. | As ferramentas que dispõe o Ap:.M:. em seu grau iniciático simbolizam a sua vontade, iniciativa, energia e perseverança como expressão da sua inteligência refinada pelo estudo constante, bem como a exatidão das ações que representam simbolicamente a atividade intelectual do M:., cujo dever e objetivo serão sempre saber discernir o bem e o mal, de modo a que possa tomar o rumo do exato e do perfeito, aperfeiçoando sua natureza moral. Vontade e energia simbolizada no Maço, inteligência como essência do Cinzel e rumo certo, diário, indicado pela perfeição da Régua de 24 polegadas. |
Interiorizar a evolução para trabalhar para o bem comum. | Conforme os preceitos evidenciados, tenho como certo que a reflexão que devemos indelevelmente compreende-la, após as instruções iniciais, é a de que o M:. deve trabalhar inteligentemente para o bem, para a interiorização de um bem para ação, para que por determinação de nossas consciências tudo aquilo que deva ser considerado justo seja prática em todas as nossas relações sociais e não apenas em nosso foro intimo. |
Evolução individual, ao bem universal e valorização da maçonaria | Imperioso estejamos num permanentemente esforço dedicado ao progresso universal e à nossa evolução como indivíduos, procurando, continuamente, desbastar as arestas e asperezas que existem em nós, de modo a que sejamos úteis para a valorização da maçonaria e possamos, com sabedoria, galgar os degraus da escada de Jacob, com a consciência de que devemos fazer eco à obra do G:.A:.D:.U:. |
Conhecer-se para compreender ao próximo | Palmar que ao iniciado é dado a chance de arquitetar-se pessoalmente, ou seja, conhecer-se e, a partir daí compreender a natureza dos outros, para poder participar ativamente na arquitetura da sociedade. |
Educação abrindo mentes | Induvidoso que, por meio da iniciação, a Maçonaria tentar abrir mentes obtusas e fazer com que por este nobre meio de educação, cada iniciado tome posse de si mesmo. |
Consciência moral inerente a condição humana. | Estou certo que a educação moral é o pano de fundo de todo ser humano, pois, foi infundida no ato da criação, ou seja, ela existe dormente no interior do homem. Assim, sua revelação na consciência de cada indivíduo é imprescindível para a construção de uma sociedade futura mais amena; daí a importância e grande responsabilidade da Maçonaria, como escola que é, e que deve primar pelo ensino da moral. |
Erigir TT:. à virtude e Masmorras aos vícios. | É com este pensar que inicio nesta importante ordem de desenvolvimento e aprimoramento do gênero humano, com o objetivo único de erigir templos à virtude e cavar masmorra aos vícios. |
Assim permita o G:.A:.D:.U:.! |
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