A Origem Da Família, Da Propriedade Privada E Do Estado
Por: Gabriel.bjj.2020 • 6/12/2023 • Trabalho acadêmico • 7.944 Palavras (32 Páginas) • 80 Visualizações
ENGELS, Friedrich. Origem da família da propriedade privada e do Estado. Ed Civilização Brasileira. Rio de Janeiro - GB, 1974.
Resumo/Fichamento : Thiago Augusto Divardim de Oliveira
OBS: Anotações pessoais, cópias literais e resumos realizados a partir da obra com o objetivo único de apresentar oralmente a leitura, por ocasião da disciplina “TÓPICOS ESPECIAIS: MARXISMO E EDUCAÇÃO” – 2º SEMESTRE DE 2010 NO PPGE-UEPG.
Origem da família da propriedade privada e do Estado.
Estágios pré-históricos de culturas:
Os estágios quase sempre mudam com mudanças significativas na produção.
Domínio sobre a Natureza.
- Estado Selvagem (fase inferior) seres arborícolas / se admitimos o homem como ser natural é necessário admitir este estágio de transitoriedade.
- (fase média) incrementa a alimentação com utilização do fogo. Espalham-se pelo planeta /caça/ antropofagia em alguns casos;
- (fase superior) arco e flecha / faculdades mentais mais desenvolvidas / construção de moradias e edificações (...)
A Barbárie
- (fase inferior) aprende a trabalhar mais a cerâmica. O traço característico da barbárie é a dominação/domesticação de plantas e animais. Mas agora regiões determinadas tem suas características particulares. Nem todos os lugares apresentam as mesmas formas de desenvolvimento.
- (fase média) formação de rebanhos, utilização do leite e da carne / tijolos de cerâmica e pedra, mais carne, diminuição da antropofagia. Com mais carne, ou seja, gado, era necessário maiores plantações para alimentar o rebanho. Carne e desenvolvimento do cérebro.
- (fase superior) fundição/minério de ferro/ invenção da escrita/ arado de ferro puxado por animais. “A ela pertencem os gregos da época heróica, ... antes da fundação de Roma ... Aqui há agricultura de grande escala. Desenvolvimento interessante da metalurgia e etc. É o ponto de passagem a civilização.” Civilização é igual a indústria e arte. Mas como ocorreu?
– A Família
Os sistemas anteriores se diferem aos atuais da seguinte forma. (formas encontradas no Havaí no momento em que Engels escreve)
Cada filho têm vários pais e várias mães. Um irmão e uma irmã não podem ser pais de um mesmo filho. Se os homens praticam a poligamia e as mulheres a poliandria
os filhos tem de ser comuns. Deste estado de coisas é que resulta a monogamia, pois o círculo vai se fechando ao longo do tempo.
Não se prova que nos estágios de transitoriedade ou mesmo na pré-história/para história, os homens vivessem assim como estágio evolutivo, mas o contrário também não. 🡪 O ciúme é um sentimento que se desenvolveu bastante tarde, assim como a ideia de incesto. Este uma INVENÇÃO, das mais valiosas, segundo Engels. Porém antes não havia promiscuidade porque tal ideia não existia. O que não excluiu laços temporários. A partir de MORGAN (referência utilizada por Engels [Ancient Society, or Researches in the lines of Human Progress from Savagery through Barbarism to Civilization por Lewis H. Morgan. Londres . Mac Millan and Co. 1877])segundo Engels, é possível apontar que surgiram/formaram-se:
- Família Consangüínea: Primeira etapa da família, os grupos conjugais classificam-se por gerações: Avós – filhos – netos – bisnetos – (os filhos são avós dos bisnetos e etc.) “Todas as gerações sucessivas, todos irmãos e irmãs e por isso maridos e mulheres” (estágio preliminar necessário).
- Família Punaluana: O primeiro estágio sucessivo excluiu a relação entre pais e filhos. O segundo excluiu a relação entre os irmãos. Inicialmente irmãos uterinos e depois por parte de mãe e lentamente os que hoje chamamos de Primos (seleção natural). Cada família primitiva cindiu-se. Comunismo primitivo. O afastamento de irmão e irmã gera a nomenclatura para o “Marido e Mulher” que era então punalua. Assim ocorre a formação clássica de uma família.
Surge a ideia do que chamamos de primos e primas (apenas para os de 3º grau digamos) os de 1º ainda são irmãos. Ainda que a MÃE chame o que hoje entendemos por sobrinhos de FILHO, não significa que não que não reconheça seus filhos legítimos. Pois neste período a linhagem familiar era dada pela mãe.
Uma vez proibida as relações entre irmãos (em seguida meio irmãos) os homens passam a ser de outros grupos consangüíneos. Passamos aos poucos as GENS. No momento em que ENGELS escreve há uma série de relatos e mesmo de tribos que vivem neste estágio. Sem entrar em detalhes há uma tendência clara para impedir as relações consanguínias. Neste estágio há os grupos que casam/ um homem é marido de todas as mulheres do outro grupo consangüíneo (inclusive se lá tiver uma filha/mas não pode se relacionar com ninguém do seu próprio grupo) este estágio é intermediário da família punaluana.
A Família Sindiásmica
Mesmo antes já eram possíveis relacionamentos mais duráveis. Um homem poderia ser esposo principal de determinada esposa. O que confundia missionários em conato com grupos que utilizavam ou utilizam tal comportamento. A medida que o casamento entre irmãos foi diminuindo a união em par aumentou. impulsionado pela e na gens.
O fim do casamento consangüíneo gerou ‘espécies’ mais fortes e desenvolvidas (mental e fisicamente). Havia certa permissividade ao adultério do homem, mas o adultério feminimo era duramente catigado. O casamento poderia dissolver-se com certa
facilidade e os filhos ficariam com a mãe. O fim do casamento em grupo e a exclusão do relacionamento entre parentes consangüíneos e conseqüente ‘evolução’ tende a monogamia. Não enquanto amor sexual individual.
Para os homens fica mais difícil encontrar mulheres, pois antes serviam as parentes e assim sobravam opções. Com a dificuldade indica-se o aparecimento do comércio ou mesmo rapto de mulheres. A família Sindiásmica procura um lar individual, mas não suprime o lar comunista, como não se tem certeza absoluta do pai, a mulher é muito considerada no grupo.
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