A Política Café Com Leite

A Política Café com Leite

Falamos de um poder político nas mãos das Oligarquias ligadas ao café, que era o principal produto de pauta da exportação brasileira até JK. Nesse período, o Brasil é o maior produtor de café do mundo.

Campos Sales, 2° presidente paulista da republica oligárquica, começou a buscar por uma maioria no congresso, chamou de Política dos Estados, que era uma troca de favores políticos e econômicos que se estendia do presidente até os chefes políticos locais.

Nas cidades começa a se destacar a figura do coronel, que era na maioria das vezes um latifundiário ou um grande comerciante, que domina uma determinada localidade, todas as pessoas dependem dele direta ou indiretamente e ele se torna uma figura política muito importante. Pois com o voto aberto e direto os permite que montem seus currais eleitorais. Os coronéis começam a fazer acordos políticos, e assim começa a troca de favores, a compra de votos e a corrupção. Formando assim uma aliança entre o executivo e o legislativo brasileiro.

Dentro disso, destacam-se dois estados, São Paulo e Minas Gerais, que tinham os dois maiores colégios eleitorais do país. Daí nessa dobradinha entre São Paulo e Minas na tentativa de garantir o controle político brasileiro nós chamamos de política café com leite.

O café era tão importante que o Estado a partir do convênio de Taubaté de 1906, tenta garantir a manutenção dos altos preços do café.

Mesmo sendo uma república liberal, quando era para garantir os interesses econômicos do café havia uma intervenção do Estado para garanti-los. O próprio governo comprava esse café para garantir que o preço não caísse e muitas vezes não era vendido e sim queimado.

Trazemos isso a nosso atual realidade, o dinheiro publico usado incorretamente, a compra de votos, o povo vendendo seu voto por migalhas ou até mesmo por um direito não adquirido por falta de conhecimento.