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A Revolução Francesa

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Por:   •  30/4/2014  •  3.039 Palavras (13 Páginas)  •  199 Visualizações

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A REVOLUÇÃO FRANCESA

A Revolução Francesa

Introdução:

A Revolução Francesa foi o acontecimento mais importante da Era Moderna. Por isso ela marca o início da Época

Contemporânea.

Para muitos historiadores a Revolução Francesa faz parte de um movimento revolucionário global— atlântico ou

ocidental — que começou nos Estados Unidos em 1776, atingiu a Inglaterra, a Irlanda, a Holanda, a Bélgica, a Itália,

a Alemanha, a Suíça e culminou na França, em 1789, onde adquiriu um caráter mais violento. Da França o

movimento revolucionário continuou a repercutir em outros países europeus, voltando à própria França, em 1830 e

1848.

Apesar de alguns traços comuns a todos esses movimentos, a Revolução Francesa teve um sentido próprio, uma

especificidade, que se manifestou na tomada do poder pela burguesia, na participação ativa dos camponeses e

artesãos, na superação das instituições feudais do Antigo Regime e na preparação da França para a caminhada em

direção ao capitalismo industrial.

Fatores da Revolução

A França nos fins do século XVIII era ainda um país agrário. A introdução de novas técnicas de cultivo e de novos

produtos permitiu a melhoria da alimentação e, com isso, o aumento da população. A industrialização incipiente nos

grandes centros urbanos, com Pais, já era suficiente para reduzir o preço de alguns produtos, estimulando o consumo.

O desenvolvimento econômico fortaleceu a burguesia, que passou a aspirar ao poder político e a discutir os privilégios

da nobreza. Os camponeses possuidores de terras queriam, por sua vez, libertar-se das obrigações feudais que deviam

aos senhores.

A França tinha nessa época aproximadamente 25 milhões de habitantes, sendo que mais de 20 milhões viviam na zona

rural. Essa população formava uma sociedade de estamentos— resquício da Idade Média—, mas já se percebia nela

uma divisão de classes. O clero era composto por cerca de 120 mil religiosos, divididos em alto clero, bispos e abades

que estavam ao nível da nobreza, e baixo clero, padres e vigários de baixa condição econômica e social; o conjunto

do clero constituía o Primeiro Estado. A nobreza— o Segundo Estado— era formada de 350 mil membros; a

nobreza palaciana vivia das pensões reais, usufruindo dos cargos públicos; a nobreza provincial vivia no campo, em

situação de penúria econômica. Havia ainda a chamada nobreza de toga, constituída por elementos oriundos da

burguesia, que compravam seus cargos políticos e administrativos. O Terceiro Estado representava o restante da

população, cerca de 98%: a alta burguesia composta por banqueiros, financistas e grandes empresários; a média

burguesia formada pelos profissionais liberais— médicos, dentistas, professores, advogados etc.; a pequena

burguesia, os artesãos, os lojistas e o povo os sans-culottes, camada social heterogênea de artesãos, aprendizes e

proletários. As classes populares rurais, que chegavam a 20 milhões, destacando-se os servos ainda em condição

feudal ( uns 4 milhões) e os camponeses livres e semilivres completavam o Terceiro Estado.

Sobre a massa da população, o Terceiro Estado, pesava o ônus dos impostos e das contribuições para o rei, para o

clero e nobreza. As outras duas ordens, as privilegiadas, tenham isenção tributária: não pagavam impostos e

usufruíam das vantagens concedidas pela monarquia sob a forma de pensões e cargos públicos. A principal

reivindicação do Terceiro Estado era a abolição desses privilégios e a instauração da igualdade civil.

No plano político, a revolução resultou do absolutismo monárquico e das injustiças decorrentes. O rei monopolizava a

administração , concedia privilégios, esbanjava com o luxo da corte, controlava os tribunais e condenava à

famigerada Bastilha, sem julgamento, através das Lettres de Cachet. Era incapaz de bem dirigir a economia do

Estado, constituía-se num entrave para o desenvolvimento do capitalismo na França.

A arrecadação de impostos era precária. O Estado não tinha uma máquina administrativa para cobrar os impostos—

a cobrança de impostos era feita por arrecadadores particulares, que se aproveitavam ao máximo, espoliando o

Terceiro Estado. Como os gastos eram excessivos, os déficits orçamentários se avolumavam. Na época da revolução,

a dívida externa da França chegava a 5 bilhões de libras, enquanto todo seu meio circulante não passava de 2,5

bilhões. Essa situação foi denunciada pelos filósofos iluministas. Seus livros eram cada vez mais lidos: formavam-se

clubes para sua leitura. A burguesia cada vez mais tomava consciência dos seus problemas e dos seus direitos, e

procurava conscientizar a massa para obter os seu apoio.

Existiam todas as condições necessárias para precipitar uma revolução. Faltava apenas o momento oportuno, uma

conjuntura favorável.

A Revolta Aristocrática

A indústria na França sofreu séria crise a partir de 1786, quando foi feito um tratado comercial com a

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