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AS CRISES ECONOMICAS QUE ABALARAM OS MERCADOS NO SÉCULO XX

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Por:   •  26/9/2013  •  4.121 Palavras (17 Páginas)  •  1.254 Visualizações

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As crises econômicas que abalaram os mercados do século XX

O século XX, que iniciou em 1º de janeiro de 1901 e terminou em 31 de dezembro de 2000, foi um período da história marcado pelos inúmeros avanços tecnológicos (automóvel, avião, internet, etc.), conquistas da civilização e reviravoltas em relação ao poder.

No entanto, foi também a "época dos grandes massacres", já que nunca se matou tanto como nos conflitos ocorridos no período. O historiador Eric Hobsbawn considera, de maneira figurada, o século XX como o período entre a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, e o Colapso da União Soviética, em 1991. Hobsbawn chama esse período de "Era dos Extremos". A história do século pode ser entendida como a de um conflito entre a democracia liberal e a ditadura totalitária.

No Brasil, a Revolução de 30 instaurou um novo modelo de desenvolvimento industrial e urbano, abrindo a chamada “Era Vargas”, caracterizada pelo populismo, nacionalismo, trabalhismo e forte incentivo à industrialização. O País viveu vinte anos sob o regime militar e foi regido por seis constituições.

Êxodo e transformação

No Brasil, o Século XX foi um período de transformações. O País passou por um dos mais velozes processos de urbanização da história moderna. Em 1950, a zona rural abrigava quase 70% dos habitantes, hoje, possui pouco mais de 20%. Esse êxodo rural acelerado, que perdurou até o início dos anos 1990, foi quase estancado a partir de 1995. O País registrou uma das mais altas taxas de crescimento do planeta.

Entre 1901 e 2000, a população brasileira passou de 17,4 milhões para 169,6 milhões, o Produto Interno Bruto se multiplicou por cem, e a expectativa de vida saltou de 33,4 anos em 1910 para 64,8 anos no final do século. Continuamos, porém, com o desafio de promover uma distribuição de renda mais justa, reduzindo a pobreza e a exclusão social.

A Grande Depressão

A Grande Depressão, também chamada de “Crise de 1929”, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929 e que persistiu ao longo da década de 30, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Causou altas taxas de desemprego e quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como na produção industrial, preços de ações,e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países do mundo.

O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente como “o início da Grande Depressão”, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente, desencadeando a “Quinta-Feira Negra”. Assim, milhares de acionistas perderam, da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham.

Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou os efeitos da recessão já existente, causando grande deflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas, elevando as taxas de desemprego. O colapso continuou na “Segunda-feira Negra” (o dia 28 de outubro) e na “Terça-feira Negra” (o dia 29).

Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que também foram duramente atingidos pela Grande Depressão, foram: Alemanha, Países Baixos, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização.

Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que se tratando de uma economia socialista, estava econômica e politicamente fechada para o mundo capitalista.

O ápice dos efeitos negativos da Grande Depressão ocorreram 1933 nos Estados Unidos. Neste ano, o Presidente Franklin Roosevelt aprovou uma série de medidas conhecidas como “New Deal”. O “New Deal”, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão. A maioria dos países atingidos passaram a recuperar-se economicamente a partir de então.

Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes de extrema direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos.

Em 1933 a taxa de desemprego nos EUA era de 25% (ou um quarto de toda a força de trabalho americana). Cerca de 30% dos trabalhadores que continuaram nos seus empregos foram obrigados a aceitar reduções em seus salários, embora grande parte dos trabalhadores empregados tenham tido um aumento nos seus salários por hora.

Outro problema enfrentado foi a grande deflação - queda do preço dos produtos e custo de vida em geral. Entre 1929 e 1933, os preços dos produtos industrializados não perecíveis em geral nos Estados Unidos caíram em cerca de 25%. Já o preço de produtos agropecuários caiu em cerca de 50%, por causa do excedente da produção destes produtos, especialmente trigo. A quantidade destes produtos à venda excedia largamente a demanda, o que causou uma queda dos preços destes produtos. Os baixos preços levaram ao endividamento de muitos fazendeiros. Era comum casos de suicídio por parte de empresários, acionistas e investidores em geral, que haviam perdido tudo o que possuíam; E, também, por parte de outros civis, que, com a crise, haviam se endividado e/ou não possuíam forma alguma de sustento devido ao fato de estarem desempregados.

O New Deal ajudou a minimizar os efeitos da Grande Depressão nos Estados Unidos. A economia americana começou a se recuperar. O governo também diminuiu as tarifas alfandegárias em certos produtos estrangeiros, estimulando o comércio doméstico.

Ao longo da década de 1930, os Estados Unidos gradualmente abandonaram o uso do padrão ouro, fortalecendo o dólar, o que também ajudou na recuperação da economia.

Porém, apesar dos programas governamentais criados com o intuito de reduzir o desemprego, cerca de 15% da força de

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