Antropologia
Seminário: Antropologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leandrotakaesu • 7/11/2014 • Seminário • 1.286 Palavras (6 Páginas) • 644 Visualizações
A antropologia tem como premissa o entendimento do homem completo e sua preocupação é a compreensão da existência humana em sua expressão global, ou seja, biopsicultural.
A antropologia é uma ciência que tem como objetivo o conhecimento do homem a partir do trinômio: Ciência Social (homem dentro de grupos sociais), Ciência Humana (crenças e costumes dos homens) e Ciência Natural (evolução do homem).
O ser humano é um ser racional, pois é um ser aprendente.
Dica de filme: A Guerra do Fogo; 100 minutos; 1981.
Segundo Laplantine, a antropologia pode ser divida em 5 campos:
• antropologia biológica: estuda as características biológicas humanas no tempo e no espaço, analisando as particularidades morfológicas e biológicas articuladas ao meio ambiente;
• antropologia pré-histórica: visa reconstituir as culturas do passado, não-escritas, de sociedades extintas, mas que representaram fases da humanidade;
• antropologia linguística: tem como intenção compreender como os homens expressam suas vivências por meio da linguagem;
• antropologia psicológica: consiste no estudo do funcionamento da capacidade psíquica do ser humano, pois expressa seus comportamento de modo consciente e inconsciente;
• antropologia social e cultural: estuda tudo que abrange uma sociedade em suas diversidades históricas e geográficas.
Toda cultura é socialmente aprendida; não é herdada biologicamente.
A etapa etnográfica tem como objeto de estudo a observação e análise de grupos humanos em sua particularidade e visa à reconstituição de seu modo de viver e tem como especialidade o estudo da cultura material e/ou imaterial de cada povo.
A etnologia é quando os antropólogos utilizam os dados coletados na etnografia e desenvolvem uma primeira interpretação e análise das culturas, utilizando um estudo comparativo. Ela representa um primeiro passo rumo a uma síntese explicativa.
A antropologia cultural representa as conclusões das etapas de etnografia e etnologia, devendo ser analisada em todo o seu processo.
As emoções são produtos de escolhas culturais e não são predisposições genéticas ou biológicas.
Não há apenas uma cultura no mundo, pois a humanidade é plural.
Conhecer outras culturas (alteridade) é essencial para entender melhor a nossa própria cultura.
A antropologia cultural evolucionista do século XIX não utilizava a pesquisa de campo como uma forma do antropólogo entrar em contato com a realidade a ser estudada. Era utilizado o método comparativo e a sucessão unilinear.
A antropologia evolucionista reduzia as diferenças a momentos históricos específicos, pois acreditava que as diferenças entre os grupos culturais eram passageiras, pois seriam uma parcela do passado da civilização ocidental.
O primeiro a introduzir a pesquisa de campo e coleta de dados (etnografia) foi Franz Boas a partir do século XIX. Ele acreditava que o etnógrafo e o antropólogo deveriam ser a mesma pessoa.
Franz Boas introduziu o conceito de que o costume de uma cultura só tem significado se estiver relacionado ao contexto social no qual está inserido.
O relativismo cultural, desenvolvido por Franz Boas, conceitua que uma cultura não pode ser compreendida em comparação a qualquer outra, pois ela tem a sua própria essência, que é distinta e única.
O relativismo cultural é quando uma cultura é compreendida a partir da noção de que é um conjunto de verdades produzidas pelos indivíduos que estão inseridos num grupo e que nele aprendem “porque” e “como existir”, segundo determinados pontos de vista.
O etnocentrismo é uma valorização da própria cultura, em detrimento da cultura dos outros. Por isto, para se conhecer outras culturas, não pode haver pré-julgamentos.
Outra inovação introduzida na etnografia foi realizada por Bronislaw Malinowski (antropologia funcionalista), que defendeu a ida ao local geográfico das culturas desconhecidas, tornando a observação mais participante. Assim, a antropologia passou a ser uma atividade ao ar livre.
Bronislaw Malinowski também defendeu que culturas diferentes não eram primitivas e nem atrasadas, pois tinham a sua própria lógica.
No campo da antropologia funcionalista, há três concepções:
• visão sincrônica: é quando a antropologia tem o objetivo de conhecer a cultura num dado momento e não por meio de uma visão histórica e linear;
• visão sistêmica: deve-se relacionar a sociedade a um todo organizado e complexo;
• teoria das necessidades humanas: os seres humanos apenas sobrevivem se suas culturas satisfazerem suas necessidades biológicas.
A metodologia estruturalista é centrada no fato de extrapolar a experiência da percepção espontânea e da experiência da primeira impressão.
No estruturalismo, não é possível confundir estrutura social e relações sociais.
De acordo com Claude Levi-Strauss, há quatro condições para o pensamento estruturalista da Antropologia:
• o método como caráter sistêmico: a estrutura oferece um caráter de sistema;
• o estruturalismo e o grupo de modelos: todo modelo pertence a um grupo de transformações;
• o estruturalismo enquanto modelo aberto a novas análises: é possível prever como reagirá o modelo em caso de mudança em um dos seus elementos;
• o estruturalismo como modelo explicativo dos fatos observados: o funcionamento do modelo deve explicar os fatos observados.
Toda cultura pode ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos.
Para a concepção estruturalista, o antropólogo, tal como um linguista, ao decifrar a estrutura de línguas, deve apreender o que está oculto e latente na etnografia.
As relações empíricas somente são passíveis de serem analisadas, a partir do momento que o antropólogo compreende que há um número limitado de invariantes nas estruturações.
De acordo com a visão da escola estruturalista de Lévi-Strauss, as
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