Análise crítica do vídeo Memórias da ditadura – Caminhos da reportagem.
Por: Kauan Cácere Ferreira • 27/11/2016 • Artigo • 780 Palavras (4 Páginas) • 548 Visualizações
Análise crítica do vídeo Memórias da ditadura – Caminhos da reportagem.
O tema a ser desenvolvido nesta analise crítica foi o golpe civil-militar de 1964 e o decorrer da ditadura, tendo como base o vídeo Memórias da ditadura – caminhos da reportagem.
O vídeo cita o cenário político e cultural que antecedeu o golpe, abordando os aspectos que deram motivação ao golpe civil e militar de 1964, desde a renúncia do, então presidente Jânio Quadros, até o golpe que tirou João Goulart do poder.
Entre 1964 a 1985 o Brasil viveu os piores anos de um regime de autoritarismo e repressão política. O regime militar derrubou um presidente civil e tomou o poder, intervindo na sociedade e reprimindo todo e qualquer tipo de manifestação contra o governo. Procuraram legalizar e legitimar a ditadura através dos Atos Institucionais cuidadosamente elaborados que concediam quase todos os poderes nas mãos dos militares. A assinatura do Ato Institucional n° 5 (AI-5) em 13 de dezembro de 1968 fechou ainda mais o cerco, suspendendo todas as liberdades democráticas e direitos constitucionais e ficou conhecido como o mais duro golpe dentro da ditadura. Nesse contexto de repressões, a prática da tortura era utilizada como instrumento para arrancar confissões e informações de todos que discordavam do novo regime.
No momento anterior ao golpe militar de 1964, o Brasil passava por um cenário político e cultural muito efervescente. O presidente e o vice eram eleitos de forma independente, fato que possibilitou dois candidatos de partidos opostos assumirem o governo. A renúncia de Jânio, indicado pelo VDN, na qual até os dias de hoje não se sabe os motivos de forma confirmada, colocou no cargo de presidente o vice, João Goulart, mais conhecido como Jango, apoiado por partidos com bases consideradas esquerdistas.
Apesar disso, a posse de “Jango” não foi simples, pois foram necessárias diversas campanhas para cumprir a legalidade, já que muitos ministros eram militares e não aceitavam a posse de um presidente supostamente “socialista”.
Após dois anos de governo, João Goulart colocou em prática seu plano de reforma em diversos setores da sociedade, recebeu muitas críticas dos conservadores, tanto os que faziam parte do congresso como os que integravam a sociedade civil, realidade que provocou sua deposição, em meio a protestos denominados “Marcha da Família com Deus pela liberdade”, organizados por civis e setores como igreja e estudantes.
Após a instalação da ditadura em 1964, houveram muitos opositores caçados e a instalação de um bipartidarismo com oposição de um partido, porém, com o consentimento da ditadura. Os atos institucionais eram as leis que regiam o país, aquilo que representavam a arbitrariedade no sentido legal.
As famílias de pessoas desaparecidas foram as primeiras vozes contra a ditadura e suas barbáries, assim foram as principais lutadoras e defensoras dos direitos humanos.
Os protestos culturais foram muito tempo reprimido pelo regime. Artistas diversos produziam todo tipo de arte, mas eram muitas vezes censurados e perseguidos, por serem considerados subversivos. Muitos propagavam o ideal de liberdade, lutas políticas da esquerda do país, e muitos deles eram militantes ou faziam parte de um partido de esquerda.
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