Arqueologia
Por: lucasxr7 • 11/4/2015 • Artigo • 267 Palavras (2 Páginas) • 141 Visualizações
Nos tempos hodiernos, houve uma renovação da ciência interdisciplinar (New Arqueology). Como afirma a citação feita por P.P.A. Funari: “Por detrás do universo dos objetos, a cultura material busca o universo dos homens e das suas relações sociais” (A. Carandini, p.12). Complementando a ideia: “A Arqueologia, partindo dos elementos materiais apropriados pelo homem, visa a compreensão do funcionamento e transformação das sociedades humanas” (FUNARI, 1988, p.12) .
Muitos afirmam que a Arqueologia é uma disciplina auxiliar, será o arqueólogo apenas um trabalhador braçal, que produz “fatos” arqueológicos? Se de um lado, a crítica, afirmando um ponto de vista, segundo o qual a arqueologia, enquanto ciência, deveria mudar: “da descrição e reconstrução históricas como principal foco de interesse para uma ênfase na explicação” (READ, p.14); Do outro, a crítica neopositivista formulada por Karl Popper em sua obra A miséria do historicismo, para quem “precisamente as doutrinas que colocam o historicismo como base metodológica são responsáveis pelo insatisfatório estado das ciências sociais” (p. 14).
Diversas reações surgiram contra o empirismo historicista do “factualismo” arqueológico. Autores como P. J. Watson, A. Le Blanc e M. Castro López acreditam que a Arqueologia, utilizando-se de métodos próprios, e através do estudo da cultura material, deve aspirar a ambos os objetivos, históricos e socioantropológicos. Buscando, assim, a um só tempo, as relações de causa na sucessão do tempo e a identificação de princípios socioeconômicos de funcionamento das sociedades humanas.
Não é coerente afirmar que a Arqueologia se baste a si mesma, esta possui uma práxis e reflexões metodológicas próprias, as duas em construção, que a qualificam como um projeto de ciência da cultura material.
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