Arqueologia E Matemática
Dissertações: Arqueologia E Matemática. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bruna0107 • 21/10/2014 • 752 Palavras (4 Páginas) • 474 Visualizações
ARQUEOLOGIA
Datação por carbono 14:
Chama-se datação às técnicas que permitem uma avaliação da idade dos vestígios, peças ou objetos pertencentes a épocas passadas. As datações relativas simplesmente comparam peças entre si e permitem classificá-las cronologicamente. Já os métodos absolutos, como o do carbono-14 (14C), permitem indicar com precisão a idade real, o tempo de existência das peças, desde que sejam de origem orgânica ou estejam diretamente associadas com espécimes orgânicos (que contêm compostos de carbono).
O método de datação baseia-se na produção, nas camadas mais altas da atmosfera terrestre, do 14C. Os raios cósmicos de alta energia colidem com átomos gasosos, emitindo nêutrons livres. Esses nêutrons colidem, por sua vez, com átomos de nitrogênio- 14 (14N), muito comum na atmosfera terrestre, produzindo o 14C. Esse 14C logo se combina com o oxigênio do ar, formando uma molécula de gás carbônico.
(CO2). O CO2 radioativo (pois contém 14C, único isótopo radioativo
do carbono) se dispersa no ar e, pela ação dos ventos, se mistura com o CO2 normal contido na atmosfera.
Pelo processo de fotossíntese, o CO2 atmosférico é absorvido pelas plantas, sendo a fonte principal de 12C. O 14C é absorvido também, em quantidades pequeníssimas,
na mesma taxa em que é produzido na atmosfera. Os animais respiram, comem as plantas e absorvem também o 14C. Demonstrou-se que a concentração de 14C em um ser vivo é constante e igual à que existe em equilíbrio na atmosfera. A última fase do ciclo do 14C corresponde ao seu desaparecimento. Ao morrer, o ser deixa de respirar. Por conseguinte, deixa de absorver 14C. Portanto, depois que a planta ou animal morre, o 14C, radioativo, presente em seu corpo, vai gradualmente emitindo radiação e virando 14N, que não é radioativo (14C→14N + , processo esse chamado de decaimento).
Técnica
Dado que a concentração de 14C em um ser vivo é a mesma que existe em equilíbrio na atmosfera, ela só começa a mudar a partir do momento em que ele morre. Para saber há quanto tempo a morte ocorreu basta medir quanto de 14C está em seu corpo ou parte dele. Admitindo que a concentração de 14C no passado, centenas ou milhares de anos atrás, é igual àquela existente atualmente, é possível determinar o tempo decorrido desde a morte da planta ou animal (idade do corpo).
O 14C se desintegra segundo uma velocidade muito lenta e constante. O tempo necessário para desintegrar a metade da quantidade de um isótopo radioativo qualquer é conhecido como a sua meia-vida. Para o 14C, a meia-vida é de 5.710 anos, com uma margem de erro de 40 anos. Há duas técnicas diferentes para medir a concentração 14C no material analisado. Uma delas é medir o nível de emissões (radiação emitida pelo 14C) proveniente da desintegração do isótopo, utilizando um contador Geiger, o que exige amostras relativamente grandes. Atualmente, é utilizado também
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