Arthur Costa E Silva
Casos: Arthur Costa E Silva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luiza34567 • 4/12/2014 • 359 Palavras (2 Páginas) • 357 Visualizações
Arthur Costa e Silva
Assumindo a presidência em março de 1967, Costa e Silva era conhecido pelas suas ideias radicais de direita enquanto Ministro da Guerra do governo anterior. Ele criticava com tom mordaz o alastramento de grupos oposicionistas e cobrava bastante para que atitudes drásticas fossem tomadas. Foi durante seu governo que a Ditadura deu os primeiros passos para legitimar seu caráter repressivo.
Diversos grupos transgressores com inclinação aos ideais esquerdistas surgiram. Membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que foi posto na ilegalidade assim que a ditadura se consolidou, eram a favor da luta armada contra os militares para implantar o sistema socialista através da ‘guerra revolucionária’.
Por outro lado, Carlos Lacerda, agitador político que outrora havia apoiado o Regime Militar para depor seu rival político João Goulart (Jango) do poder, articulava um movimento de oposição conhecido como Frente Ampla. Ele contava com o apoio dos ex-presidentes exilados Juscelino Kubitschek e, com algum tempo depois, o próprio Jango, para exigir o retorno das eleições diretas, o direito de anistia política e a restauração do regime democrático.
Os estudantes também formaram um grande grupo de resistência à Ditadura Militar. Após ser colocada na ilegalidade por mostrar tendências esquerdistas, a União Nacional dos Estudantes (UNE) se articulou clandestinamente, organizando passeatas e exigindo o restabelecimento do sistema democrático. Com a morte do estudante Edson Luís Lima Souto por um militar no Rio de Janeiro, no início de 1968, a UNE intensifica seus protestos contra o regime, chegando a organizar a Passeata dos 100.000 na capital carioca pedindo o fim da Ditadura.
Costa e Silva, apesar de ficar irritado com as vozes da oposição, por vezes mostrou-se adepto ao retorno da democracia, inclusive chegando a conversar com os líderes estudantis Franklin Martins e José Dirceu. Entretanto, nenhum pedido dos estudantes foi acatado e, em 13 de dezembro de 1968, ele acabaria de vez com as reivindicações promulgando o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que permitia que líderes contrários ao regime fossem perseguidos, torturados e presos sem a necessidade de uma intervenção judicial. Além do mais, os presos políticos não tinham direito ao recurso do habeas corpus, fazendo com que as liberdades individuais e direitos constitucionais fossem suspensos.
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