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Brasil, Reino Unido E África - Alberto Da Costa E Silva

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Por:   •  20/11/2013  •  537 Palavras (3 Páginas)  •  678 Visualizações

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Do processo de independência do Brasil até o final do século XIX, Alberto da Costa e Silva mostra vários aspectos da relação entre o Brasil e a África. Os contatos através do oceano eram constantes. No contexto da independência, havia, principalmente na Bahia, a presença embaixadores africanos. Obá Ósemwede, do Benim, e Ologum Ajan, de Eko, Onim ou Lagos foram os primeiros reis a reconhecê-la. Esse reconhecimento aconteceu antes mesmo de todo o processo que viria a desencadear o reconhecimento da independência brasileira pelos países da Europa. Tudo que ocorreu no Brasil teve muita repercussão na África, fazendo com que os portugueses tentassem reduzir o contato entre brasileiros e africanos a fim de evitar que algumas de suas colônias se rebelassem.

Todas essas relações foram influenciadas pelos britânicos, que deram início a uma política de intervenção através da apreensão de navios de escravos. Assim, além de limitar o tráfico – que estabelecia vínculos entre África e América -, pretendiam preparar uma expansão imperialista e dar fim ao comércio entre os dois continentes, já que a pretensão era que o único responsável pelas questões comerciais da África fosse o próprio Reino Unido. As leis Eusébio de Queirós e a de 1831, que ficou conhecida como “lei pra inglês ver”, são exemplos de medidas tomadas pelos ingleses no Brasil em relação ao tráfico de escravos.

A Inglaterra defendia o livre comércio, mas, contraditoriamente, passou a defender uma política de monopólio comercial em relação à África e passou a defender também o domínio colonial naquele continente, atendendo a uma política imperialista.

A África, porém, nunca se abrira totalmente ao exterior, muito pelo contrário. A presença europeia na África era muito limitada. No século XIX, a África era, em sua maior parte, governada por africanos, e o europeu avançava, na maioria dos casos, sob a vigilância e ciência daqueles.

Brasileiros de diversos grupos sociais viveram em comunidades surgidas na África, em que as atividades sociais e culturais estavam todas relacionadas às festividades do Brasil, sendo obrigatório até mesmo o desfile da bandeira brasileira em todas as festas.

O governo brasileiro tentou instalar representações diplomáticas em alguns reinos africanos, e não deixou de ser observado pelas potências europeias. Apesar da tentativa da diplomacia brasileira de estabelecer relações comerciais, estas foram praticamente extintas até o fim do século XIX, já que os portugueses impediram a ação efetiva da representação do Brasil em Angola por pensarem que o Brasil fosse estimular e influenciar o início de um processo de independência naquela região.

Houve diferentes debates e concepções a respeito da questão da libertação dos escravos no Brasil. Enquanto suas relações com as estruturas políticas africanas foram grandes, de modo que os acontecimentos ocorridos de um lado do oceano tiveram repercussão no outro, a ocupação da África pelas potências europeias não foi suficiente para destruir muitas estruturas de poder. Porém, a ocupação colonial provocou o rompimento quase total dos antigos e fortes vínculos com o Brasil, e os dois povos se afastaram ainda mais devido ao esforço da marinha britânica para que isso acontecesse.

Ainda assim, pode-se concluir que o Brasil é um país com muitas influências

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