As Contradições Entre O Bloco Socialista E O Bloco Capitalista
Ensaios: As Contradições Entre O Bloco Socialista E O Bloco Capitalista. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 911918 • 6/11/2014 • 2.342 Palavras (10 Páginas) • 6.040 Visualizações
Introdução
Expressão cunhada para designar a competição entre os EUA e seus aliados ocidentais, países capitalistas desenvolvidos e em desenvolvimento, e a URSS, líder de uma aliança formada majoritariamente por países da Europa Oriental.
A Guerra Fria teve suas origens nas divergências entre EUA e URSS ainda durante a Segunda Guerra Mundial e se instalou definitivamente a partir de 1947, quando as diferenças entre os dois países, que emergiram da guerra não apenas como os grandes vencedores, mas também como duas superpotências mundiais, adquiriram o caráter de um conflito permanente. Tratava-se de um conflito de natureza principalmente estratégica e militar, mas que se revestia também de aspectos econômicos e político-ideológicos, opondo, de um lado, um bloco capitalista, cujo modelo de organização política tendia a ser a democracia, e, de outro, um bloco socialista, cuja organização político-social reproduzia, em maior ou menor medida, o socialismo autoritário vigente na URSS em maior ou menor medida, o socialismo autoritário vigente na URSS..
As Contradições entre o Bloco Socialista e o Bloco Capitalista (Guerra Fria)
Entretanto, a Europa encontrava-se numa situação de grande fragilidade devido às perdas humanas e a descrição dos seus recursos matérias. Neste quadro de dificuldades, de devastação e pobreza, os americanos temiam que os estados europeus aderissem ao comunismo.
Por outro lado, os americanos temiam que, à semelhança do que aconteceu na 1ª Guerra Mundial, uma crise económica se instalasse e acabasse por atingir os EUA.
A 2ª Guerra Mundial provocou alterações que conduziram a uma nova realidade política mundial. Daí o mundo dividiu-se em dois blocos: o Ocidente, liderado pelos EUA e a URSS. Nos anos que se seguiram à guerra, os objectivos económicos, políticos e militares das duas superpotências levaram à divisão da Europa e do mundo em duas zonas de influência ias política e económica.
De um lado, encontravam-se países que seguiam o capitalismo-liberal, apoiados pelos EUA e, do outro os países que se encontravam sob a influência e domínio da URSS cujos governos seguiam a ideologia socialista.
O confronto entre os dois tornava-se visível no apoio que davam aos seus aliados em conflitos regionais, fornecendo armas, exércitos e conselhos militares.
Perante esta situação, o mundo começou a caminhar para uma política de blocos. O bloco do Leste era defensor do socialismo e era liderado pela URSS e o bloco ocidental era de tendência capitalista, liderado pelos EUA.
Os EUA apresentavam-se como uma das maiores potências munidas. Tinham uma tecnologia impressionante, um potencial económico quase igual ao resto do mundo e o seu poder militar estendeu-se ao Gobo. Para tentar conter a influência soviética sobre a Europa e com fim de ajudar a reconstruir uma importante parte do Velho Continente dos escombros da guerra, os EUA lançaram o Plano Marshall, um programa de ajuda económica financeira.
O Plano Marshall
“A verdade é que as necessidades da Europa para os próximos três ou quatro anos em alimentos e produtos essências importados do estrageiro – principalmente da América- são tão superiores à sua actual capacidade de pagamento que, se não dispuser de uma ajuda adicional substancial, expõe-se a uma deterioração económica, social e política muito grave (…)
Para além do efeito desmoralizante que pode efectuar o mundo inteiro e das possibilidades de distúrbios emergentes do desemprego dos povos em questão, as consequências que pode ter na economia dos Estados Unidos deveram ser evidentes para todos.”
O plano Marshall visava assegurar o relançamento geral da economia europeia, acabando com a penúria financeira e melhorando o nível de vida das populações.
Através deste plano foram concedidos milhares de milhões de dólares de empréstimos a diversos países europeus, sobretudo aos que foram mais afectados pela guerra.
Foram concedidos à Europa mais de 20 mil milhões de dólares de empréstimo entre 1948 e 1952, sob a forma de donativos, matérias-primas e produtos industrializados, bem como de equipamentos e fontes de energia em troca de investimentos.
Para por em pratica o Plano Marshall, foi criada em1948, a Organização Europeia de Cooperação Económica, a (OCDE) cuja função era distribuir a ajuda americana pela França, pela Inglaterra e pela Itália, os países mais beneficiados. Porém, nem todos os países aceitaram esta ajuda.
O comissário para os Negócios Estrangeiros soviético, Molotov, afirmava que a existência do Plano Marshall dividiria o mundo em dois grupos de estados e dificultaria as relações múruas.
Foi nessa altura que se concretizou a divisão da Europa: de um lado dos países que aceitaram o Plano Marshal, do outro, os que recusaram sob a influencia soviética. Portanto, a URSS e os países da Europa do Leste (que ficaram sob a sua influencia, recusaram a ajuda dos EUA constituindo em 1949, uma organização economia, COMECON(Conselho de Assistência Mútua).
Esta cooperação resultou do Plano Molotv lançado no mesmo ano (1949), que estabelecia as estruturas de cooperação económica da Europa Oriental.
A COMECON tinha como função promover o desenvolvimento integrado dos países comunistas, sob a égide da União Soviética.
As origens da Guerra Fria (1947-1985)
Apesar de participarem na guerra como aliados, foi notória uma mútua desconfiança entre as duas as superpotências dos pós-guerras (EUA e URSS)
Ainda não tinham terminado o conflito mundial de 1939-1945e já manifestavam indícios de “guerra fria”. De facto, na Conferencia de Ialta (Fevereiro de 1945), a URSSS reivindicou o direito de “estabelecer governos amigos “ nos países da europa do Leste, por uma questão de segurança das suas propinas fronteiras, tendo os aliados ocidentais manifestado a desconfiança dos verdadeiros desígnios de Estaline.
Cada um deles procurou reforçar se de diversas formas procurando criar alianças que formavam blocos defensivos antagónicos: a formação da OTAN (NATO) em 1949, respondeu a URSS com a criação do pacto de Varsóvia em 1955 estava instituída a política de blocos.
Deu-se então início de um período de tensão vivido entre os EUA e a URSS e os aliados de ambos os blocos. Ambos aumentaram a sua capacidade militar e preparam-se para um possível conflito Bélico. Enquanto isso, uma gigantesca
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