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As Ditaduras Na America

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Por:   •  2/11/2014  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  1.068 Visualizações

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AS DITADURAS NA AMERICA LATINA

INTRODUÇÃO:

A guerra contra o comunismo culminou em uma verdadeira onde de golpes militares. Ela começou pelo Paraguai, seguida do Brasil, onde as Forças Armadas derrubaram o governo de João Goulart em março de 1964. Na sequência, outros países vieram a ter o mesmo destino.

De modo geral, os regimes militares da América do Sul foram extremamente autoritários e violentos. Os governos de Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia chegaram a fazer um acordo de cooperação mútua, a chamada Operação Condor, com o objetivo de reprimir em conjunto a resistência aos regimes ditatoriais implantados. A América do Sul virou um grande laboratório para as experiências neoliberais, havendo privatizações de empresas estatais, corte de gastos públicos, desregulamentação de serviços e fim de benefícios trabalhistas.

O texto a seguir trata das ditaduras militares na America Latina, procura mostrar os principais aspectos de cada regime, abordaremos a historia de países como a Guatemala, Paraguai, Argentina, Brasil, Peru, Uruguai, Chile, Republica Dominicana, Nicarágua, Bolívia, Chile.

Ditadura militar na Guatemala

A Guatemala passou por dois regimes militares ditatoriais, o primeiro ocorreu em 1898 a 1920, sob o comando de Manuel Estrada Cabrera, este sistema de governou facilitou a entrada de capital norte-americano no país. Em 1945, as reformas públicas e sociais que pretendiam favorecer os trabalhos eram defendidas por Juan José Arévalo, em oposição aos interesses dos latifundiários e militares que ocupavam o poder na Guatemala. As reformas eram defendidas na coligação democrático-liberal, seguida posteriormente por Jacob Arbenz Guzmán que governou o país de 1951 a 1954. Porém as atitudes populistas da coligação incitou a invasão e derrubada política apoiada pelos EUA, fato que levou o Coronel Carlos Castillo Armas a ocupar o poder. Em 1957, Castillo foi assassinado, sendo empossado como presidente Ydígoras Fuentes, em 2 de março de 1958, porém um ano após assumir a presidência, Fuentes foi derrubado pelo seu ministro da defesa, o general Enrique Azurdia.

Os militares continuaram dominando o poder político na Guatemala, tanto que em 1966, Júlio César Méndez Montenegro, líder do Partido Revolucionário, mesmo sendo eleito presidente, não pode por em prática seus projetos por imposições contrárias dos militares. Em 1970, todos os opositores aos militares foram extintos politicamente por Arana Osório. O país travou um conflito com Belize em virtude da descoberta de reservas de petróleo no Norte de seu território, reservas que segundo os ingleses, se estenderiam até o território da região vizinha.

A Guatemala, sob o pretexto de defender as suas reservas de petróleo, reprimiu os índios que viviam ao Norte, o que provocou o êxodo dos nativos para o México e o surgimento de guerrilhas. Depois de 1985, graças a aprovação da nova Constituição, foi eleito o primeiro presidente civil depois de 15 anos de repressão ditatorial, Marco Cerezo.

Ditadura militar no Paraguai

A historia do Paraguai sempre foi militarizada desde seu principio, passou por vários regimes com generais no poder, desde seu primeiro presidente, o ditador José Gaspar Rodríguez , que ficou no poder desde 1814 a 1840, o Paraguai passou por vários golpes políticos, porém o de 1954, que culminou com a queda do presidente Frederico Chávez e a posse do general Alfredo Stroessner foi o que marcou a historia Paraguaia, em um cenário político de golpes contínuos, perseguições violentas, hegemonia e fortalecimento do Partido Colorado, caracterizado pelo medo que impunha, ocorreu a ascensão política do general Alberto Stroessner.

O general paraguaio teve apoio da base política do partido colorado, da oligarquia agropecuária e dos Estados Unidos, após a consolidação do golpe o Paraguai foi transformado em um seguidor da Doutrina de Segurança Nacional, pelos Estados Unidos, De acordo com Miguel López, em A construção Social dos Regimes Autoritários, pouco depois que assumiu a presidência, Stroessner se reuniu com membros do Comando Sul dos Estados Unidos e ali assinou um pacto com os altos oficiais americanos e brasileiros em que se comprometia a barrar qualquer crescimento ou avanço dos comunistas. Somente em fevereiro de 1989, um outro golpe militar, tirou do poder Stroessner, que se refugiou no Brasil. O líder do golpe, Andrés Rodríguez, elegeu-se presidente.

Ditadura militar na Argentina

A ditadura na Argentina teve inicio com um golpe militar, durante o tempo em que os militares estiveram no poder ocorreu um dos governos mais autoritários da America Latina, no século XX. Apesar do tempo de duração da ditadura na Argentina ter sido de apenas sete anos, foi tempo mais do que suficiente para que ocorressem varias atrocidades, cometidas pelos governos ditatoriais, foi tempos sangrentos e de atos de extrema crueldade, a estimativa é de que aproximadamente 30 mil argentinos foram seqüestrados pelos militares. Os opositores que conseguiam se salvar fugiam do país, o que representa aproximadamente 2,5 milhões de argentinos. Os militares alegam que mataram “apenas” oito mil civis, sendo que métodos tenebrosos de torturas e assassinatos foram utilizados pelos representantes do poder.

O governo autoritário deixou marcas na Argentina mesmo após a ditadura, com a democracia, poucos presidentes conseguiram concluir seus mandatos por causa da grande instabilidade econômica e social.

Ditadura militar no Brasil

A ditadura militar no Brasil teve inicio com o golpe militar de 31 de Março de 1964, resultando no afastamento do Presidente João Goulart, e assumindo o poder o Marechal Castelo Branco, e perdurou até a eleição de Tancredo Neves em 1985, nesta época os militares justificaram o golpe com a alegação de que havia uma ameaça comunista no pais. Assim que os militares assumiram o poder, a liberdade de expressão e de organização passou a ser quase inexistente, partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativa da sociedade passaram a sofrer interferência do governo, quando não foram suprimidas. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas passaram a ser censuradas. Na década de 1960, ocorreu também, grandes transformações na economia, foi um período de grande modernização da industria e dos serviços, de concentração de renda, e de abertura ao capital estrangeiro, e foi também o inicio do crescimento da divida externo do pais. A ditadura teve

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