Barroco Insular

O barroco surgiu nos finais do séc. XVI em Itália a partir das experiências maneiristas, tendo-se desenvolvido num período de prosperidade em que se pretendia reforçar o poder religioso e monárquico e, como tal, esta é uma arte que apela às emoções e aos sentimentos com o objetivo de deslumbrar a população e mostrar o poder do rei e da Igreja.

Todavia, surge em Portugal na altura do domínio Filipino, uma época de dificuldades políticas, económicas e sociais, o que fez com que o Barroco só atingisse a sua plenitude no reinado de D. João V devido à prosperidade proveniente da descoberta do ouro do Brasil.

Foi, então, só nesta altura que o barroco chegou aos Açores tendo surgido, no decurso do maneirismo, o primeiro modelo tendencialmente barroco pela planta, volumetria, organização de alçados e decoração, no primeiro terço de setecentos (Igreja de São Pedro). Contudo o seu sistema construtivo não respeitou plenamente este novo código artístico, pois tem um desenho de planta longitudinal de nave única, com cobertura cilíndrica, alçados penetrados por tribunas de balaústres, entre recortadas cimalhas, que lhe definem o segundo andar, e onde o transepto, rasgado lateralmente em obliquo, não anula a unidade dinâmica do edifício.

Depois dessa surgiram a igreja de Nossa Senhora dos Anjos (Fajã de Baixo), a Igreja de São Pedro em Vila Franca do Campo, Recolhimento de Santa Barbara, convento Franciscano da Lagoa, mosteiro da Conceção (atual Carmo) e ermida de Nossa Senhora das Dores.

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