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Biografia de Thomas Edson

Por:   •  22/9/2015  •  Seminário  •  2.190 Palavras (9 Páginas)  •  251 Visualizações

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  1. REVOLUÇÃO DE 1930

1.1. Antecedentes da Revolução de 30

A revolução de 1930 foi um movimento politico e militar que levou ao fim a República Velha e ao predomínio das oligarquias cafeeiras no cenário político brasileiro. A principal característica da República do “Café com Leite” era a centralização do poder entre os estados de Minas Gerais e São Paulo.

Em âmbito internacional podemos destacar a ascensão de algumas práticas capitalistas, em contrapartida, o sistema estava enfrentado a maior crise já vivida pelo colapso das especulações financeiras que provocaram o “crash” da Bolsa de New York, em 1929.

O cenário mundial, logo após a Primeira Guerra Mundial, era assustador. As grandes potências europeias estavam praticamente falidas, endividadas e arrasada, logo, a exportação do café, principal produto brasileiro, caiu drasticamente, o que enfraqueceu o domínio dos barões de café, ou seja, a economia brasileira apenas ia bem quando as grandes potências industriais tinham condições de consumir os produtos.

De um lado, as camadas populares sofriam o impacto de governos que não criavam projetos sociais e não davam atenção aos setores sociais emergentes, logo, os militares e a classe operaria.

1.2. Fatos que marcaram o processo da Revolução

A crise das oligarquias foi um fato crucial para a revolução, mas a bomba explodiu quando o presidente Washington Luís resolveu apoiar a candidatura de Júlio Prestes, a aliança ficou conhecida como “Política do Café Puro”. Com a candidatura de Prestes, houve uma ruptura da antiga aliança do “Café com Leite”.

Insatisfeitos com a medida um grupo de oligarquias desistentes, sendo os principais de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, criaram uma chapa eleitoral contra a candidatura de Prestes, eram conhecidos como Aliança Liberal. A chapa era liderada por Getúlio Dornelles Vargas, fazendeiro gaúcho, prometia um conjunto de medidas reformistas.

1.3. Desfecho

Sob clima de desconfiança e tensão, o candidato Júlio Prestes venceu as eleições daquele ano, mas mesmo com a derrota dos Liberais, um possível golpe ainda era cogitado. Mesmo vencedor das eleições, Prestes não tomou posse, pois sofreu um golpe de estado no dia 03 de outubro de 1930, assim, Getúlio assumiu o governo.

  1. GOVERNO PROVISÓRIO

Durante o Governo Provisório, Getúlio enfrentou a oposição liderada pela oligarquia de São Paulo, que tinha interesse de recuperar o poder perdido, já que havia sido a principal base da República Velha. Dessa maneira, consolidou-se um clima de tensão entre as velhas oligarquias e os tenentes interventores.

Como a ajuda dos militares foi decisiva, os primeiros anos da Era Vargas foi marcada pela forte presença dos tenentes nos principais cargos políticos do novo governo. Pela imposição do presidente, vários militares passaram a controlar os governos estaduais, essa medida tinha como proposito anular a ação dos antigos coronéis e suas influências políticas, foi desta forma que o clima de tensão surgiu.

Contrariados, a oligarquia paulista decidiu reagir. Na tentativa de retomar o poder, a elite paulista resolveu explorar o descontentamento popular diante das dificuldades econômicas. Reivindicavam autonomia política com discurso regionalista que convocava o povo paulistano a lutar contra o governo Vargas.

Visando controlar a situação que agravava, acabou atendendo às exigências dos paulistas e nomeou um novo interventor, Pedro de Toledo. O regime volta à normalidade democrática com as eleições para a Assembleia Constituinte.

Essa Assembleia seria responsável pela elaboração da nova Constituinte do País e em consequência dela deveriam acontecer eleições democráticas para a presidência. Com inspirada nas constituições alemã e mexicana, a Carta de 1934 deu maiores poderes ao poder executivo, adotou medidas democráticas e criou as bases de uma legislação trabalhista.

A nova constituição previa que a primeira eleição presidencial aconteceria pelo voto da Assembleia, e foi por meio de apoio da maioria do Congresso que Vargas conseguiu mais um mandato.

  1. GOVERNO CONSTITUCIONAL

O Governo constitucional tem esse nome, pois foi outorgada a nova Constituição Brasileira, sendo as principais características manter o regime federalista, logo a centralização do poder, tinha caráter liberal e nacionalista, o voto secreto e universal, ampliou os direitos trabalhistas e por fim ampliou a educação alegando que toda a população deveria ter acesso.

Em contra partida, os integralistas afirmavam que o “Grande Destino” só era possível com o fim da liberdade democrática. O autoritarismo de Vargas ligado ao agravamento das condições de vida das massas urbanas e rurais favoreceu a formação da Aliança Nacional Libertadora.

Contando com o espirito revolucionário e orientados pelo alto escalão soviético, a ANL promoveu uma tentativa de golpe contra o governo. Devido à falta de articulação e adesão de outros estados, a chamada Intentona Comunista foi facilmente controlada pelo governo. Mesmo tendo resistido à tentativa de golpe, Vargas usa o episódio para declarar estado de sitio.

Mediante a suposta ameaça comunista, conseguiu anular a nova eleição presidencial que aconteceria em 1937. A partir daquele ano, Vargas passou a governar o país com amplos poderes.

  1. TRABALHISMO

Uma das grandes marcas da Era Vargas foi a politica do trabalhismo, deixando vestígio até hoje nas leis trabalhistas. O trabalhismo era uma política que atendia a muitas reivindicações dos trabalhadores.

O Ministério do Trabalho foi criado em novembro de 1930 e o primeiro ministro nomeado para essa pasta foi Lindolfo Collor, responsável por colocar em andamento as medidas destinadas a mudar o padrão das relações de trabalho no país. Seu principal objetivo era fazer com que as organizações sindicais entre empregador e empregado caminhassem de acordo com o modelo sindical.

Entre as mais importantes conquistas, pode-se destacar a Lei de Férias, o Código de Menores e a regulamentação do trabalho feminino. Logo após essas conquistas, a luta sindical passou a direcionarem-se no sentido de ver aplicadas as leis antes burladas pelos empregadores.

  1. RETORNO DE GETÚLIO

No segundo mandato, Getúlio, apoiado por uma coligação de partidos, retornou ao poder mantendo a intervenção do Estado na economia, manteve, também, o caráter nacionalista e populista. A posição intervencionista de Vargas favoreceu a implantação de grandes empresas públicas, um exemplo é a Petrobrás, que monopolizava a exploração dos recursos naturais.

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